Câmara vai ouvir Margareth Menezes para explicar uso político de comitês e cachês no carnaval

Política
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As comissões de Cultura e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara vão ouvir, na próxima quarta-feira, 30, a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Os parlamentares querem que ela explique os R$ 640 mil em cachês por apresentações no carnaval, pagos por prefeituras, e o uso político de escritórios estaduais da pasta, caso revelado pelo Estadão.

A sessão está marcada para as 10 horas. Inicialmente, a ministra seria ouvida no dia 16 de abril, mas a sessão foi adiada. O Ministério da Cultura não soube explicar o motivo da mudança de data, mas confirmou a presença dela na quarta.

O Estadão procurou o líder da Oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), autor do requerimento de convite, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto.

Em novembro do ano passado, o Estadão mostrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou, nos escritórios estaduais do Ministério da Cultura nos 26 Estados, uma estrutura de "filiais" da pasta. Esses postos foram entregues para pessoas filiadas a partidos políticos, em especial a militantes do PT.

A criação dos escritórios se deu no início do governo Lula e eles ganharam a atribuição de influenciar a escolha das organizações não governamentais (ONGs) que formam os comitês de cultura dos Estados. Os colegiados fazem parte de uma política nacional que, entre 2025 e 2026, deve repassar R$ 58,8 milhões para difusão cultural.

Após a publicação da reportagem pelo Estadão, o Ministério da Cultura afirmou, em nota, que os comandantes dos 26 escritórios são escolhidos a partir da experiência no setor cultural e que a filiação a um partido não seria um requisito. Mas acrescentou que o governo Lula "é composto por ampla base partidária e atua na perspectiva do estabelecimento de coalizão para o aperfeiçoamento da democracia".

Em outra reportagem, publicada em março deste ano, o Estadão revelou áudios onde a secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, afirma que os colegiados serviram para eleger aliados em 2024 com o aval da cúpula do ministério. Em 2024, o comitê de Cultura no Amazonas republicou peças de campanha de Anne para a Câmara Municipal de Manaus, na qual ela saiu derrotada.

Além do caso dos comitês, Margareth Menezes recebeu pelo menos R$ 640 mil, em cachê de shows, das prefeituras de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) pelas apresentações que fez nas duas cidades em 2025. A informação foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada pelo Estadão.

Em março de 2024, o Estadão mostrou que, a Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) havia decidido que a ministra só poderia fazer shows pagos com dinheiro privado. O colegiado, porém, chegou a liberar os shows pagos com verba pública já contratados na época, mas vedou as "apresentações futuras" custeadas dessa forma.

Antes do carnaval, a ministra fez nova consulta à Comissão de Ética pedindo esclarecimentos sobre as decisões do ano passado. O colegiado, controlado por aliados de Lula, decidiu que a proibição valeria apenas em casos de verbas federais. Dessa forma, cachês pagos por Estados e municípios foram liberados.

Em uma nota de esclarecimento, a CEP afirmou que os diferentes entendimentos não entravam em contradição. "Nas decisões das consultas formuladas pela ministra Margareth Menezes em 2024 e 2025, tratando expressamente da possibilidade de shows remunerados com recursos estaduais ou municipais, a CEP manteve sempre o mesmo entendimento: é possível, desde que não envolva recursos federais", disse o colegiado.

"A separação entre a figura pública da ministra e a da artista precisa ser cristalina, principalmente quando há recursos públicos envolvidos. [...] É fundamental esclarecer se houve qualquer tipo de favorecimento ou conflito de interesse na contratação da ministra por municípios que podem ser beneficiados por verbas do ministério que ela comanda", afirmou Zucco na justificativa do convite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou de irregularidades a campanha presidencial de sua oponente, Kamala Harris, do Partido Democrata, na disputa eleitoral do ano passado.

"Estou analisando a grande quantidade de dinheiro devido pelos democratas após a eleição presidencial e o fato de que eles admitem ter pago, provavelmente ilegalmente, US$ 11 milhões à cantora Beyoncé por um ENDOSSO (ela nunca cantou nem uma nota e deixou o palco sob vaias e um público irritado!)", afirmou o republicano em postagem na rede Truth Social.

Segundo ele, US$ 3 milhões foram para a apresentadora Oprah Winfrey e US$ 600 mil ao apresentador de TV Al Sharpton. "Essas taxas ridículas foram declaradas incorretamente nos livros e registros. NÃO É PERMITIDO PAGAR POR UM ENDOSSO. É TOTALMENTE ILEGAL FAZER ISSO. Você pode imaginar o que aconteceria se os políticos começassem a pagar para que as pessoas os endossassem. O caos se instalaria! Kamala, e todos aqueles que receberam dinheiro de endosso, VIOLARAM A LEI. Todos deveriam ser processados", declarou.

Em uma sequência de publicações na rede social, Trump mencionou ainda uma suposta queda na audiência NBC e fez críticas a algumas redes de televisão que, na sua visão, estão ligadas aos democratas. "Sua programação é terrível, sua gestão ainda pior. Eles são um braço do Partido Democrata e deveriam ser responsabilizados por isso. Da mesma forma, a Fake News ABC", escreveu o republicano.

Trump comparou as redes de TV a 'peões políticos' do Partido Democrata, que faz oposição ao seu governo. "Tornou-se tão ultrajante que, na minha opinião, suas licenças poderiam, e deveriam, ser revogadas".*

Ao menos dez pessoas foram esfaqueadas dentro de um Walmart em Traverse City, cidade de 15 mil habitantes no Michigan, nos Estados Unidos, neste sábado, 26. As autoridades policiais prenderam o suspeito.

A Polícia Estadual do Michigan disse que o escritório do xerife local investiga o incidente e os detalhes eram limitados. A instituição pediu que as pessoas evitem a área enquanto a investigação está em andamento.

As vítimas foram levadas para o Centro Médico Munson, o maior hospital da região do norte de Michigan. O estado de saúde delas não foi informado até o momento.

Um porta-voz corporativo da Walmart, Joe Pennington, disse por e-mail que a empresa estava "trabalhando com a polícia e defere perguntas para eles neste momento."

Mensagens em busca de comentários foram deixadas com a polícia e o prefeito. Traverse City fica a cerca de 410 quilômetros a noroeste de Detroit.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.