'Lembrar para que nunca mais se repita', diz STF sobre 61 anos do golpe militar

Política
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O Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou nas redes sociais na manhã desta segunda-feira, 31, sobre os 61 anos do golpe que marcou o início da ditadura militar no País. "Há 61 anos, direitos fundamentais foram comprometidos no Brasil", diz a publicação no Instagram.

A imagem que ilustra a postagem diz "Democracia: sempre o melhor caminho", enquanto a legenda é encerrada com a afirmação: "31 de março de 1964: lembrar para que nunca mais se repita. Hoje e sempre, celebre a democracia e a Constituição Cidadã".

O texto lembra que a redemocratização do País veio com a participação popular e uma Assembleia Constituinte, que elaborou a Constituição Federal de 1988. A Lei Maior restabeleceu garantias, o direito ao voto, a separação dos Poderes, princípios e diretrizes para reger o Estado Democrático de Direito.

Já o governo Lula (PT) e as Forças Armadas devem ignorar a data, segundo apurou o Estadão. A decisão tem sido alvo de críticas de aliados do presidente, que consideram o silêncio "constrangedor", especialmente após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornar réu por tentativa de golpe.

O início do governo Lula 3 foi marcado pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Desde então, Lula tem evitado qualquer menção à data, decisão que é apoiada pelo ministro da Defesa, José Múcio. Em meio às acusações sobre o envolvimento das Forças Armadas na tentativa de golpe, Múcio se tornou a principal voz em defesa da instituição dentro do governo.

Em meio ao silêncio do governo federal, integrantes do PT confirmaram presença em atos públicos em repúdio ao golpe de 1964: uma manifestação na Avenida Paulista, no domingo, 30 e um encontro na PUC-SP organizado pelo Grupo Prerrogativas na segunda-feira, 31.

Também neste mês, a redemocratização do País completou 40 anos. Na ocasião, o Congresso Nacional homenageou durante solenidade o ex-presidente José Sarney, primeiro presidente civil após 21 anos de ditadura.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que "nunca discuti com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer o reconhecimento da Palestina pelo Reino Unido" e negou qualquer conversa nesse sentido. "Nunca discutimos a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado palestino, a menos que Israel atue em Gaza", disse.

Em coletiva a bordo do Air Force One, Trump também destacou os esforços internacionais para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. "Muito dinheiro está sendo enviado à Gaza para comida por vários países, como os EUA", afirmou. Segundo ele, "Israel quer garantir que a distribuição de comida em Gaza seja feita da maneira correta".

O presidente contou ainda que falou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, há 2 dias, e que os EUA "mandaram dinheiro para Israel para levar comida até Gaza". Questionado se é possível confiar em Israel para cumprir essa missão, respondeu: "Sim, Israel quer fazer isso. Israel não quer o Hamas roubando comida".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que deu um prazo de "10 dias a partir de hoje" para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia. Segundo ele, caso não haja recuo de Moscou, "vamos colocar tarifas".

Em coletiva a bordo do Air Force One, na volta aos EUA após quatro dias na Escócia, Trump admitiu incertezas sobre o impacto das possíveis medidas. "Não sabemos ainda o quanto as tarifas vão ou não afetar a Rússia".

Trump não detalhou se as "tarifas" abordadas por ele dizem respeito às "sanções secundárias" ao petróleo russo já anunciadas pelo governo americano anteriormente também sob um prazo para que o presidente Vladimir Putin encerrasse o conflito na Ucrânia. O republicano, em ocasião anterior, chegou a mencionar a possibilidade de impor sobretaxas de até 100% contra os russos.

Um piloto da companhia aérea Delta Air Lines foi preso a bordo de um voo sob acusação de abuso sexual infantil, na noite do último sábado, 26. Ele foi retirado da cabine por agentes federais logo após pousar o avião no Aeroporto Internacional de São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O homem, identificado como Rustom Bhagwagar, de 34 anos, foi detido por cinco acusações de sexo oral com uma criança menor de 10 anos, informou o Departamento de Segurança Interna dos EUA, na noite desta segunda-feira, 28. Ele era investigado desde abril, segundo o órgão.

Inicialmente, o Departamento de Segurança Interna havia informado que o piloto estava sendo acusado de posse de material de abuso sexual infantil. Não ficou claro por que os detalhes da acusação foram alterados e o órgão não respondeu imediatamente a pedidos de comentários da imprensa americana.

Passageiros a bordo do voo que saiu de Minneapolis para São Francisco postaram um vídeo nas redes sociais onde é possível ver os agentes federais caminhando pelo corredor do avião.

Em um comunicado, a Delta disse que cooperaria com as autoridades policiais e que o piloto foi suspenso, enquanto se aguarda uma investigação.

"A Delta tem tolerância zero para condutas ilegais e cooperará totalmente com as autoridades policiais", disse a companhia aérea.

(Com agências internacionais)