Haddad diz que nunca conversou sobre reforma ministerial nem sugeriu um nome a Lula

Política
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a montagem de equipe ministerial é uma prerrogativa do presidente da República e que ele nunca sugeriu nomes a Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente avalia uma troca no comando das pastas, mas ainda não anunciou as mudanças que fará.

A única mudança ministerial já realizada foi a substituição na Secretaria de Comunicação, com a saída de Paulo Pimenta e a chegada de Sidônio Palmeira.

Haddad participou nesta terça-feira, 25, do painel Cenário Econômico 2025 na CEO Conference 2025, organizada pelo BTG Pactual.

O ministro afirmou que leu reportagens dizendo que ele e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, estão envolvidos com a reforma ministerial. "Não é verdade. Eu nunca conversei com o presidente, nem com nenhum colega meu de ministério, sobre reforma ministerial. E nem fui perguntado pelo presidente sobre o que eu achava de uma reforma ministerial. Isso é um assunto dele, que ele sempre cuidou, nos seus três governos, como uma atribuição pessoal, que é montar equipe. Se ele quiser perguntar para alguém de A, B ou C, ele vai perguntar, mas é uma iniciativa que é dele, e é uma prerrogativa dele", reforçou.

Haddad disse ainda que, além de nunca ter conversado com Lula sobre isso, também não sugeriu nomes. "Nunca sugeri um nome para o presidente, nem para exonerar, nem para admitir. Nunca. Simplesmente, não acho que é papel de um ministro fazer esse tipo de coisa, menos ainda sobre pessoas que são da minha relação pessoal. Imagina se eu vou me envolver num assunto de um ministro que, às vezes, é da minha relação pessoal. Não funciona assim", comentou.

Ele também frisou que não existe partido que peça, em uma reforma, a cadeira do Ministério da Fazenda, em função do tipo de trabalho realizado na pasta.

Questionado sobre os debates internos do PT e do governo, Haddad considera que são normais, como um reflexo de debates que ocorrem na sociedade.

"Imaginar que o governo não vai espelhar, de certa forma, posições que existem na sociedade legítimas sobre como operar a economia, não é razoável. Vai haver quem pense de um jeito ou de outro, mas eu acredito que, se nós compararmos com dois anos atrás, eu vejo muito mais convergência hoje do que divergência em relação a quem está sentado na mesa junto ao presidente", disse o ministro da Fazenda.

Em outra categoria

O Congresso de El Salvador aprovou nesta quinta-feira (31) mudanças na Constituição do país que permitem a reeleição ilimitada do presidente e ampliam o mandato presidencial de cinco para seis anos. A proposta foi aprovada por 57 votos a favor e 3 contra.

O atual mandatário salvadorenho, Nayib Bukele, foi reeleito para o segundo mandato consecutivo no ano passado e não poderia disputar as próximas eleições de 2029. Com a alteração constitucional, articulada pelo partido de Bukele, o presidente fica liberado para concorrer quantas vezes quiser.

Bukele é conhecido pela cruzada contra facções criminosas e pela política de encarceramento em massa. Neste ano, El Salvador recebeu venezuelanos deportados dos Estados Unidos pelo governo de Donald Trump.

Opositores e analistas políticos alertaram que a medida aprovada nesta quinta-feira poderá levar Bukele a se perpetuar no poder, com riscos à democracia do país.

Contéudo traduzido com a ajuda de inteligência artificial, editado e revisado pela redação Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Donald Trump puniu nesta quinta, 31, o Canadá com uma tarifa de importação de 35%, sugerindo ter sido uma retaliação ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, que prometeu reconhecer a Palestina em setembro. "Isso (a decisão de Carney) torna muito difícil para nós fazermos um acordo comercial com eles", escreveu o americano na plataforma Truth Social.

O prazo para um acordo termina nesta sexta, 1º, mas o presidente já assinou um decreto elevando as tarifas sobre produtos canadenses de 25% para 35%. A taxa vale para toda importação não abrangida pelo tratado comercial entre EUA, México e Canadá (USMCA, o antigo Nafta) - a grande maioria dos produtos, portanto, segue protegida. A justificativa, diz a Casa Branca, foi a "inação" do governo canadense e em "retaliação" ao comportamento de Carney.

Mudança

Até então, o primeiro-ministro vinha dizendo que as negociações com Trump eram construtivas, mas admitia que elas poderiam não ser concluídas no prazo. Na quarta-feira, 30, ele se juntou à França, prometendo reconhecimento do Estado palestino desde que a Autoridade Palestina cumpra algumas condições: reformas, eleições (sem o Hamas), medidas anticorrupção e um Estado desmilitarizado.

A decisão de Carney foi parecida com a do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que na terça-feira, 29, ameaçou embarcar no movimento diplomático da França, a menos que Israel adote medidas para amenizar a fome em Gaza e aceite um cessar-fogo.

Curiosamente, a reação de Trump não foi a mesma. O presidente estava ao lado de Starmer no momento do anúncio e não disse nada. "Não me importo que ele assuma uma posição", afirmou o americano, ao ser questionado se concordava com o britânico. Foi só no dia seguinte que ele voltou a repetir o mantra de Israel, que o reconhecimento do Estado palestino seria uma "recompensa para o Hamas".

Apesar da pressão americana, Israel está cada vez mais isolado, segundo Johann Wadephul, ministro das Relações Exteriores da Alemanha, que visitou ontem Jerusalém. "Israel deve cultivar parceiros na comunidade internacional. E isso está em risco. Se há um país que deve impedir esse isolamento é a Alemanha", disse Wadephul - até agora, Berlim manteve a posição de que o reconhecimento da Palestina é o último passo de um acordo com Israel.

Outros foram mais longe ontem. A Eslovênia se tornou o primeiro país da Europa a adotar um embargo proibindo a compra, venda e trânsito de armas israelenses pelo país. Israel respondeu, dizendo que a decisão da Eslovênia é "irrelevante", já que o comércio entre os dois países é pequeno.

Sanções

Ontem, os EUA também impuseram sanções a integrantes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), acusados de "internacionalizar o conflito com Israel". Segundo o Departamento de Estado, a medida inclui a suspensão de vistos de membros das duas organizações por apoiarem o terrorismo e incitarem a violência.

O governo americano não especificou quem seriam as pessoas afetadas pelas sanções. A recusa em conceder vistos pode dificultar a participação na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, quando França, Canadá e Reino Unido podem anunciar o reconhecimento da Palestina. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ser questionado sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, afirmou ter "nojo do que eles russos estão fazendo". Apesar da condenação, reiterou sua oposição ao envolvimento direto dos EUA na guerra e afirmou que o país não deveria estar envolvido no tema.

Trump, mesmo assim, reforçou que Washington pretende impor punições a Moscou. "Colocaremos sanções contra a Rússia. Só não sei se elas terão algum efeito sobre Vladimir Putin", ponderou.

O republicano também comentou a crise em Gaza. Ao ser perguntado se a situação no local se equipara a um "genocídio", respondeu: "É terrível o que acontece lá". Sem aprofundar, ele evitou comparações diretas, mas reconheceu a gravidade do cenário.

O presidente americano voltou ainda suas críticas ao Irã. "O Irã vem agindo de maneira péssima", afirmou, sem detalhar as acusações. Trump também reafirmou que as instalações nucleares do país persa foram alvos de destruição.