Câmara quer colocar Eunice Paiva no Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria

Política
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A Câmara dos Deputados vai analisar um projeto de lei que inscreve o nome de Eunice Paiva (1929-2018), esposa do político Rubens Paiva (1929-1971), no Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria. O texto de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF) foi protocolado nesta terça-feira, 12, e objetiva "prestar singela homenagem a quem honrou o povo brasileiro com a defesa da dignidade humana e sua inabalável crença nos valores mais sólidos da democracia".

A apresentação do projeto ocorre menos de uma semana após a estreia do filme brasileiro Ainda Estou Aqui, protagonizado por Fernanda Torres e por sua mãe, Fernanda Montenegro, ambas fazendo o papel de Eunice, e por Selton Mello, interpretando o deputado federal cassado que foi sequestrado e morto pela ditadura militar. O filme é dirigido por Walter Salles e baseado na obra escrita pelo filho de Eunice e Rubens, Marcelo Rubens Paiva.

Liderando as bilheterias nacionais no seu primeiro final de semana de exibição - atingindo 360 mil espectadores -, o longa é citado pela deputada no Projeto de Lei 4320/2024. "A película retrata a trajetória marcante de Eunice Paiva, desde o trágico momento da prisão de Rubens à intensa luta que travou para proteger e criar sozinha os cinco filhos e descobrir o paradeiro do seu companheiro. Como se sabe, o corpo do político nunca foi encontrado. O seu atestado de óbito foi emitido somente em 1996, após a promulgação da Lei n° 9.140/1995, a Lei dos Desaparecidos. Eunice foi uma das principais lideranças que pressionou o Estado Brasileiro a dar respostas sobre o desaparecimento do esposo e demais presos políticos."

Eunice foi presa em 21 de janeiro de 1971 e permaneceu 12 dias nas dependências do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) sendo interrogada. Ela foi levada um dia após policiais invadirem a casa de sua família no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, mantendo a família sob custódia, e levarem o marido dela para interrogatório. O casal nunca mais voltou a se ver.

Apenas em 1996, após 25 anos, Eunice conseguiu que o Estado brasileiro emitisse oficialmente o atestado de óbito do marido. A primeira prova objetiva de seu assassinato só foi encontrada 41 anos depois, em novembro de 2012, com uma ficha que confirmava sua entrada em uma unidade do DOI-Codi.

Após o desaparecimento de Rubens, Eunice se mudou para São Paulo com os filhos, se formou em Direito e se tornou uma das principais forças de pressão que resultou na promulgação da Lei 9.140/1995, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação em atividades políticas durante a ditadura militar.

O Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria é um documento que preserva a memória de pessoas importantes na formação da história do País. Também chamado Livro de Aço, o objeto fica no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e tem nomes como de Tiradentes, Chico Mendes e Machado de Assis.

O último nome incluído no Livro foi o do ex-governador de Pernambuco e ex-ministro Eduardo Campos, que morreu aos 49 anos, vítima de um acidente aéreo em Santos (SP) durante sua campanha à Presidência, em 2014. Atualmente, tramitam 63 projetos de lei para incluir nomes ao livro.

Para ser incluído, o homenageado precisa ter falecido ou estar presumidamente morto há pelo menos dez anos. Combatentes mortos em batalha não entram nessa regra. Eunice Paiva conviveu com Alzheimer por 14 anos e morreu em 13 de dezembro de 2018, aos 86 anos, em São Paulo.

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Um júri da Flórida considerou que a Tesla foi parcialmente culpada por uma colisão fatal em 2019 envolvendo um veículo equipado com o software de piloto automático da empresa, concedendo aos demandantes quase US$ 329 milhões em danos. Isso marca a primeira vez que um júri concede danos em um processo relacionado aos recursos de assistência de direção da Tesla e um grande revés para a empresa de Elon Musk.

O júri concluiu que a montadora não forneceu avisos ou instruções suficientes para seu recurso Autopilot no Tesla Model S envolvido no acidente, tornando o carro perigosamente inseguro.

"A Tesla projetou o piloto automático apenas para rodovias de acesso controlado, mas deliberadamente optou por não restringir os motoristas de usá-lo em outros lugares, além de Elon Musk dizer ao mundo que o Autopilot dirigia melhor do que os humanos", disse Brett Schreiber, advogado dos demandantes. Fonte: Dow Jones Newswires.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, foi condenado a 12 anos de prisão nesta sexta-feira, 1º, em um processo por suborno e fraude processual, ligados às atividades de grupos paramilitares no país. Além disso, o antigo mandatário não poderá ocupar cargos públicos em 100 meses, segundo a decisão, sobre a qual cabe recurso.

