Justiça libera para o regime aberto bolsonarista que planejou ataque a bomba no DF

Política
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O Poder Judiciário do Distrito Federal determinou neste sábado, 15, a saída do militante bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa do regime semiaberto para o regime aberto. Na véspera de Natal de 2022, ele tentou explodir uma bomba acoplada a um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene de aviação no aeroporto de Brasília - local frequentado por milhares de pessoas no fim de ano.

A tentativa de atentado de George Washington fez parte do contexto de tumultos vividos no Distrito Federal no fim de 2022 e começo de 2023, após a eleição e a posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As perturbações incluíram os tumultos na avenida W3 Norte, no fim de 2022, e a invasão e depredação de prédios públicos na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro de 2023, inclusive o Palácio do Planalto, a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

A decisão é do juiz Bruno Aielo Macacari. O magistrado entendeu que Sousa cumpriu os requisitos para a mudança de regime por não ter cometido falhas disciplinares no período em que esteve preso.

A medida também atende ao objetivo de minimizar a superlotação no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do Distrito Federal, onde ficam os presos que cumprem regime semiaberto. Nesta modalidade, os internos têm autorização para trabalhar fora da prisão durante o dia, voltando para a cadeia à noite.

George Washington foi condenado em maio de 2023 a 9 anos e 4 meses de prisão por expor a perigo a vida alheia; e também por causar incêndio a combustível e por porte ilegal de artefato explosivo. Além dele, também foi condenado Alan Diego dos Santos Rodrigues.

Um ano depois, em maio de 2024, George Washington passou ao regime semiaberto, também por decisão do TJDFT. A prisão dele se deu na véspera de Natal, em 24 de dezembro de 2022, no mesmo dia do atentado.

No ato da prisão, a Polícia Civil do Distrito Federal encontrou um arsenal de armas e explosivos pertencentes a ele no apartamento alugado onde ele estava morando, no bairro Setor Sudoeste.

Na ocasião da tentativa de atentado, George Washington usou emulsões explosivas vindas do Pará, com as quais preparou a bomba.

Alan Diego dos Santos foi o responsável por acoplar o explosivo ao caminhão-tanque.

A bomba não explodiu por causa de um erro técnico na sua elaboração.

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O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.