Carla Zambelli está a um voto de ser condenada pelo STF, mas julgamento está suspenso

Política
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tem cinco votos para condená-la no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode resultar na perda do mandato parlamentar.

Até por volta das 13h20 desta segunda-feira, 24, o relator do caso, Gilmar Mendes, e os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela condenação da deputada a cinco anos de prisão. Os ministros que ainda faltam votar para condenar ou absolver Zambelli são Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Luiz Fux, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

Faltando dois votos favoráveis à condenação para o plenário formar maioria no julgamento, que tinha a previsão de ser encerrado nesta sexta-feira, 28, Nunes Marques pediu vista (mais tempo para análise) e suspendeu a votação. Contudo, Zanin votou também pela condenação após o pedido de vista, levando o placar a 5 a 0.

Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram contra a abertura do processo penal quando a denúncia foi recebida pela Corte, em agosto.

Agora, não há data para a retomada do julgamento. O regimento interno do STF prevê que o ministro que pede vista precisa devolver o processo em até 90 dias ou o caso é liberado automaticamente para ser incluído novamente na pauta.

A análise do caso ocorre em plenário virtual, modalidade em que os ministros não debatem, somente registram seus votos. Caso a Corte decida pela condenação, a deputada perde o mandato somente após o trânsito em julgado do processo, ou seja, depois que todos os recursos forem esgotados.

Zambelli responde por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo, em um episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando mirou a arma e perseguiu um homem no bairro Jardins, em São Paulo.

Em nota divulgada na última sexta, 21, Zambelli afirma que crê na "imparcialidade do Poder Judiciário e na tramitação justa do processo". "Tenho total confiança na Justiça e acredito que, com o esclarecimento completo dos fatos, minha inocência será comprovada", disse.

Relembre o caso

O episódio que originou o processo ocorreu em um sábado, dia 29 de outubro de 2022. Zambelli foi filmada com a pistola em punho, atravessando uma faixa de pedestres, enquanto perseguia um homem, identificado mais tarde como o jornalista Luan Araújo. Para fugir, Luan entrou em um restaurante. A deputada também entrou no estabelecimento e, ainda empunhando a arma, mandou o homem deitar no chão.

Segundo os relatos, a confusão, em que um tiro chegou a ser disparado, começou com um bate-boca, e Zambelli reagiu após ouvir que "amanhã é Lula" e "vocês vão voltar para o bueiro de onde não deveriam ter saído, seus filhos da p*".

O episódio fez com que a deputada tivesse seu porte de arma suspenso e três armas apreendidas, além da pistola usada no dia da perseguição, entregue por ela.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que "nunca discuti com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer o reconhecimento da Palestina pelo Reino Unido" e negou qualquer conversa nesse sentido. "Nunca discutimos a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado palestino, a menos que Israel atue em Gaza", disse.

Em coletiva a bordo do Air Force One, Trump também destacou os esforços internacionais para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. "Muito dinheiro está sendo enviado à Gaza para comida por vários países, como os EUA", afirmou. Segundo ele, "Israel quer garantir que a distribuição de comida em Gaza seja feita da maneira correta".

O presidente contou ainda que falou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, há 2 dias, e que os EUA "mandaram dinheiro para Israel para levar comida até Gaza". Questionado se é possível confiar em Israel para cumprir essa missão, respondeu: "Sim, Israel quer fazer isso. Israel não quer o Hamas roubando comida".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que deu um prazo de "10 dias a partir de hoje" para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia. Segundo ele, caso não haja recuo de Moscou, "vamos colocar tarifas".

Em coletiva a bordo do Air Force One, na volta aos EUA após quatro dias na Escócia, Trump admitiu incertezas sobre o impacto das possíveis medidas. "Não sabemos ainda o quanto as tarifas vão ou não afetar a Rússia".

Trump não detalhou se as "tarifas" abordadas por ele dizem respeito às "sanções secundárias" ao petróleo russo já anunciadas pelo governo americano anteriormente também sob um prazo para que o presidente Vladimir Putin encerrasse o conflito na Ucrânia. O republicano, em ocasião anterior, chegou a mencionar a possibilidade de impor sobretaxas de até 100% contra os russos.

Um piloto da companhia aérea Delta Air Lines foi preso a bordo de um voo sob acusação de abuso sexual infantil, na noite do último sábado, 26. Ele foi retirado da cabine por agentes federais logo após pousar o avião no Aeroporto Internacional de São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O homem, identificado como Rustom Bhagwagar, de 34 anos, foi detido por cinco acusações de sexo oral com uma criança menor de 10 anos, informou o Departamento de Segurança Interna dos EUA, na noite desta segunda-feira, 28. Ele era investigado desde abril, segundo o órgão.

Inicialmente, o Departamento de Segurança Interna havia informado que o piloto estava sendo acusado de posse de material de abuso sexual infantil. Não ficou claro por que os detalhes da acusação foram alterados e o órgão não respondeu imediatamente a pedidos de comentários da imprensa americana.

Passageiros a bordo do voo que saiu de Minneapolis para São Francisco postaram um vídeo nas redes sociais onde é possível ver os agentes federais caminhando pelo corredor do avião.

Em um comunicado, a Delta disse que cooperaria com as autoridades policiais e que o piloto foi suspenso, enquanto se aguarda uma investigação.

"A Delta tem tolerância zero para condutas ilegais e cooperará totalmente com as autoridades policiais", disse a companhia aérea.

(Com agências internacionais)