A medida pede prisão domiciliar imediata e detenção imediata. Aliados criticaram a decisão, como no caso do também ex-presidente Iván Duque, que afirmou que não há provas para tal condenação, e que anunciou um pedido para observação internacional da decisão em uma postagem no X.

Nesta semana, o presidente Gustavo Petro pediu para que os Estados Unidos não interferissem na justiça colombiana após comentários de autoridades de Washington sobre o julgamento. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que "o único crime do ex-presidente colombiano Uribe foi lutar incansavelmente e defender sua pátria".

Nesta quinta, 31, Petro se reuniu com o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, John McNamara, no que descreveu com uma "agradável e longa conversa".

O governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira, 31, que a construção de um novo e enorme salão de festas de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,10 bilhão na cotação atual) começará em setembro e estará pronta antes do fim do mandato do presidente americano Donald Trump, no início de 2029.

Essa será a mais recente mudança na Casa Branca desde que o republicano voltou ao cargo em janeiro. Também será a primeira mudança estrutural na mansão desde a adição da varanda Truman em 1948.

Trump redecorou o Salão Oval com a adição de ornamentos dourados e querubins, retratos presidenciais e outros itens, e instalou enormes mastros nas gramas norte e sul para hastear a bandeira americana. Os trabalhadores estão atualmente concluindo um projeto para substituir a grama do Rose Garden por pedras.

'Sou bom em construir coisas'

Trump promete há meses construir um salão de festas, com a justificativa de que a Casa Branca não tem espaço suficiente para grandes eventos. Ele também zombava da ideia de receber chefes de Estado e outros convidados em tendas no gramado, como os governos anteriores faziam para jantares oficiais com centenas de convidados.

A Sala Leste, a maior sala da Casa Branca, pode acomodar cerca de 200 pessoas. O republicano disse que vem planejando a construção há algum tempo.

"Há mais de 150 anos que querem um salão de festas na Casa Branca, mas nunca houve um presidente que fosse bom em salões de festas ", afirmou Trump aos repórteres nesta quinta-feira. "Sou bom em construir coisas e vamos construir rapidamente e dentro do prazo. Vai ficar lindo, top, top de linha."

Ele afirmou que o novo salão de festas não interferirá na mansão em si. "Ele ficará próximo, mas não encostará nela e respeitará totalmente o edifício existente, do qual sou o maior fã", acrescentou ele sobre a Casa Branca. "É o meu favorito. É o meu lugar favorito. Eu o adoro."

Trump disse que o salão de festas servirá aos futuros governos. "Será um grande projeto de legado", disse ele. "Acho que ficará realmente lindo."

Arrecadação de US$ 200 milhões

O salão de festas de 8.361 metros quadrados será construído onde fica a Ala Leste, com capacidade para 650 pessoas sentadas. A Ala Leste abriga vários escritórios, incluindo o da primeira-dama. Esses escritórios serão temporariamente realocados durante a construção e essa ala do edifício será modernizada e renovada, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. "Nada será demolido", afirmou ela.

A chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, informou que o presidente, cuja carreira inicial foi no setor imobiliário e de construção, e sua equipe da Casa Branca estão "totalmente comprometidos" em trabalhar com as organizações apropriadas para preservar a "história especial" da mansão.

"O presidente Trump é um construtor nato e tem um olho extraordinário para os detalhes", disse Wiles em comunicado.

Leavitt disse em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira que Trump e outros doadores se comprometeram a arrecadar os cerca de US$ 200 milhões necessários para os custos de construção. Ela não revelou os nomes dos outros doadores.

Simulações de como será o futuro salão de baile foram publicadas no site da Casa Branca.

O presidente escolheu a McCrery Architects, com sede em Washington, como arquiteta principal do projeto. A equipe de construção será liderada pela Clark Construction. A engenharia será fornecida pela AECOM.

Trump também tem outro projeto em mente. Ele disse à NBC News em uma entrevista que pretende substituir o que ele chamou de banheiro "terrivelmente" reformado no famoso Quarto Lincoln por um que tenha um estilo mais próximo do século XIX. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.