Governo Lula segue mais rejeitado por evangélicos, homens, sulistas e mais ricos, diz Datafolha

Política
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Apesar da popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter parado de cair, a gestão ainda não se recuperou do tombo histórico atingido no terceiro mandato do petista e registrado em fevereiro pelo Datafolha, quando aprovação caiu de 35% para 24%. No cenário geral do novo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 4, 38% consideram o governo como ruim ou péssimo, ante 29% que avaliam a gestão como ótima ou boa.

Entre os segmentos dos entrevistados, somente os eleitores do Nordeste mantém a avaliação positiva do governo maior que a negativa, com 38% de aprovação, ante 26% de reprovação.

Mesmo assim, ainda não houve recuperação da queda na aprovação do governo pelos nordestinos, registrada entre dezembro de 2024 para fevereiro deste ano, de 16 pontos porcentuais. Entre as duas pesquisas, o número dos satisfeitos no reduto histórico petista oscilou cinco pontos para cima, considerando a margem de erro por regiões, que fica entre dois e seis pontos porcentuais.

Já os eleitores que consideram o governo Lula como ruim ou péssimo estão concentrados no Sul, com 46% de rejeição, ante 26% de aprovação. Também têm os maiores índices de reprovação por segmento os homens, com 42% (enquanto 27% consideram positivo e 30% regular), e os mais ricos, com renda de mais de dez salários mínimos. Entre eles, 51% rejeitam o governo, mas o índice era de 63% em fevereiro. Os que aprovam, foram de 18% para 31%. A margem de erro do segmento é de oito pontos porcentuais.

Quando os números são avaliados conforme a religião que o eleitor diz seguir, os católicos estão divididos entre os que consideram que Lula está fazendo um bom trabalho, e os que acham o oposto - com 34% de cada, enquanto 32% considera o governo regular.

O presidente tem tentado se aproximar do público religioso também como forma de melhorar a popularidade. No mês passado, em um evento de inauguração de uma barragem no Rio Grande do Norte, Lula convidou um arcebispo para rezar "Pai Nosso" e, no mesmo evento, atacou Jair Bolsonaro (PL) dizendo que o ex-chefe do Executivo mentia ao falar que era religioso, porque "não se usa o nome de Deus em vão".

Entre os evangélicos, grupo historicamente mais bolsonarista, 49% considera o governo do petista ruim ou péssimo, enquanto 19% avalia com bom ou ótimo. Os números oscilaram levemente comparados ao último levantamento, quando 48% reprovavam e 21% aprovavam a gestão.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ser questionado sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, afirmou ter "nojo do que eles russos estão fazendo". Apesar da condenação, reiterou sua oposição ao envolvimento direto dos EUA na guerra e afirmou que o país não deveria estar envolvido no tema.

Trump, mesmo assim, reforçou que Washington pretende impor punições a Moscou. "Colocaremos sanções contra a Rússia. Só não sei se elas terão algum efeito sobre Vladimir Putin", ponderou.

O republicano também comentou a crise em Gaza. Ao ser perguntado se a situação no local se equipara a um "genocídio", respondeu: "É terrível o que acontece lá". Sem aprofundar, ele evitou comparações diretas, mas reconheceu a gravidade do cenário.

O presidente americano voltou ainda suas críticas ao Irã. "O Irã vem agindo de maneira péssima", afirmou, sem detalhar as acusações. Trump também reafirmou que as instalações nucleares do país persa foram alvos de destruição.

A Rússia anunciou, nesta quinta-feira, 31, que suas forças assumiram o controle total da cidade estrategicamente importante de Chasiv Iar, na região oriental de Donetsk, no leste na Ucrânia. Kiev nega ocupação.

O Ministério da Defesa russo indicou em um comunicado que Chasiv Iar "foi libertada pelas forças russas". Moscou segue conquistando territórios na Ucrânia, embora o presidente americano, Donald Trump, tenha imposto um prazo de seis dias, a partir de terça-feira, 29, para que seu homólogo russo, Vladimir Putin, encerre o conflito, sob pena de sanções.

