Michelle Bolsonaro volta a ironizar delação de Mauro Cid

Política
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais neste domingo, 26, para ironizar a citação de uma suposta participação dela e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no plano golpista revelado no fim do ano passado pela Polícia Federal (PF).

Em um story no Instagram (publicação que some em 24 horas), Michelle compartilhou uma reportagem com o título "Delação de Mauro Cid revela papel de Michelle e Eduardo Bolsonaro em plano golpista" com um áudio de risadas e uma figurinha em que chora até encher duas xícaras.

O ex-ajudante de ordens da Presidência na gestão Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou na primeira delação premiada feita por ele, em agosto de 2023, que a ex-primeira-dama e Eduardo atuaram para instigar Bolsonaro a dar um golpe após a derrota na disputa pelo Palácio do Planalto contra Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.

O teor desse depoimento foi revelado inicialmente pelo jornalista Elio Gaspari nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, e confirmado pelo Estadão.

Segundo Cid os dois participavam de um grupo mais radical que dizia que o ex-presidente teria "o apoio do povo e dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) para dar um golpe de Estado.

Nem Michelle e nem Eduardo foram indiciados pela Polícia Federal e não há menção a elementos e provas, ao menos neste primeiro depoimento. Cid foi inquirido pela PF mais vezes ao longo de 2023 e 2024.

Em novembro de 2023, a ex-primeira-dama também ironizou a delação do tenente-coronel. O ex-ajudante de ordens da Presidência disse à Polícia Federal (PF) que Michelle incitava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a não aceitar a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dar um golpe de Estado, segundo a coluna de Aguirre Talento no portal UOL.

"Recebi uma mensagem que meu enteado Duda (Eduardo Bolsonaro) e eu estávamos incitando o golpe. Eu, incitando golpe? Com qual arma? Minha Bíblia poderosa?", rebateu Michelle em evento do PL Mulher no Espírito Santo na ocasião. "Eu sei dar golpe e quero ensinar para vocês agora: jab, jab, direto, cruzado, up, esquiva, up", continuou a ex-primeira-dama, encenando os golpes no palco do evento. Ela disse praticar luta todas as terças e quintas-feiras.

Procurada, a defesa de Bolsonaro manifestou "indignação" diante de novos "vazamentos seletivos" e reclamou que não tem acesso legal à integralidade da colaboração. Michelle não respondeu aos contatos da reportagem. O Estadão também busca contato com a defesa de Eduardo Bolsonaro. O espaço segue aberto para manifestação.

Na delação, Cid apontou que Eduardo tinha mais contato com os CACs. Também teriam participado desse grupo ex-ministros, como Onyx Lorenzoni (PL) e Gilson Machado (PL); atuais senadores, como Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC), o ex-assessor internacional de Bolsonaro Filipe Martins e o general Mario Fernandes.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ser questionado sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, afirmou ter "nojo do que eles russos estão fazendo". Apesar da condenação, reiterou sua oposição ao envolvimento direto dos EUA na guerra e afirmou que o país não deveria estar envolvido no tema.

Trump, mesmo assim, reforçou que Washington pretende impor punições a Moscou. "Colocaremos sanções contra a Rússia. Só não sei se elas terão algum efeito sobre Vladimir Putin", ponderou.

O republicano também comentou a crise em Gaza. Ao ser perguntado se a situação no local se equipara a um "genocídio", respondeu: "É terrível o que acontece lá". Sem aprofundar, ele evitou comparações diretas, mas reconheceu a gravidade do cenário.

O presidente americano voltou ainda suas críticas ao Irã. "O Irã vem agindo de maneira péssima", afirmou, sem detalhar as acusações. Trump também reafirmou que as instalações nucleares do país persa foram alvos de destruição.

A Rússia anunciou, nesta quinta-feira, 31, que suas forças assumiram o controle total da cidade estrategicamente importante de Chasiv Iar, na região oriental de Donetsk, no leste na Ucrânia. Kiev nega ocupação.

O Ministério da Defesa russo indicou em um comunicado que Chasiv Iar "foi libertada pelas forças russas". Moscou segue conquistando territórios na Ucrânia, embora o presidente americano, Donald Trump, tenha imposto um prazo de seis dias, a partir de terça-feira, 29, para que seu homólogo russo, Vladimir Putin, encerre o conflito, sob pena de sanções.

