Lula diz que COP será em Belém 'do jeito que for' e que não vai 'enfeitar' a cidade

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira, 13, que a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) será realizada em Belém (PA) "do jeito que for". Lula também minimizou a escassez de hotéis na cidade para hospedagem das delegações estrangeiras.

"Se não tiver hotel cinco estrelas, durma em um de quatro. Se não tiver de quatro, durma em um de três. Se não tiver de três, durma na estrela do céu do mundo, olhando para o céu, que vai ser maravilhoso", afirmou Lula durante uma agenda na capital paraense para a entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida.

"A COP é um evento da ONU. E a ONU escolheu o Brasil, que escolheu o Pará, que escolheu Belém. 'Ah, mas em Belém não tem hotel.' É bom que não tenha. É bom que eles tomam picada de carapanã", disse.

Lula afirmou que pretende "fazer a COP que ninguém nunca mais vai esquecer", mas disse que não vai "enfeitar" a sede do evento. "Eu não vou enfeitar, eu não vou tirar pobre da rua, eu não vou fazer o que não é possível fazer. Eu quero que eles vejam a nossa Belém do jeito que ela é", disse o petista.

A COP-30 será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro. A nove meses do início do evento, Belém passa por uma crise na oferta hoteleira para turistas e delegações estrangeiras. Como mostrou o Estadão, com a escassez de dormitórios, há anfitriões cobrando até R$ 2 milhões pela estada em plataformas de hospedagem.

Durante o evento, Lula afirmou que teve dúvidas sobre a escolha sede da COP-30. Segundo o petista, a oferta de hotéis em São Paulo facilitaria a organização do evento, enquanto seu ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, desejava levar a cúpula para seu Estado, a Bahia. Apesar disso, Lula defendeu a indicação de Belém, ressaltando o critério da capital paraense estar situada no território da Amazônia Legal.

Com a COP-30 no horizonte, Belém vem recebendo investimentos da prefeitura, do governo estadual e do Executivo federal. A gestão municipal anunciou em 2024 que pretendia investir R$ 1 bilhão em obras estruturantes até a realização da cúpula. A gestão de Helder Barbalho (MDB) informou investimentos de R$ 4 bilhões na capital do Estado, enquanto o montante investido pelo governo federal é de R$ 4,6 bilhões.

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O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.