Campanha pró-CPI da pandemia une grupos de renovação e que pediram saída de Dilma

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Os movimentos de renovação Acredito, Agora, Livres e Ocupa Política se uniram ao Vem Pra Rua, um dos principais grupos que impulsionaram o movimento pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para pedir a abertura de uma CPI da covid-19. Juntos também do Extremos Não e Política Viva, os grupos lançaram a campanha "CPI da Pandemia Já" para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a instalar a comissão.

A campanha que une diferentes grupos de mobilização que ganharam protagonismo na política nacional nos últimos anos tenta reunir assinaturas e endereçar e-mails a Pacheco em defesa da CPI. Cidadãos também são convidados a se mobilizar no Twitter. "Enquanto o pedido para a criação da CPI está parado sob a mesa de Pacheco há quase um mês, à espera de uma definição, o Brasil enfrenta uma situação catastrófica: o país superou a marca dos 250 mil mortos pela covid-19, a média móvel de mortes bate recordes e o sistema de saúde de mais da metade dos estados está à beira do colapso", diz o grupo.

Os organizadores da campanha veem evidências de responsabilidade do governo federal e acusam a gestão de Bolsonaro de crimes, erros e omissões graves. "O governo gasta R$ 90 milhões com tratamentos inúteis, sabota as compras de vacina, o uso de máscaras e as medidas de isolamento de governadores e prefeitos, além de fechar metade dos leitos de UTI, espalhar desinformação e notícias falsas e promover aglomerações", diz a campanha.

"Atravessamos uma tragédia sem precedentes que sequer tem um prazo para terminar. Analistas internacionais apontam o Brasil como um dos países com a pior resposta às crises sanitária, de saúde, econômica e de educação consequentes da pandemia", disse Rafael Parente, integrante do Agora. "É nosso dever moral e ético identificar os erros de gestão e coordenação e responsabilizar quem está contribuindo para tornar o país uma ameaça global."

Rodrigo Alonço, do movimento Vem Pra Rua, defende que também exista mais cobrança pela vacinação em massa da população. "Os hospitais particulares entraram em colapso, assim como os hospitais públicos. Faltam apenas leitos ou faltam vacinas?". Segundo Magno Karl, do Livres, a falta de estoque de oxigênio medicinal em Manaus precisa ser investigada: "Uma CPI será fundamental para a investigação dos fatos e a eventual responsabilização dos culpados pela tragédia que matou milhares no Norte do Brasil".

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que na quarta-feira impôs sanções ao petróleo do Irã e que, países que recebem a commodity iraniana, não podem fazer negócios com os americanos, em discurso no evento do Dia da Oração, na Casa Branca, nesta quinta-feira.

O republicano também aproveitou a oportunidade para dizer que está trabalhando para libertar os reféns do Hamas. "As coisas estão esquentando", acrescentou.

Uma das associações empresariais mais importantes do Canadá pediu ao primeiro-ministro do país, Mark Carney, que cogite adiar um prometido corte de impostos para a classe média, argumentando que isso enviaria um forte sinal sobre disciplina fiscal. O Conselho Empresarial do Canadá, que representa CEOs de grande empresas, afirma apoiar as promessas de Carney sobre gastos direcionados a determinadas áreas para melhorar o histórico ruim de produtividade do país e impulsionar o crescimento.

No entanto, dado o recente histórico de déficits fiscais maiores do país, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), o conselho afirma que Carney deve adiar medidas que "não são essenciais para a resposta econômica imediata do Canadá". A entidade diz que os cortes de impostos propostos devem ser adiados até que o quadro fiscal permita.

Economistas alertaram que os déficits devem aumentar em relação ao PIB com as promessas fiscais do Partido Liberal, do primeiro-ministro, e a possibilidade de uma forte recessão em vista. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.