Tropas russas e ucranianas lutam pelo controle de Chasiv Iar há quase 18 meses. A região inclui um topo de colina de onde as tropas podem atacar outros pontos-chave na região, que formam a espinha dorsal das defesas orientais da Ucrânia.

Victor Trehubov, porta-voz militar ucraniano, negou a alegação da Rússia. "Apenas uma invenção, não houve nem mesmo uma mudança na situação", disse ele à agência Associated Press.

Um relatório divulgado nesta quinta pelo Estado-Maior do Exército da Ucrânia informou que houve sete confrontos em Chasiv Iar nas últimas 24 horas. Um mapa anexo mostrava a maior parte da cidade sob controle russo.

O DeepState, um mapa ucraniano de código aberto amplamente utilizado pelos militares e analistas, mostrou na manhã desta quinta que os bairros ao sul e oeste de Chasiv Iar permaneciam como as chamadas zonas cinzentas, ou seja, não controlados por nenhum dos lados.

Moscou também intensificou seus ataques nas últimas semanas, muitas vezes com centenas de drones e mísseis, segundo Kiev.

Bombardeios durante a noite na capital da Ucrânia mataram pelo menos 13 pessoas, incluindo um menino de 6 anos, e feriram outras 132, disseram autoridades nesta quinta.

Uma menina de 5 meses estava entre as 14 crianças feridas, informou o Serviço de Emergência da Ucrânia. Foi o maior número de crianças feridas em um único ataque a Kiev desde o início da invasão russa, há três anos, de acordo com registros públicos consultados pela Associated Press.

A Rússia disparou 309 drones Shahed e de distração, além de oito mísseis de cruzeiro Iskander-K durante a noite, informou a Força Aérea Ucraniana. As defesas aéreas interceptaram e bloquearam 288 drones de ataque e três mísseis. Cinco mísseis e 21 drones atingiram alvos.

Os esforços diplomáticos parecem estar em um impasse. Putin exige que a Ucrânia ceda à Rússia as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, cuja anexação foi reivindicada por Moscou, e que a Ucrânia desista de aderir à Otan.

As condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia e seus aliados ocidentais.

A Ucrânia exige que o Exército russo se retire completamente do seu território.

"Hoje, o mundo viu mais uma vez a resposta da Rússia ao nosso desejo de paz com os EUA e a Europa", disse o presidente ucraniano Volodmir Zelenski. "Novos assassinatos demonstrativos. É por isso que a paz sem força é impossível."

Ele pediu aos aliados da Ucrânia que cumpram os compromissos de defesa e pressionem Moscou por negociações reais.

Líderes ocidentais acusaram Putin de procrastinar os esforços de paz liderados pelos EUA na tentativa de conquistar mais terras ucranianas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um bebê de um ano teria mordido uma cobra até a morte enquanto brincava em sua casa na cidade de Bettiah, no estado de Bihar, no norte da Índia, perto da fronteira com o Nepal. As informações são do jornal britânico The Independent, que cita o noticiário local.

O menino foi identificado como Govinda Kumar. A avó da criança contou à imprensa indiana que a família viu a cobra enrolada no braço de Govinda e todos correram em sua direção, "mas, enquanto isso, ele já havia mordido a cobra, matando-a na hora".

Govinda desmaiou, foi levado às pressas para um centro de saúde primário para tratamento inicial e depois para o Hospital Universitário Médico do Governo da cidade, onde ficou em observação até ter alta, segundo o veículo britânico e a mídia local.

O veneno teve efeitos supostamente leves, apenas deixando o menino inconsciente. "O tratamento oportuno salvou a vida de Govinda", disse Saurabh Kumar, médico do hospital, ao Times of India.

Segundo a equipe médica, a morte da cobra parece ter sido decorrente de traumatismo craniano e bucal causados pela mordida de Govinda, diz o Times of India.

O The Independent afirma que a Índia possui cerca de 300 espécies de cobras, incluindo 60 altamente venenosas, e que o país registrou mais de um milhão de mortes por picadas de cobra de 2000 a 2019, de acordo com um estudo publicado em 2020 na revista eLife.