Após protesto de líder do PL, Alcolumbre diz que cobrará pagamento de emendas impositivas

Política
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O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quinta-feira, 20, que se compromete publicamente a cobrar dos "atores envolvidos do Estado" que o voto de cada parlamentar não influencie na liberação das emendas impositivas. As declarações aconteceram na sessão conjunta para a aprovação do projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.

"Comprometo-me, publicamente, a cobrar dos atores envolvidos do Estado brasileiro o cumprimento de uma lei em vigor. Nós não podemos ter um parlamentar, independente do seu voto, que receba a liberação dos recursos, e outro, do lado, que não receba porque votou contrário a este ou aquele governo", declarou.

Alcolumbre prosseguiu: "Essa é uma forma de proteger a independência e a autonomia do Parlamento brasileiro. Eu vivenciei um tempo aqui onde a liberação dos recursos das emendas não impositivas eram definidas conforme cada votação no Parlamento".

Na ocasião, Alcolumbre havia respondido a um protesto do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), que foi à tribuna e disse que 38 deputados da bancada têm, cada um, mais de R$ 5 milhões de emendas impositivas empenhadas e não pagas. Ele próprio afirmou que tem R$ 20 milhões em emendas impositivas que não foram liquidadas.

As emendas impositivas têm execução orçamentária e financeira obrigatórias, exceto em impedimentos técnicos. As emendas individuais são impositivas desde 2015. Sóstenes Cavalcante afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem cumprido essa regra. "Esse meu desabafo é também de vários outros partidos", declarou. "A minha vontade era de obstruir tudo, pedir votação nominal, criar a maior confusão no dia de hoje", acrescentou.

Pouco depois, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) rebateu o líder do PL na Câmara. "Eu também tenho emendas que foram empenhadas e não foram pagas ainda", disse. "Não é um problema partidário, ou de oposição e situação. Então, vamos deixar isso bem claro. Segunda coisa: muitas das emendas de comissão não foram pagas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão do pagamento", continuou. Zarattini completou: "Portanto, vamos reconhecer que o governo tem feito absolutamente tudo o que é possível para que seja feito o pagamento das emendas, que são impositivas e mesmo as que não são impositivas".

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Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o centro da Colômbia no início da manhã de domingo, informaram as autoridades. Não há registro de vítimas.

O terremoto foi sentido a 17 quilômetros a nordeste de Paratebueno, uma cidade a cerca de 116 milhas a sudeste da capital, Bogotá.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o terremoto ocorreu às 8h08, horário local, a uma profundidade de 10 quilômetros. O Serviço Geológico Colombiano informou que tremores adicionais com magnitudes variando de 4 a 4,6 ocorreram na mesma área minutos depois.

A Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres disse em X que estava avaliando a situação em vários municípios. Imagens postadas nas redes sociais mostraram pessoas em Bogotá que sentiram o tremor - algumas deixaram seus locais de trabalho em busca de segurança. Imagens de áreas rurais indicaram que não houve danos.

A Colômbia está localizada no Anel de Fogo do Pacífico, uma região conhecida pela frequente atividade sísmica e vulcânica.

Miguel Uribe Turbay está lutando por sua vida, disse a esposa do senador e pré-candidato à presidência da Colômbia pelo partido conservador Centro Democrático. Uribe foi baleado na cabeça por volta das 19h (de Brasília) em um evento de campanha no sábado (07).

"Miguel está lutando nesses momentos de sua vida. Pedimos a Deus que guie as mãos dos médicos que o estão atendendo. E peço para nos unirmos em uma rede de orações pela vida de Miguel", escreveu María Claudia Tarazona, esposa de Uribe, na página do candidato no X no domingo (08).

Depois de uma cirurgia que se estendeu por mais de três horas, Uribe saiu da operação, mas seu estado continuava crítico, segundo Tarazona.

Autoridades seguiam investigando o caso. O senador de 39 anos foi baleado em um parque público em Bogotá, de acordo com um comunicado do partido condenando o ataque. Segundo a mídia colombiana, um suspeito menor de idade foi detido, mas passaria por uma cirurgia após ser atingido por um disparo por parte do esquema de segurança do senador.

O partido afirmou em um comunicado que "sujeitos armados atiraram nele pelas costas", de acordo com a imprensa local.

"Espero que Miguel Uribe Turbay sobreviva, é o que mais quero", disse o presidente colombiano, Gustavo Petro, que repudiou o atentado em postagem nas redes sociais no sábado. O líder do executivo fez referência aos ciclos de violência que persistem no país e expressou solidariedade à família do senador.

Mais cedo no sábado, o governo nacional havia divulgado nota descrevendo o atentado como um ato de violência "não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia".

O empresário Elon Musk, proprietário do X e da Tesla, apagou neste sábado, 7, a publicação que fez na rede social há dois dias relacionando, sem provas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao escândalo sexual em torno de Jeffrey Epstein.

Na quinta-feira, 5, Musk havia dito que Trump estava nos arquivos do acusado de exploração sexual Jeffrey Epstein, e que esta seria a "verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos".

O tuíte não está mais na página do bilionário, que rompeu publicamente com Trump após a divulgação do orçamento elaborado pelo presidente para o próximo ano fiscal.

Epstein foi acusado de ter abusado de mais de 250 menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual.

Detido em julho de 2019, o empresário, que era próximo de autoridades nos EUA e de fora do país, foi encontrado morto um mês depois na prisão.

Apesar de ter apagado o post, Musk manteve o compartilhamento de um "meme" a respeito no qual ele é citado como usuário de cetamina e faz uma disputa de braços com um rival que seria Trump na lista de Epstein.