MP pede que policial que assassinou petista em festa no Paraná volte à prisão

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou nesta segunda-feira, 17, que o ex-policial penal Jorge Guaranho retorne à prisão. Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR), durante sua festa de aniversário. A decisão prevê o cumprimento da pena em regime inicial fechado.

O ex-carcereiro ganhou direito à prisão domiciliar apenas um dia depois de sua condenação, concedida em caráter liminar (provisório) pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff. A justificativa apresentada pela defesa no pedido é que, no tiroteio que resultou na morte do petista, Guaranho foi baleado e espancado, o que o teria deixado com dificuldades de locomoção.

Na liminar, Scaff escreve que "não se pode desprezar a precária condição da saúde do paciente". Ele entende que prisão domiciliar não colocaria em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal.

Jorge Guaranho foi condenado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum (quando um número indeterminado de pessoas é colocado em risco). Depois do veredicto, foi levado ao Complexo Médico Penal de Pinhais (CMP), na Grande Curitiba, local que deixou na tarde deste sábado, 15.

No recurso apresentado, o MP pede que o Tribunal de Justiça do Paraná negue o direito à prisão domiciliar concedido, ressaltando "evidências do alto grau de belicosidade" de Jorge Guaranho. O órgão também afirma que o cumprimento de pena no domicílio não se justifica "quando a violência perpetrada tem relação direta com aspectos de ordem pessoal/comportamental que não mudam do dia para a noite".

Quanto ao estado de saúde do ex-policial penal, o MP cita um relatório do Departamento Penitenciário (Depen) paranaense que informa que ele "estava sendo medicado e acompanhado por profissional da saúde ao tempo em que permaneceu enclausurado".

Em nota, o escritório Samir Mattar Assad, responsável pela defesa de Guaranho, manifestou seu "profundo repúdio" à postura do MP, que atribui a uma "racionalidade punitivista". O comunicado reafirma que o ex-carcereiro não tem condições físicas de permanecer no Complexo Médico Penal de Pinhais.

Segundo Mattar Assad, o condenado precisava realizar três cirurgias durante o tempo que passou preso preventivamente, e os procedimentos não foram feitos pelo CMP. "O escritório seguirá atuando na defesa dos direitos humanos de Jorge Guaranho, combatendo qualquer tentativa de instrumentalização da Justiça para fins de retaliação política ou midiática", diz o texto.

O crime ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda em um clube de Foz do Iguaçu, em julho de 2022. De acordo com as investigações, Jorge Guaranho invadiu a celebração e os dois entraram em uma briga.

Minutos depois, o ex-policial penal retornou armado e disparou contra o aniversariante - que revidou com tiros, já que tinha porte de arma por trabalhar como guarda municipal. Segundo o vigilante do local, Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro" antes de atirar.

Baleado por Arruda, Guaranho caiu no chão e foi espancado pelos convidados da festa. Tudo foi registrado por câmeras de segurança. O tesoureiro petista chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu. Deixou mulher e quatro filhos - um deles recém-nascido na época.

Em outra categoria

O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.