Advogado de Rumble e Trump Media sai em defesa de Eduardo Bolsonaro e critica Moraes

Política
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O advogado americano Martin de Luca, que representa a Trump Media e a rede social Rumble, defendeu o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista à CNN nesta sexta-feira, 6.

Em seus argumentos, o advogado compara o Brasil com nações não democráticas. "Nem o Alexandre de Moraes, do Brasil, nem um juiz da Coreia do Norte, nem um juiz do Irã ou da Venezuela pode censurar um dissidente porque este fala coisas que não gosta de ouvir, não concorda ou se sente ameaçado, quando essa pessoa está no território dos EUA".

Ao defender Eduardo Bolsonaro, de Luca afirma que "quando uma pessoa se encontra fisicamente no território dos EUA, ela está protegida pela constituição americana. Isso inclui a Primeira Emenda". O trecho da legislação americana ao qual o advogado se refere garante a liberdade de expressão, imprensa e outros direitos básicos no território.

Moraes é alvo de ação da justiça americana

O ministro Alexandre de Moraes é alvo de uma ação da rede social Rumble e da empresa Trump Media. O processo pede que o juiz seja responsabilizado pela emissão de "ordens secretas de censura extraterritorial" e que os mandatos sejam reconhecidos como não executáveis.

O debate se organiza em volta dos meios usados por Moraes. A Justiça americana deve determinar se os métodos a que o ministro recorreu para pedir a suspensão de contas e conteúdos da Rumble é legal.

"Se o ministro quiser fazer de forma legal, o jeito certo seria notificar o governo dos EUA em Washington e pedir que se faça cumprir a ordem [de remoção de conteúdo]. Como o governo americano faz ao pedir que ordens judiciais americanas sejam homologadas por um juiz brasileiro", defende o advogado da Trump Media.

O advogado ainda afirma que Moraes encaminhou "mandados sigilosos de censura para empresas americanas por e-mail, sem notificação e pedindo sigilo para que o governo dos EUA não fosse informado".

Em um novo movimento, elementos foram incorporados à ação nesta sexta-feira, 6. Segundo Martin de Luca, as adições no processo argumentam que "cidadãos americanos, residentes dos EUA ou dissidentes políticos que estão se manifestando no território dos EUA são alvo de mandados de censura sigilosos do ministro Alexandre de Moraes".

O representante da Trump Media e do Rumble pede reparações e que Alexandre de Moraes, como pessoa física, seja responsabilizado.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguiu com sua escalada retórica neste sábado, 7, apesar de sinais de apaziguamento de seu ex-aliado Elon Musk. O republicano ameaçou com "consequências sérias" caso o bilionário financie candidatos democratas para concorrer contra republicanos que votaram a favor do projeto de lei que foi o estopim para a briga.

Em entrevista por telefone à NBC News, Trump disse que não tinha planos de falar com Musk, chamando o bilionário da tecnologia de "desrespeitoso" com o gabinete do presidente. Quando questionado se tinha algum desejo de restaurar seu relacionamento com Musk, Trump respondeu: "Não."

Desde o estrondoso desentendimento público, Musk aventou a ideia de lançar um novo partido político e continuou a criticar um enorme projeto de lei sobre impostos e imigração que Trump está pedindo aos republicanos do Congresso que aprovem. Surgiram, então, rumores de que ele poderia apoiar democratas.

"Ele terá que pagar consequências muito sérias se fizer isso", disse Trump, embora tenha se recusado a revelar quais seriam essas consequências.

Esses comentários sugerem que Musk está se tornando um novo alvo potencial para Trump, que tem usado agressivamente os poderes de seu cargo para reprimir críticos e punir supostos inimigos.

Como um grande contratante do governo, os negócios de Musk podem ser particularmente vulneráveis a retaliações. Trump já ameaçou cortar os contratos com o empresário, alegando que isso seria uma maneira fácil de economizar dinheiro.

A dramática ruptura entre o presidente e o homem mais rico do mundo começou com as críticas públicas de Musk ao "grande e belo projeto de lei" de corte de impostos. Musk alertou que o projeto aumentará o déficit federal e o chamou de "abominação repugnante".

