Duelo de governo e oposição terá ministros no Parlamento

Política
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Governo e oposição terão uma semana intensa de duelo nas comissões da Câmara dos Deputados e do Senado com a previsão da ida de seis ministros, do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para prestar esclarecimentos nas duas Casas do Congresso.

Os dois grupos estão interessados em fomentar o debate sobre a campanha do PT que diz que os mais ricos estão isolados porque 99% da população defende "justiça tributária" e apenas 1% é contra.

Essa campanha, que usou vídeos feitos por inteligência artificial na maioria dos casos, também diz que bilionários, bancos e bets (chamados de "BBB") são privilegiados e que só essa parcela minoritária da população quer evitar dividir a conta de impostos.

Governistas entendem que a campanha reacendeu a militância e mostrou que o grupo encabeçado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem força de mover a pauta do Legislativo depois de ver o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ser derrubado por deputados e senadores.

Do lado da oposição, composta majoritariamente por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), há o interesse em saber se algum órgão do Executivo participou da campanha publicitária.

Convocação

Os oposicionistas já protocolaram um pedido de informação e requerimentos de convocação dos ministros Frederico de Siqueira Filho (Comunicação) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social) para que prestem esclarecimentos sobre isso.

"A esquerda que se dizia vítima de fake news agora virou a maior produtora de mentira e ódio do Brasil. Atacam empresários, demonizam quem produz, jogam povo contra povo. Estão destruindo os pilares da convivência democrática e tentando transformar o Brasil em um campo de guerra ideológica", afirmou Zucco (PL-RS), líder da oposição. "Estamos reagindo com firmeza: exigimos explicações, responsabilização e o fim imediato desse aparelhamento criminoso da comunicação pública."

Secom

Os dois lados já terão uma primeira chance de confronto hoje, quando Sidônio Palmeira irá à Comissão de Comunicação da Câmara para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República numa rede anti-fake news, caso revelado pelo Estadão.

Além dos "99% contra 1%", bolsonaristas querem falar também sobre o chamado "gabinete da ousadia", grupo revelado pelo Estadão no ano passado, que reúne integrantes da Secom para definir assuntos e abordagens que os canais e perfis petistas devem usar para tentar "pautar as redes sociais que o partido alcança".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a crise do fentanil "nunca se encerrará" na fronteira com o Canadá, mas mencionou que os canadenses têm feito um bom trabalho no tema, ao realizar comentários para jornalistas ao lado do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, nesta terça-feira. O fluxo de fentanil foi um dos motivos justificados pelo republicano para impor tarifas contra o país vizinho.

Trump defendeu que, apesar de negociações e conversas, as tarifas entre os EUA e o Canadá serão mantidas, e pontuou que os dois países estão trabalhando juntos no sistema de proteção aérea "domo de ouro". Segundo ele, é possível renegociar acordo do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) ou fazer "negociações diferentes".

"Acredito que Carney sairá daqui muito feliz; há muitas coisas nas quais estamos trabalhando", afirmou Trump, ao mencionar que os EUA tratarão o Canadá "de maneira justa, assim como todos os outros países". "Os canadenses vão nos amar de novo; muitos deles ainda nos amam", acrescentou.

Dentre os comentários, o republicano também informou que irá se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul "em algumas semanas".