Caiado critica Lula, Gleisi e dá 'indiretas' a Bolsonaro em lançamento de pré-candidatura

Política
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Em evento em que anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e mandou recados indiretos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda que sem citá-lo.

No discurso que encerrou o evento, Ronaldo Caiado afirmou que o governo tem atitude de gente "incompetente e que não gosta de trabalhar", ao repassar aos Estados as responsabilidades pelos problemas. "Lula, você não dá conta de governar", afirmou. Em outra crítica ao governo federal, ele afirmou que a ministra Gleisi Hoffmann foi escolhida para uma tarefa que "reconhecidamente", ela não conseguiria desempenhar: "A única coisa que ela não sabe é articular. É um elefante na casa de louça", criticou.

Ele também deu recados que o diferenciam do ex-presidente Jair Bolsonaro, embora sem citar o político do PL. "(Vou exercer) a Presidência da República na sua plena prerrogativa de presidente, com a liturgia de presidente da República, sabendo conviver com os demais Poderes, mas cada um dentro do seu limite e cada um sabendo que os Poderes são autônomos, mas os Poderes têm que ser harmônicos e que não cabe enfrentamento de Poderes na hora que nós queremos construir a paz em nosso país", disse ele.

Antes, afirmou que é "desencabrestado". "Não sou candidato de bolso de colete, nem candidato de barra de saia de ninguém não. Eu sou candidato e eu vou pro povo. Eu vou debater. Quando ninguém tinha coragem de defender direito de propriedade era o Caiado lutando com 36 anos de idade nesse Brasil", disse.

Bolsonaro tem desautorizado o lançamento de outros nomes da direita, afirmando que é o candidato do campo para 2026, mesmo estando inelegível por duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante seu mandato no Palácio do Planalto, viveu fortes enfrentamentos com o Legislativo e, especialmente, com o Judiciário, que acusa até hoje de ter tido papel preponderante para sua derrota em 2022. Atualmente, é réu sob a acusação de tramar um golpe de Estado ao não aceitar o resultado da disputa eleitoral.

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A ministra de Inovação e Ciência e Tecnologia de Israel, Gila Gamliel, postou na rede social X (ex-Twitter) um vídeo produzido por inteligência artificial que retrata a Faixa de Gaza sob ocupação israelense com a mensagem "É assim que Gaza será no futuro". As imagens retratam o território palestino como se o plano para o local apoiado por Donald Trump, que inclui expulsão de palestinos e uma "riviera" de prédios altos e luxuosos na costa de Gaza, fosse posto em prática.

O vídeo começa com o presidente dos EUA junto com a própria ministra e o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu reunidos. Depois, as imagens mostram as ruínas de Gaza sendo substituídas por edifícios modernos e uma orla cheia de turistas. Por fim, o vídeo exibe um arranha-céu com o letreiro "Trump", semelhante a Trump Tower.

Na postagem, Gamliel também publica um link para o plano de expulsão de palestinos, chamado pelo governo israelense de "plano de imigração voluntária de Gaza". Segundo ela, o plano foi apresentado ao gabinete do governo israelense na primeira semana da guerra em Gaza, no dia 13 de outubro de 2023. "Somos nós ou ele", disse Gamliel.

O documento mostra que desde à resposta ao ataque terrorista do Hamas, no 7 de outubro, o governo israelense cogita expulsar palestinos do local, com o objetivo de "mudar a ideologia" no território. O documento afirma que a alternativa seria viável se tivesse apoio dos EUA e de outros países pró-Israel.

O plano ganhou força desde que foi apresentado, sobretudo após a volta de Trump à Casa Branca este ano. Em fevereiro, o presidente americano defendeu transferir civis palestinos e transformar Gaza em um destino turístico, apelidado "Rivieira do Oriente Médio".

Os palestinos, e até os aliados americanos na região, consideram esses planos uma espécie de limpeza étnica, uma tentativa de expulsar os moradores de sua terra natal depois da ofensiva de 15 meses de Israel contra o Hamas tornar parte da Faixa de Gaza inabitável. Isso também foi visto como uma tentativa de liquidar a luta de décadas dos palestinos por um Estado, que tem amplo apoio internacional.