Postagens apagadas

Musk, que investiu milhões de dólares na campanha de Trump no ano passado, liderou um grande projeto de reestruturação governamental nos últimos meses, cortando milhares de empregos federais antes de voltar a administrar seus negócios na semana passada.

Mas os sinais de uma relação mais fria já estavam no ar desde o sumiço do empresário dos holofotes. Até culminar na discussão aberta nas redes sociais na quinta-feira.

Desde então, Musk removeu suas postagens mais agressivas, especialmente a acusação de que o governo estava bloqueando a divulgação de informações sobre o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein porque os arquivos, de alguma forma, implicavam o presidente. Trump havia sido amigo de Epstein por anos antes de se desentender com ele.

Outra publicação apagada foi uma promessa de que sua empresa, a Space-X, desativaria sua nave espacial Dragon, que a Nasa utiliza para transportar tripulações à Estação Espacial Internacional.

Na sexta-feira, Trump foi questionado sobre o quão seriamente considerava cancelar os contratos de Musk. "Ele tem muito dinheiro. Ele recebe muitos subsídios, então vamos analisar isso", disse. "Só se for justo para ele e para o país, eu certamente pensaria nisso. Mas tem que ser justo." COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador e pré-candidato a presidente da Colômbia Miguel Uribe Turbay de 39 anos, foi hospitalizado em "estado crítico" após ter sido vítima de um atentado na noite deste sábado, 7. Uribe foi baleado na cabeça por volta das 19h30 (de Brasília) em um evento de campanha realizado em Bogotá, de acordo com a mídia local.

Um suspeito de ser autor dos disparos, um adolescente de 15 anos, foi apreendido no local do ataque com uma arma de fogo. O jovem não teria agido sozinho, segundo o governo colombiano, que ofereceu uma recompensa de mais de US$ 70 mil por informações que levem à identificação e captura de todos os responsáveis.

O político passou por um "procedimento neurocirúrgico e vascular periférico" na Fundação Santa Fé. A cirurgia foi "bem-sucedida", informou o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, à imprensa.

Segundo os paramédicos que o atenderam, ele foi baleado três vezes, duas vezes na cabeça e uma no joelho.

"Miguel está lutando por sua vida", escreveu sua esposa, María Claudia Tarazona, na conta do senador no X, pedindo aos colombianos que se unissem em oração.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, divulgou uma nota nas redes sociais na qual presta solidariedade à família do senador. "A Colômbia acolhe o mundo e não tira a vida daqueles que vêm de todos os cantos do planeta. Minha solidariedade à família Uribe e à família Turbay", escreveu ele.

"Não sei como aliviar essa dor. É a dor de uma mãe e de uma pátria perdidas", disse em alusão à violência que marcou a família do senador, que teve a mãe assassinada nos anos 1990 durante a ascensão do narcotráfico no país.

Pouco antes, o governo da Colômbia havia divulgado nota descrevendo o atentado como um ato de violência "não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política (no país)".

Petro cancelou sua viagem à França, programada para sábado à noite, com vários ministros, "devido à gravidade dos eventos".

Os Estados Unidos condenaram o ataque. O Secretário de Estado do país, Marco Rubio, atribuiu o episódio à "violenta retórica esquerdista" e pediu a Petro que "moderasse seu discurso incendiário".

Miguel Uribe é advogado e membro do partido de oposição Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Apesar do sobrenome em comum, eles não têm parentesco. O senador é filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada e morta pelo Cartel de Medellín em 1991. A Colômbia atualmente é presidida por Gustavo Petro, à esquerda no espectro político. A eleição está marcada para maio de 2026.

(Com agências internacionais)

Pelo segundo dia seguido, manifestantes e autoridades de imigração entraram em confronto no Condado de Los Angeles no sábado, 7, quando agentes realizaram novas batidas em locais de trabalho de imigrantes.

No dia anterior, os gentes prenderam mais de 120 pessoas em protestos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.