Eleições 2024: 51 municípios voltam às urnas para 2º turno; 15 são capitais

Política
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Neste domingo, 51 municípios têm segundo turno das eleições para prefeito - dentre eles, 15 são capitais. A nova rodada de votação é realizada em cidades com mais de 200 mil eleitores onde nenhum candidato teve mais da metade dos votos no último dia 6. É o caso, por exemplo, de São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre.

O PL é o partido com mais presença nas disputas do segundo turno, com 22 candidatos. Depois vem o PT, com 13, União Brasil, com 11, MDB e PSD, com 10 candidatos cada.

As urnas estarão abertas entre 8h e 17h, no horário de Brasília. Os municípios em regiões com fusos horários diferentes devem seguir o horário unificado para todo o País. Neste segundo turno, apenas Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT) abrangem outro fuso, e a votação vai das 7h às 16h (horário local). Se houver filas, o mesário entregará senhas, começando pelo último, para que todos presentes na seção eleitoral possam votar.

Veja a lista completa das 15 capitais com segundo turno e os candidatos que disputam o cargo de chefe do Executivo local em cada uma:

São Paulo (SP) - Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)

Fortaleza (CE) - Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL)

Belo Horizonte (MG) - Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD)

Porto Alegre (RS) - Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário Nunes (PT)

Manaus (AM) - David Almeida (Avante) e Capitão Alberto Neto (PL)

Curitiba (PR) - Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB)

Goiânia (GO) - Fred Rodrigues (PL) e Mabel (União)

Belém (PA) - Igor Normando (MDB) e Éder Mauro (PL)

Campo Grande (MS) - Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União)

João Pessoa (PB) - Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL)

Natal (RN) - Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT)

Cuiabá (MT) - Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT)

Aracaju (SE) - Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT)

Porto Velho (RO) - Mariana Carvalho (União) e Léo (Podemos)

Palmas (TO) - Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira Campos (Podemos)

Dentre os outros 36 municípios que têm segundo turno nestas eleições, quase metade (17) está localizada em São Paulo. O PL é a legenda com mais candidaturas no Estado: a sigla disputa em São José dos Campos, Franca, Guarulhos, Jundiaí, Santos e São José do Rio Preto. O PT tem candidatos em Mauá, Sumaré e Diadema.

Veja a lista dos 36 municípios não capitais com segundo turno no Brasil:

São Paulo - Barueri, Diadema, Franca, Guarujá, Guarulhos, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sumaré, Taboão da Serra, Taubaté, Jundiaí, Limeira e Mauá.

Rio Grande do Sul - Canoas, Caxias do Sul, Santa Maria e Pelotas

Rio de Janeiro - Petrópolis e Niterói

Pernambuco - Olinda e Paulista

Goiás - Anápolis e Aparecida de Goiânia

Paraná - Londrina e Ponta Grossa

Outros - Camaçari (BA), Campina Grande (PB), Caucaia (CE), Imperatriz (MA), Santarém (PA), Serra (ES) e Uberaba (MG).

O que não pode fazer no dia da eleição

Uso de celular na cabine - O uso de celulares, câmeras fotográficas e filmadoras dentro da cabine de votação é proibido, mesmo que o equipamento esteja desligado. Se o eleitor se recusar a entregar o aparelho, não será autorizado a votar e, se necessário, a mesa poderá acionar a força policial.

Porte de arma - O porte de armas será proibido para qualquer cidadão com porte de arma ou licença estatal, inclusive colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), no período de 48 horas antes do pleito a até 24 horas após o encerramento das votações. A exceção é para agentes de segurança pública que estiverem em serviço no dia das eleições, mas eles deverão permanecer a pelo menos 100 metros das seções eleitorais, salvo quando houver ordem judicial ou convocação da autoridade eleitoral.

Boca de urna - Qualquer tentativa de persuasão de eleitores nos locais de votação é proibida, como a distribuição de santinhos, camisetas, adesivos, bonés ou brindes eleitorais.

Pedido de voto na internet - A publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de posts pedindo voto para candidatos é considerado crime eleitoral. É possível manifestar a preferência por determinado candidato ou partido, mas não é permitido o pedido explícito de voto.

Comícios e carros de som - Também é considerado crime eleitoral usar alto-falantes e amplificadores de som, realizar comícios e carreatas em favor de partidos e candidatos. Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou ter tido uma "conversa muito construtiva" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um encontro na Casa Branca nesta terça-feira, 6. Segundo Carney, o diálogo marcou o "começo do fim de um processo de redefinição da relação Canadá-EUA". O dirigente seguiu categórico ao rejeitar qualquer possibilidade de anexação do país ao vizinho.

"Canadá não está e nunca estará à venda", reiterou em entrevista coletiva, repetindo declaração anterior, em resposta a comentários de Trump sobre o país, eventualmente, se tornar o "51º estado americano". O premiê disse ter sido "muito claro" com o americano quanto à sua posição: "Fui muito claro com Trump que negociações serão feitas como dois países soberanos", afirmou. "É preciso separar o desejo da realidade. Pedi que ele parasse de falar sobre o Canadá se tornar o 51º estado dos EUA. É neste ponto que começa uma discussão séria", completou.

