Ex-deputado federal cearense José Linhares morre aos 94 anos

Política
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O ex-deputado federal José Linhares, conhecido como Padre Zé Linhares, morreu na quarta-feira, 8, aos 94 anos, em Fortaleza. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mont Klinikun após sofrer uma queda em seu apartamento.

O quadro de saúde era considerado grave devido à idade avançada e comorbidades.

Linhares iniciou sua trajetória política no final dos anos 1980 e foi deputado federal pelo Ceará entre 1991 e 2015.

Inicialmente filiado ao PSDB e depois ao PP, foi reeleito para seis mandatos consecutivos.

Entre 2015 e 2019, ocupou o cargo de presidente do Conselho Estadual de Educação do Ceará e também foi nomeado presidente de honra do PP no Estado em 2017.

Nascido em Sobral, no Ceará, José Linhares era padre, filósofo, pedagogo, psicólogo, administrador e escritor.

Também foi provedor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, destacando-se no setor de saúde.

A carreira política dele foi marcada pela atuação em diversos temas relacionados à educação e à gestão pública.

Em 2014, Linhares foi suplente de Mauro Filho (PDT) na chapa ao Senado, mas a candidatura não obteve êxito, sendo derrotada por Tasso Jereissati (PSDB). Apesar disso, continuou ativo politicamente, influente no Estado até o fim de sua vida.

Em 2016, Linhares foi destituído do comando do diretório regional do Partido Progressista no Ceará, como parte de uma punição a aliados do governador Camilo Santana (PT) que não seguiram a orientação do partido na votação do impeachment de Dilma Rousseff.

A decisão foi tomada pelo presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI).

O deputado Adail Carneiro, que votou a favor do impeachment, assumiu o cargo na ocasião.

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O senador de centro Rodrigo Paz foi eleito presidente da Bolívia durante o segundo turno das eleições presidenciais do país neste domingo, 19. No momento em que a contagem foi publicada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) boliviano, por volta das 21 horas (de Brasília), Paz aparecia com 54% dos votos, ante 45% do ex-presidente conservador Jorge 'Tuto' Quiroga. No momento, 98% das urnas haviam sido apuradas.

O próprio presidente do TSE da Bolívia, Oscar Hassenteufel, afirmou que o resultado "parece ser irreversível".

Em conversa com jornalistas na porta de sua residência em Santa Cruz, o vice-presidente eleito, Edman Lara, declarou estar agradecido ao povo boliviano e pela oportunidade de governar a Bolívia. "É tempo de nos unirmos, é tempo de nos reconciliarmos. Acabaram-se as cores políticas."

Lara afirmou que está pronto para ir a La Paz para, junto com Rodrigo Paz, "coordenar quais seriam as soluções que devem ser dadas o mais breve possível para a crise econômica que atinge a Bolívia".

Uma das tarefas pendentes do novo governo boliviano será restabelecer as relações com os Estados Unidos, interrompidas desde a expulsão do embaixador americano em 2008 por suposta ingerência interna, quando o líder indígena Evo Morales era presidente, afirmam analistas.

*Com informações da Associated Press

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, respondeu neste domingo, 19, às acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia chamado o colombiano de "líder de drogas ilegais" e anunciado o fim dos subsídios norte-americanos ao país. Em publicação no X, Petro disse que "jamais a Colômbia foi grosseira com os EUA", mas que Trump é "grosseiro e ignorante" com os colombianos.

Petro afirmou ainda que, diferentemente de Trump, ele "não faz negócios", pois é socialista e acredita "na ajuda, no bem comum e nos bens comuns da humanidade - o maior de todos: a vida, colocada em perigo por seu petróleo".

O presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.

"Um mafioso é um ser humano que condensa o melhor do capitalismo: a ganância. Eu sou o contrário, um amante da vida", escreveu. "Leia Cem Anos de Solidão, como fez seu encarregado de negócios em Bogotá, e talvez aprenda algo sobre a solidão", publicou o líder colombiano, em referência à obra de Gabriel García Márquez.

A reação de Petro ocorre após Trump anunciar, pela Truth Social, que os EUA cortarão subsídios à Colômbia e ameaçar "fechar os campos de morte" ligados à produção de drogas no país caso o governo colombiano não o faça.

As seções eleitorais começaram a ser fechadas no período da tarde deste domingo, 19, na Bolívia, dando início à contagem de votos para a eleição do novo presidente, em uma jornada eleitoral tranquila e marcada por ampla participação da população. No inédito segundo turno, disputam o cargo o senador centrista Rodrigo Paz e o ex-presidente conservador Jorge "Tuto" Quiroga, os dois candidatos mais votados no primeiro turno, realizado em 17 de agosto.

O Tribunal Supremo Eleitoral informou que os primeiros resultados preliminares devem estar disponíveis a partir das 21 horas (de Brasília).

A eleição ocorre em meio a uma crise caracterizada pela escassez de combustíveis, pela alta nos preços dos alimentos e pelo desemprego.

Segundo diversas pesquisas, para 80% dos bolivianos a principal preocupação é a economia. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado