Lula também larga na frente em eventual 2º turno contra Tarcísio e Bolsonaro, mostra Datafolha

Política
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), venceria num eventual segundo turno das eleições presidenciais disputado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 5. Lula teria 48% das intenções de voto, contra 39% do ex-ministro de Jair Bolsonaro. Outros 13% votariam em branco, nulo ou em nenhum dos dois, e 1% não soube responder.

Na mesma pesquisa, o Datafolha simulou uma disputa de segundo turno entre Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Haddad sairia na frente com 45%, contra 41% de Bolsonaro.

Haddad também lideraria se o pleito fosse com Tarcísio, que ficaria com 37%, contra 43% do atual ministro da Fazenda.

Num cenário de nova disputa em segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o atual presidente teria 49% das intenções de voto, contra 40% de Bolsonaro.

O petista contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teria 50%, contra 38% de Michelle.

Se a corrida em segundo turno fosse contra Eduardo Bolsonaro (PL), o presidente da República teria 51% das intenções de voto, ante 34% do filho do ex-presidente.

Primeiro turno

O cenário do segundo turno favorável a Lula está em linha com o verificado pela mesma pesquisa sobre primeiro turno. Segundo o Datafolha, Lula sairia na frente numa disputa com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro se as eleições presidenciais de 2026 fossem hoje.

Nos cinco cenários de primeiro turno testados pelo Datafolha, Lula aparece na vantagem.

Numa disputa com Lula e Bolsonaro, o primeiro teria 36% e o ex-presidente, 30%. Ciro Gomes (PDT) teria 12%, Pablo Marçal (PRTB), 7%, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), 5%, e 9% votariam em branco/nulo ou nenhum, além de 2% afirmarem não saber.

Sem Bolsonaro e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa, Lula teria 35%, contra 15% do ex-ministro de Bolsonaro, 11% de Ciro, 11% de Marçal, 5% de Ratinho Junior (PSD), que é governador do Paraná, 3% de Leite, 3% do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), 2% de Ronaldo Caiado (União Brasil), que comanda Goiás, 11% em branco/nulo/nenhum e 3% que não saberiam.

Com Eduardo Bolsonaro (PL) na corrida, Lula também teria 35%, e em segundo lugar ficaria Ciro Gomes, com 12%. Já o filho de Bolsonaro teria 11% na terceira posição. Depois viriam Marçal (10%), Ratinho (6%), Zema (4%), Leite (4%) e Caiado (3%).

Se Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama, entrasse na eleição, ficaria em segundo lugar com 15%, e Lula na vantagem, com 35%. Nesse cenário o Datafolha ainda colocou Ciro Gomes (12%), Pablo Marçal (10%), Ratinho Junior (5%), Romeu Zema (4%), Leite (3%) e Caiado (3%).

Por fim, num cenário apenas com Lula, Tarcísio e Marçal, o petista teria 43%, o governador de SP, 24%, e Marçal, 15%.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a pesquisa foi realizada com 3.054 pessoas de 16 anos ou mais em 172 municípios pelo Brasil nos dias 1º a 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou que é "fake news" a notícia de que estaria buscando uma cúpula para se encontrar o presidente da China, Xi Jinping, em publicação na Truth Social feita no fim da noite de segunda-feira, 28.

"Isso não é verdade, não estou PROCURANDO nada!", escreveu na postagem. No entanto, o republicano deixou em aberto a possibilidade de visitar o país: "Posso ir à China, mas apenas a convite do presidente Xi, que já foi estendido. Caso contrário, não tenho interesse!".

Há pouco mais de uma semana, o jornal chinês South China Morning Post noticiou a possibilidade de Trump encontrar Xi na Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), na Coreia do Sul, entre outubro e novembro.

Um ataque aéreo russo a uma prisão na região de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, matou pelo menos 17 detentos e feriu mais de 80, disseram autoridades ucranianas nesta terça-feira, 29. Na região de Dnipro, as autoridades relataram pelo menos quatro pessoas mortas e oito feridas.

A Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia lançou dois mísseis balísticos Iskander-M, além de 37 drones de ataque do tipo Shahed e veículos aéreos não tripulados (VANTs) de distração. Afirma-se que 32 drones Shahed foram interceptados ou neutralizados pelas defesas aéreas ucranianas.

O ataque na noite de segunda-feira (28) atingiu a Colônia Correcional de Bilenkivska com quatro bombas aéreas guiadas, de acordo com o Serviço Executivo Criminal do Estado da Ucrânia.

Pelo menos 42 detentos foram hospitalizados com ferimentos graves, enquanto outras 40 pessoas, incluindo um membro da equipe, sofreram vários ferimentos.

O ataque destruiu o refeitório da prisão, danificou os prédios administrativos e de quarentena, mas a cerca do perímetro resistiu e nenhuma fuga foi relatada, disseram as autoridades.

Autoridades ucranianas condenaram o ataque, dizendo que atacar infraestrutura civil, como prisões, é um crime de guerra segundo as convenções internacionais.

Duas importantes organizações israelenses de direitos humanos - a B'Tselem e a Physicians for Human Rights (PHR, na sigla em inglês) - afirmaram nesta segunda-feira, 28, que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza e disseram que os aliados ocidentais do país têm a obrigação legal e moral de impedir o agravamento da crise.

Organizações internacionais, como a Anistia Internacional, vêm denunciando a campanha militar de Israel como um "genocídio". No entanto, é a primeira vez que importantes grupos israelenses de defesa dos direitos humanos endossam a conclusão.

Guy Shalev, diretor da PHR, disse que os israelense muitas vezes descartam as acusações de genocídio como "antissemitas" ou tendenciosas contra Israel. "Espero que os nossos comunicados façam as pessoas reconhecerem a realidade", afirmou.

Genocídio

O governo israelense afirma que está lutando uma guerra existencial e garante cumprir com o direito internacional. Israel alega que as acusações de genocídio são antissemitas. "A alegação de Israel de que terroristas do Hamas ou membros de outros grupos armados palestinos estavam presentes em instalações médicas ou civis, frequentemente feita sem fornecer qualquer evidência, não pode justificar ou explicar tal destruição generalizada e sistemática", afirma o relatório da B'Tselem.

Os dois grupos de direitos humanos, em relatórios separados, mas lançados ontem conjuntamente, afirmaram que as políticas de Israel na Faixa de Gaza, juntamente com as declarações de autoridades do governo israelense sobre seus objetivos na guerra e o desmantelamento do sistema de saúde do território palestino, contribuíram para a conclusão de genocídio.

Assim como outros grupos de defesa dos direitos humanos, a B'Tselem e a PHR não foram autorizadas a entrar em Gaza durante a guerra. Seus relatórios têm como base relatos, documentos e análises de especialistas jurídicos.

Destruição

O relatório da PHR afirma que Israel cometeu pelo menos três atos que definem o genocídio no direito internacional, incluindo "infligir a determinado grupo condições deliberadas para provocar sua destruição física total ou parcial." "Como neto de um sobrevivente do Holocausto, é muito doloroso para mim chegar a esta conclusão," afirmou Shalev.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.