Os países árabes, incluindo o Egito e a Jordânia - aliados próximos dos EUA e em paz com Israel - condenaram esses planos e rejeitaram a sugestão de Trump de acolher mais refugiados palestinos.

Clique aqui para assistir ao vídeo produzido pela ministra Gila Gamliel por meio de IA.

Funcionários do Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA informaram ao presidente Donald Trump em maio que seu nome aparecia diversas vezes em documentos relacionados a Jeffrey Epstein, disseram autoridades do próprio governo ao Wall Street Journal. A informação foi repassada em uma reunião na Casa Branca com a procuradora-geral Pam Bondi, que liderava a revisão do material.

Os presentes disseram ao WSJ que o nome de Trump, assim como o de outras figuras públicas, surgia em relatos considerados boatos não verificados sobre pessoas que socializaram com Epstein no passado. A menção, segundo as autoridades, não indicava qualquer irregularidade. Sobre a reportagem do jornal, o porta-voz da Casa Branca Steven Cheung afirmou que "isso nada mais é do que uma continuação das notícias falsas inventadas pelos democratas e pela mídia liberal", segundo a imprensa americana.

A reunião, descrita como rotineira, abordou vários temas e não teve como foco a citação ao presidente. Ainda de acordo com o WSJ, fontes oficiais disseram que os arquivos contêm centenas de outros nomes e não há evidências que justifiquem novas investigações. Na reunião, Trump foi informado também de que o DoJ não planejava divulgar mais documentos, por conterem pornografia infantil e informações pessoais das vítimas. Ele apoiou a decisão.

Em fevereiro, Bondi havia dito que a chamada "lista de clientes" de Epstein estava "na minha mesa agora para revisão". Em público, no entanto, Trump afirmou na semana passada que Bondi não o havia informado sobre sua menção nos arquivos.

A decisão de não divulgar novos materiais só foi anunciada semanas depois, em 7 de julho, por meio de um memorando publicado no site do DoJ. O texto, sem assinatura, diz que não foi encontrada nenhuma lista de clientes, tampouco evidências para investigar terceiros não acusados. Parte do conteúdo permanecerá sob sigilo para proteger as vítimas e impedir a disseminação de pornografia infantil.

*Com informações da Dow Jones Newswires

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em nossa Política de IA.

Uma mulher alemã foi encontrada após passar 11 dias perdida em um deserto na Austrália. Para sobreviver, ela se escondeu em cavernas durante o frio de 0º C e bebeu água da chuva.

O jornal britânico The Guardian informou que a mochileira Carolina Wilga, de 26 anos, foi até a pequena cidade de Beacon no dia 29 de junho. Depois de sair de uma loja, ela não entrou mais em contato com a sua família, que ficou preocupada e acionou as autoridades locais.

O carro dela foi encontrado atolado e abandonado em Karroun Hill, a cerca de 150 quilômetros de Beacon, no dia 10 de julho. No dia seguinte, a jovem foi localizada a cerca de 24 quilômetros do veículo, por uma mulher que passava pela região.

Aos policiais, ela explicou que perdeu o controle do automóvel, que ficou instável e acabou atolado, afirma o The Guardian. Carolina esperou um dia ao lado do carro, mas decidiu procurar ajuda após não ver ninguém por perto em mais de 24 horas.

Ainda de acordo com o jornal britânico, a alemã disse que tentou seguir a posição do sol para não se perder e que tinha pouca água e comida, então precisou beber água da chuva e de poças para sobreviver. Ela se abrigou em uma caverna devido ao frio e achou que nunca seria encontrada.

Carolina estava com ferimentos leves, como cortes e hematomas, e foi levada de helicóptero para o hospital Fiona Stanley, em Perth. Apesar do cansaço, fome e desidratação, ela não corria nenhum risco de morte.

Uma inspetora da polícia local disse ao The Guardian que a jovem tomou banho, conversou com a família e comeu e que o estado em que ela foi encontrada era "o melhor resultado que poderíamos esperar".