Desaprovação de Janja entre eleitores que dizem conhecê-la é de 50%, segundo pesquisa

Política
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Metade dos eleitores que conhecem o nome da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, desaprovam sua atuação no governo Lula. A informação é de pesquisa realizada pelo PoderData divulgada nesta sexta-feira, 21.

De acordo com o levantamento, dos 83% de eleitores entrevistados que disseram conhecer Janja "bem" ou "conhecer de ouvir falar", 50% desaprovam sua participação no governo do marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A participação dela é aprovada por 29%, enquanto 21% não souberam responder. A pesquisa foi realizada com 2.500. Quando a avaliação é analisada de forma estratificada pelos recortes demográficos de sexo, idade, região, escolaridade, renda e religião, quem mais rejeita a primeira-dama são: eleitores da região Norte (57%), pessoas com mais de 60 anos (53%) e quem tem renda de dois a cinco salários mínimos (53%).

Em comparação com estudo de antes do início do mandato, a imagem dela está mais disseminada no imaginário do brasileiro. Em setembro de 2022, 28% dos entrevistados disseram ao PoderData conhecer "bem" Janja, enquanto 35% conheciam "de ouvir falar" e 37% não conheciam.

Agora, os 83% que a conhecem se dividem entre 46% que dizem conhecê-la "de ouvir falar" e 37% que afirmam conhecê-la "bem". Só 17% declaram não conhecer a primeira-dama.

A pesquisa ouviu 2.500 eleitores por ligação telefônica, entre 15 e 17 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Cargo honorífico para 'poder atuar'

Nesta sexta-feira, 21, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu que Janja tenha um "cargo honorífico" sem remuneração no governo federal, para que tenha "condições de atuar".

"Defendo, sim, que [Janja] tenha um cargo honorífico, [então] ela não vai receber nada, seja isso legalizado, porque é importante até que ela possa prestar contas, falar, não vejo problema nenhum", disse a ministra em entrevista à CNN.

Como mostrou o Estadão, apesar de não ter cargo formal no governo, Janja, tem uma equipe de ao menos 12 pessoas à sua disposição. O grupo inclui assessora de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um militar como ajudante de ordens

O jornal também mostrou que Janja viajou para Roma com passagens na classe executiva, em possível desacordo com as regras para emissão de passagens no Poder Executivo federal. O caso está em apuração no Tribunal de Contas da União.

Com participação em agenda de viagens e presença marcante no governo, chegando a representar o Brasil em eventos internacionais, a primeira-dama foi alvo de críticas da oposição e de organizações como a Transparência Internacional.

A entidade cobrou o governo por negar requerimentos de informações públicas sobre as atividades de Janja. Após cobranças, ela passou a publicar sua agenda oficial em postagens nas redes sociais, mas, recentemente, trancou a conta e parou com as divulgações públicas.

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O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.