Líder do PCdoB na Câmara anuncia apoio da bancada do partido à candidatura de Hugo Motta

Política
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O líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), anunciou apoio da bancada à candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), à presidência da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira, 31.

A bancada atualmente tem sete deputados e terá uma nova integrante em 2025, Enfermeira Rejane (RJ), que assumirá o posto do deputado Washington Quaquá (PT-RJ), eleito prefeito de Maricá. Parlamentares da legenda receberam Motta para o anúncio.

"Fizemos um percurso de diálogos e estabelecemos desde o início uma premissa fundamental: que a nossa bancada buscaria colaborar para a mais ampla convergência aqui na Casa, sintonizados com a governabilidade do presidente Lula, com o programa que implementa no País, que tem tido apoio importante do Congresso", disse Jerry.

Jerry disse que o PCdoB conversou com todos os postulantes à presidência e salientou que eram quatro nomes antes do surgimento da candidatura de Motta. Também disse ter ocorrido um debate entre os partidos da Federação Brasil da Esperança. Segundo ele, o anúncio do PCdoB foi antecipado para esta quarta para "se integrar ao esforço" de Motta.

"Tivemos claro, internamente na Federação Brasil da Esperança, um debate bem alinhado e concomitante nas tratativas", declarou. "No avançar dos debates, chegamos a essa conclusão e temos uma confiança muito grande de que nós podemos ampliar ainda mais essa convergência aqui na Casa e construir um processo de mais fortalecimento e de uma governança que assegure governabilidade e a defesa à democracia."

Na ocasião, Motta agradeceu a "relação de amizade" com o PCdoB e disse admirar a bancada. Ele disse ter visitado os parlamentares da sigla na quarta-feira, 30, para pedir votos, "pela importância da bancada" na Câmara e pela atuação "democrática".

Motta disse que pretende valorizar o PCdoB em sua gestão e "ouvir os anseios" do partido. Ele também pregou "encontrar convergência dentro da divergência" e afirmou que quer fazer um "grande encontro de forças políticas" em torno de sua "caminhada vitoriosa".

"É uma bancada que admiro, porque, de forma aguerrida e competente, o partido consegue se posicionar diante dos grandes temas de interesse do País, sem abrir mão da sua posição ideológica, sempre defendendo o que o partido acredita, representando de maneira muito competente a esquerda do nosso País", declarou.

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O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.

Lilian Moreno Cuéllar, juíza distrital de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, anulou nesta quarta, 30, a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por estupro e tráfico de pessoas, em um caso relacionado ao abuso de uma menor durante seu mandato. "Fica sem efeito qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão", diz a decisão judicial.

Lilian também determinou a suspensão de qualquer investigação sobre o caso, que corre em Tarija, no sul da Bolívia, e ordenou que o processo seja enviado para Cochabamba - onde Evo tem forte respaldo político e social.

Em outubro, o Ministério Público havia pedido a prisão do ex-presidente boliviano, de 65 anos, que desde então se refugiou em seu bastião político na região cocaleira do Chapare. De acordo com o MP, Evo começou um relacionamento com uma jovem de 15 anos em 2015, quando ele era presidente, e os pais dela consentiram com a união em troca de benefícios. A relação resultou no nascimento de uma filha, um ano depois. A jovem foi posteriormente identificada como Noemí Meneses, que hoje estaria com 25 anos.

Reação

A ordem judicial provocou reação dos críticos de Evo, em razão do histórico de Lilian, que entre 2012 e 2016 trabalhou no Serviço Nacional de Impostos e depois na Companhia Ferroviária Nacional (Enfe).

Lilian foi nomeada juíza pouco antes de Evo deixar o poder, em 2019, o que acabou levantando questionamentos sobre um conflito de interesses e acusações de proteção política ao ex-presidente boliviano.

Evo está inelegível desde 2023, quando a Justiça eleitoral vetou a reeleição indefinida - Evo foi presidente por quatro mandatos. Em fevereiro, no entanto, ele desafiou a sentença e anunciou sua candidatura presidencial nas eleições de 17 de agosto.

Ele se tornou opositor do atual presidente Luis Arce, transformado em desafeto e chamado de "traidor", depois que ambos desataram uma guerra pelo controle do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Em março, o ex-presidente fundou seu próprio partido, o Evo Povo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista sueco Joakim Medin, preso em março após sua chegada à Turquia, foi condenado ontem a 11 meses de prisão por "insultar o presidente" turco, Recep Tayyip Erdogan, durante um protesto ocorrido em Estocolmo. A condenação foi suspensa logo em seguida, mas ele continuará detido por outra acusação, a de "pertencer a uma organização terrorista".

O repórter do jornal sueco Dagens ETC participou da audiência por videoconferência de sua cela na prisão de Silivri, oeste de Istambul. A Justiça turca o acusa de ter participado, em janeiro de 2023, de uma manifestação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em Estocolmo, capital sueca, durante a qual foi pendurado um boneco de Erdogan de cabeça para baixo, algo que o jornalista nega desde o início.

Medin reafirmou nesta quarta, 30, "não ter participado desse evento". "Eu estava na Alemanha a trabalho. Nem sabia dessa manifestação", declarou. Durante a audiência, o tribunal exibiu fotos tiradas em outra reunião, em agosto de 2023, em Estocolmo, quando a Turquia ainda bloqueava a entrada da Suécia na Otan.

"Nunca tive a intenção de insultar o presidente. Eu tinha a tarefa de escrever os artigos, e foram meus editores que escolheram as fotos", disse o repórter, destacando que Erdogan é "uma figura central" exibida nesses protestos.

Medin, de 40 anos, foi preso em 27 de março ao chegar à Turquia, onde iria cobrir as manifestações desencadeadas pela prisão, em 19 de março, do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal adversário político do presidente.

Violações

O jornalista relatou múltiplas violações de seus direitos básicos durante os estágios iniciais de sua detenção, incluindo o direito de acesso a um tradutor, a um advogado e a serviços consulares. Medin foi acusado de pertencer a uma organização terrorista, crime que poderia lhe render até nove anos de prisão e será julgado posteriormente, em data a ser definida.

Essa acusação baseia-se em publicações nas redes sociais, artigos e livros escritos "unicamente no âmbito de seu trabalho jornalístico", disse Baris Altintas, diretora da ONG turca de direitos humanos MLSA, que o representa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.