Tropas russas e ucranianas lutam pelo controle de Chasiv Iar há quase 18 meses. A região inclui um topo de colina de onde as tropas podem atacar outros pontos-chave na região, que formam a espinha dorsal das defesas orientais da Ucrânia.

Victor Trehubov, porta-voz militar ucraniano, negou a alegação da Rússia. "Apenas uma invenção, não houve nem mesmo uma mudança na situação", disse ele à agência Associated Press.

Um relatório divulgado nesta quinta pelo Estado-Maior do Exército da Ucrânia informou que houve sete confrontos em Chasiv Iar nas últimas 24 horas. Um mapa anexo mostrava a maior parte da cidade sob controle russo.

O DeepState, um mapa ucraniano de código aberto amplamente utilizado pelos militares e analistas, mostrou na manhã desta quinta que os bairros ao sul e oeste de Chasiv Iar permaneciam como as chamadas zonas cinzentas, ou seja, não controlados por nenhum dos lados.

Moscou também intensificou seus ataques nas últimas semanas, muitas vezes com centenas de drones e mísseis, segundo Kiev.

Bombardeios durante a noite na capital da Ucrânia mataram pelo menos 13 pessoas, incluindo um menino de 6 anos, e feriram outras 132, disseram autoridades nesta quinta.

Uma menina de 5 meses estava entre as 14 crianças feridas, informou o Serviço de Emergência da Ucrânia. Foi o maior número de crianças feridas em um único ataque a Kiev desde o início da invasão russa, há três anos, de acordo com registros públicos consultados pela Associated Press.

A Rússia disparou 309 drones Shahed e de distração, além de oito mísseis de cruzeiro Iskander-K durante a noite, informou a Força Aérea Ucraniana. As defesas aéreas interceptaram e bloquearam 288 drones de ataque e três mísseis. Cinco mísseis e 21 drones atingiram alvos.

Os esforços diplomáticos parecem estar em um impasse. Putin exige que a Ucrânia ceda à Rússia as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, cuja anexação foi reivindicada por Moscou, e que a Ucrânia desista de aderir à Otan.

As condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia e seus aliados ocidentais.

A Ucrânia exige que o Exército russo se retire completamente do seu território.

"Hoje, o mundo viu mais uma vez a resposta da Rússia ao nosso desejo de paz com os EUA e a Europa", disse o presidente ucraniano Volodmir Zelenski. "Novos assassinatos demonstrativos. É por isso que a paz sem força é impossível."

Ele pediu aos aliados da Ucrânia que cumpram os compromissos de defesa e pressionem Moscou por negociações reais.

Líderes ocidentais acusaram Putin de procrastinar os esforços de paz liderados pelos EUA na tentativa de conquistar mais terras ucranianas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um bebê de um ano teria mordido uma cobra até a morte enquanto brincava em sua casa na cidade de Bettiah, no estado de Bihar, no norte da Índia, perto da fronteira com o Nepal. As informações são do jornal britânico The Independent, que cita o noticiário local.

O menino foi identificado como Govinda Kumar. A avó da criança contou à imprensa indiana que a família viu a cobra enrolada no braço de Govinda e todos correram em sua direção, "mas, enquanto isso, ele já havia mordido a cobra, matando-a na hora".

Govinda desmaiou, foi levado às pressas para um centro de saúde primário para tratamento inicial e depois para o Hospital Universitário Médico do Governo da cidade, onde ficou em observação até ter alta, segundo o veículo britânico e a mídia local.

O veneno teve efeitos supostamente leves, apenas deixando o menino inconsciente. "O tratamento oportuno salvou a vida de Govinda", disse Saurabh Kumar, médico do hospital, ao Times of India.

Segundo a equipe médica, a morte da cobra parece ter sido decorrente de traumatismo craniano e bucal causados pela mordida de Govinda, diz o Times of India.

O The Independent afirma que a Índia possui cerca de 300 espécies de cobras, incluindo 60 altamente venenosas, e que o país registrou mais de um milhão de mortes por picadas de cobra de 2000 a 2019, de acordo com um estudo publicado em 2020 na revista eLife.