Lula quis saber como estava ambiente nas Forças Armadas após prisão de Braga Netto, diz Múcio

Política
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O ministro da Defesa, José Múcio, disse que, durante a reunião desta terça-feira, 17, com o chefe do Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou sobre o ambiente nas Forças Armadas após a prisão, no sábado, 14, do general da reserva Walter Braga Netto. Segundo o ministro, embora não tenha sido uma surpresa, a prisão gerou desconforto entre os militares.

"Lula quis saber como estava o ambiente nas Forças Armadas. Evidentemente que isso era uma coisa que já se esperava. Todo mundo esperava. Há um constrangimento ao espírito de corpo de cada Força, mas já se esperava", afirmou Múcio a jornalistas, ao sair de uma reunião com o presidente, em sua residência em São Paulo, que durou cerca de duas horas.

"É como você ter um amigo que está respondendo a um processo. Você quer que ele pague diante da lei, mas você fica constrangido porque é um amigo. Ele, Braga Netto, tem muitos colegas da reserva, colegas de turno ... Mas não foi uma surpresa para absolutamente ninguém", reiterou Múcio, lembrando que o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro foi o primeiro general quatro estrelas preso em tempos de democracia.

O ministro da Defesa disse que foi avisado na sexta-feira (13) que a Polícia Federal faria operação nas residências de dois militares. Porém, os nomes só foram revelados após a operação ser deflagrada na manhã de sábado.

"Nem o Exército, nem a Marinha, nem a Aeronáutica têm informação de quais são as pessoas que vão sofrer esse tipo de operação", disse Múcio. Ele ressaltou ainda que as Forças Armadas não se envolveram institucionalmente em planos de golpe apontados pela Polícia Federal. "Eu digo muito que cada um entrou nisso com seus CPFs, e a gente tem que preservar o CNPJ das três Forças", assinalou.

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O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.