Pablo Marçal compra casa de R$ 25 milhões nos EUA

Política
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O empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) comprou no fim de fevereiro uma casa por cerca de R$ 25 milhões nos Estados Unidos. A aquisição da propriedade, que pertenceu ao ex-jogador de futebol Kaká e fica em Orlando, na Flórida, foi confirmada pela assessoria do ex-coach.

A casa foi comprada por Marçal por US$ 4,35 milhões (R$ 24.967.695,00) e tem cerca de 620 metros quadrados. Ela foi construída em 2003 e tem seis quartos e oito banheiros, além de garagem para três carros, piscina, spa e um campo de futebol com grama sintética. As informações são do site de listagem de propriedades Realtor.

A casa teria sido adquirida por Kaká quando ele assinou com o time Orlando City, em 2015. Ele morou lá entre 2015 e 2017.

Pablo Marçal participou das eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2024, na qual ficou em terceiro lugar e, portanto, fora do segundo turno. Em 2022, ele cogitou a Presidência da República, mas teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por atos cometidos durante as eleições municipais, ele foi condenado no mês passado a oito anos de inelegibilidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. As condenações são por abuso de poder político e econômico e ele recorre junto ao TSE. O empresário enfrenta também outros processos na Justiça.

Em entrevista à CNN na semana passada, Marçal afirmou que ainda não tem certeza se disputará o Planalto ou o governo de São Paulo, caso consiga reverter a inelegibilidade.

Na autodeclaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral em 2024, o ex-coach informou ter um patrimônio de R$ 193,5 milhões. A lista de bens incluía ativos financeiros, um terreno, uma sala comercial e uma chácara, mas nenhuma casa, apartamento ou automóvel.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na manhã desta quinta-feira, 31, que seria "muito difícil" fazer um acordo comercial com o Canadá depois que o primeiro-ministro do país, Mark Carney, anunciou na quarta-feira, 30, que planejava reconhecer a Palestina como um Estado em setembro.

O comunicado do primeiro-ministro canadense ocorre depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que também iria reconhecer a Palestina em setembro, assim como o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

"Isso tornará muito difícil para nós fazermos um acordo comercial com eles", afirmou Trump em uma publicação na plataforma Truth Social.

Trump estabeleceu o prazo de 1º de agosto para que diversos países terminassem de negociar acordos comerciais com sua administração; caso contrário, ele disse, tarifas de até 50% seriam impostas sobre os produtos que eles enviam para os Estados Unidos.

A partir de sexta-feira, as exportações do Canadá, o segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos, sofreriam uma tarifa de 35% caso não haja um acordo.

Pressão

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump frequentemente pressionou aliados a mudar políticas, ameaçando tarifas mais altas ou dificultando negociações comerciais.

Recentemente, sua ameaça de se retirar das negociações comerciais com Camboja e Tailândia pareceu contribuir para um rápido acordo de cessar-fogo após um conflito de cinco dias entre os países. Na quarta-feira, o republicano afirmou que iria impor uma tarifa de 25% sobre todos os produtos indianos, citando suas compras de petróleo e equipamento militar da Rússia.

No início deste ano, ele ameaçou o Canadá com tarifas caso não agisse para impedir o tráfico de fentanil através de sua fronteira com os Estados Unidos, que é mínimo.

Ameaça de anexação

O presidente americano também tem um longo histórico de ameaças de anexação do Canadá e imposição de tarifas pesadas.

O assédio do republicano provocou uma reviravolta eleitoral no país vizinho, que fez o conservador Pierre Poilievre perder o favoritismo que tinha após um desgaste e uma queda de popularidade do governo liberal de Justin Trudeau.

Após a renúncia de Trudeau em janeiro e a entrada de Mark Carney como novo líder do Partido Liberal, a legenda governista passou os conservadores nas pesquisas e venceu as eleições. Apesar de representar um partido considerado impopular, Carney conseguiu se colocar como um outsider por conta de sua experiência como presidente do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra depois do Brexit.

Já Poilievre, que era frequentemente comparado com Trump devido às suas políticas e retórica, amargou uma derrota e a perda do próprio assento no Parlamento canadense.

A retórica de Trump sobre a anexação diminuiu depois da vitória de Carney e os dois líderes se encontraram na Casa Branca, mas ainda não conseguiram fechar um acordo comercial.

Anúncio de Carney

O anúncio de Carney sobre a Palestina ocorreu em uma ação coordenada com a França e o Reino Unido. Apesar de Trump criticar e ameaçar o Canadá, ele afirmou na segunda-feira em uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, que "não se importava" se ele tomasse uma posição.

Segundo o primeiro-ministro canadense, o reconhecimento será feito para preservar a esperança de uma solução de dois Estados na questão Israel-Palestina. Apesar disso, Carney ressaltou que certas "condições" como a realização de eleições precisam ocorrer dentro da Autoridade Palestina para o reconhecimento.

Assim como fez com a França e o Reino Unido, Israel criticou de imediato a iniciativa, que considera parte de uma "campanha distorcida de pressão internacional".

"Reconhecer um Estado palestino na ausência de um governo responsável, instituições funcionais ou uma liderança benevolente, recompensa e legitima a monstruosa barbárie do Hamas em 7 de outubro de 2023", afirmou a embaixada de Israel em Ottawa.

Carney declarou que a decisão se baseou na convicção "arraigada" do Canadá em uma solução de dois Estados para o conflito, que existe desde a criação do Estado de Israel, em 1948.

O anúncio acontece em um momento em que Israel prossegue com a campanha militar na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023. Mais de 60 mil palestinos morreram, incluindo as principais lideranças do Hamas, e nos últimos meses Israel tem impedido a entrada de ajuda humanitária no território.

O bloqueio da ajuda humanitária agravou a situação de miséria e fome na Faixa de Gaza. Mais de 100 organizações humanitárias e a ONU denunciaram na semana passada uma crise de fome generalizada no local, incluindo mortes causadas por desnutrição.

Em paralelo, algumas autoridades do governo israelense defendem a anexação do território, com a expulsão de palestinos.

"Essa possibilidade de uma solução de dois Estados está se erodindo diante dos nossos olhos", afirmou Mark Carney.

O primeiro-ministro canadense falou em "contínuo fracasso" de Israel para prevenir a catástrofe humanitária em Gaza e citou a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

"Durante décadas, esperou-se que [a solução de dois Estados] fosse alcançada como parte de um processo de paz baseado em um acordo negociado entre o governo israelense e a Autoridade Palestina", ressaltou. "Lamentavelmente, este enfoque já não é sustentável", acrescentou.

Hoje, 143 países entre os 193 que fazem parte da ONU, incluindo o Brasil, reconhecem a Palestina como Estado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou nesta quinta-feira, 31, uma carta a 17 CEOs de grandes farmacêuticas exigindo a adoção de medidas até setembro para reduzir os preços dos medicamentos no país, sob pena de intervenção do governo. Entre as destinatárias estão gigantes como Johnson & Johnson, Pfizer, Merck, Novartis, Sanofi, AstraZeneca, Eli Lilly e Novo Nordisk.

Trump avisa que "utilizaremos todas as ferramentas ao nosso alcance para proteger as famílias americanas das práticas abusivas de preços" e exige compromissos firmes das companhias até 29 de setembro. "Outras nações têm explorado a inovação dos EUA por tempo demais. Já é hora de pagarem a sua parte justa."

Segundo o texto, a iniciativa decorre da assinatura de uma ordem executiva, em 12 de maio, chamada de "Garantindo Preços de Medicamentos com Cláusula de Nação Mais Favorecida para Pacientes Americanos". O objetivo, afirma Trump, é "acabar com o parasitismo global e garantir que os americanos paguem os mesmos preços praticados em outras nações desenvolvidas". Ele argumenta que, atualmente, os EUA pagam até três vezes mais por medicamentos de marca do que outros países para os mesmos produtos.

Trump afirma que propostas anteriores apresentadas pela indústria para "resolver" a questão dos preços abusivos não passavam de "mais do mesmo", com tentativas de "transferir a culpa" e pedidos de mudanças que, na prática, levariam a "bilhões de dólares em repasses à indústria".

Entre as medidas solicitadas estão: oferecer ao Medicaid todo o portfólio de medicamentos com preços de nação mais favorecida (MFN); garantir esses preços para todos os remédios novos desde o lançamento; repatriar receitas obtidas com aumentos de preços no exterior; e participar na venda direta de medicamentos com preços MFN a consumidores e empresas.

Além das empresas já citadas, a carta também foi enviada a AbbVie, Boehringer Ingelheim, Bristol Myers Squibb, Gilead Sciences, EMD Serono, Amgen, Regeneron Pharmaceuticals, Genentech e GSK.

Estados Unidos, Reino Unido e 12 países europeus divulgaram nesta quinta, 31, um comunicado conjunto condenando o que classificaram como "crescentes ameaças estatais dos serviços de inteligência iranianos" em seus territórios. Segundo o texto, as ações envolvem tentativas de "matar, sequestrar e assediar pessoas na Europa e na América do Norte", o que configura uma "clara violação de nossa soberania".

Assinado por EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá, Espanha, Holanda, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Finlândia, Albânia, Áustria, e República Checa, o comunicado denuncia que os serviços iranianos têm atuado "em crescente colaboração com organizações criminosas internacionais" para atacar alvos como jornalistas, dissidentes, cidadãos judeus e autoridades atuais e precedentes.

Para os governos signatários, esse comportamento é "inaceitável". Eles declaram que "consideramos esse tipo de ataque, independentemente do alvo, uma violação de nossa soberania" e reforçam o compromisso de atuar em conjunto para evitar novas ocorrências. Por fim, o grupo também exige que Teerã "interrompa imediatamente tais atividades ilegais em nossos respectivos territórios".