Ao comentar as tensões comerciais entre os dois países, Carney avaliou que "estabelecemos uma boa base hoje" para o avanço das conversas, mas reconheceu que "não tivemos decisões sobre tarifas". Ele ressaltou a complexidade do tema: "A discussão tarifária com os EUA é muito complexa. Estamos abordando uma grande quantidade de questões, por isso o progresso não será necessariamente evidente durante as negociações, mesmo que estejamos progredindo".

Ainda assim, o primeiro-ministro demonstrou otimismo. "Queremos seguir adiante com negociações comerciais com os americanos" e "veremos quanto tempo vai levar até os EUA tirarem as tarifas sobre o Canadá". Carney adiantou que ele e Trump concordaram em manter novas rodadas de diálogo nas próximas semanas, inclusive durante o encontro do G7.

Ao fim da reunião, o premiê destacou que "a postura de Trump e o quão concretas foram as discussões me fazem me sentir melhor". Apesar disso, reconheceu que "ainda temos muito trabalho pela frente e estamos totalmente empenhados". Por fim, assegurou ao republicano que "nossas medidas contra a entrada de fentanil nos EUA estão funcionando".

A comitiva de autoridades que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem à Rússia contará com a participação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do vice-presidente da Câmara Elmar Nascimento (União-BA). Além disso, também contará com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e o assessor-chefe da Assessoria Especial, embaixador Mauro Vieira, de acordo com lista divulgada pelo Palácio do Planalto.

Esta será a terceira viagem feita por Lula da qual Alcolumbre participará. Os dois já estiveram juntos na comitiva que viajou ao Japão, em março, e à Itália para o velório do papa Francisco, em abril.

O início da viagem está previsto para esta terça-feira, 6, à noite, quando Lula partirá de Brasília às 22h rumo a Casablanca. A chegada do chefe do Executivo brasileiro à Rússia é esperada para quarta-feira, 7.

No país, o petista participará da celebração dos 80 anos do "Dia da Vitória", quando os russos celebram a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na segunda guerra mundial. Ainda, terá encontros bilaterais com o presidente Vladimir Putin e com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

Na reunião com Putin, Lula deve fazer uma menção à questão da necessidade de reequilibrar a balança comercial entre Brasil e Rússia. "Nós importamos dois produtos que são fundamentais, fertilizantes são fundamentais até para o nosso setor exportador, e diesel também, mas nós queremos ampliar as nossas exportações para a Rússia", disse o secretário de Ásia e Pacífico, embaixador Eduardo Paes Saboia.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, alertou nesta terça-feira, 6, para um possível conflito "inevitável" com a Índia, motivado pela disputa por recursos hídricos e por um ataque que matou sete soldados paquistaneses e foi atribuído por autoridades paquistanesas aos indianos. As informações são da imprensa local.

Segundo um canal de TV do país, Asif afirmou que um confronto com a Índia está próximo. "Foi dito no briefing de hoje que a agressão da Índia é esperada", declarou. Ele também teria ameaçado retaliar caso o governo indiano bloqueie o fluxo de água destinado ao Paquistão.

"Se os governantes indianos tentarem bloquear a água do Paquistão, eles vão se afogar nela", disse Asif, segundo a mídia local. O ministro ainda teria afirmado que o país está pronto para destruir qualquer estrutura construída pela Índia no rio Indo.

As declarações vieram poucas horas após um atentado no sudoeste do Paquistão. Uma bomba caseira atingiu um veículo militar no distrito de Kachhi, matando sete soldados. O Exército paquistanês responsabilizou o grupo armado Baloch Liberation Army (BLA), que, segundo o Paquistão, teria ligações com a Índia, que nega. A Al Jazeera observou que não há evidências públicas dessa conexão, e nem o BLA nem o governo indiano comentaram as acusações.

O presidente Asif Ali Zardari e o primeiro-ministro Shehbaz Sharif condenaram o ataque e elogiaram o sacrifício das forças de segurança. A tensão aumentou ainda mais depois que o premiê indiano, Narendra Modi, anunciou que a Índia passará a reter águas antes compartilhadas com o Paquistão. "Antes, a água da Índia também ia para fora. Agora, a água da Índia fluirá para sua parte... e será utilizada pela própria Índia", disse Modi, segundo a Reuters.

O Paquistão já havia advertido que qualquer interferência em seus rios seria vista como um "ato de guerra", conforme reportou a France 24. O tratado de 1960, que garantia ao Paquistão o uso de 80% da água para fins agrícolas, foi suspenso por Nova Délhi após um ataque terrorista na Caxemira indiana, atribuído a militantes ligados ao Paquistão.

*Com informações da Associated Press