Lista de repatriados brasileiros do Líbano tem 215 nomes; 2º voo deve ocorrer semana que vem

Internacional
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O governo informou que a lista da primeira missão para resgatar brasileiros do Líbano tem 215 nomes. O voo estava previsto para partir de Beirute nesta sexta-feira, 4, mas foi adiado para sábado, 5 por falta de segurança.

"Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia", afirma a nota do Itamaraty nesta sexta-feira.

Na véspera, fortes bombardeios foram registrados nos arredores do aeroporto internacional de Beirute. Hoje, novos ataques atingiram o sul da capital libanesa, interrompendo a principal travessia de fronteira com a Síria.

A aeronave destacada para a operação, um Airbus A330-200 - chamado de KC-30 pela Força Aérea Brasileira (FAB) -, decolou na madrugada de quarta-feira, 2, da Base Aérea do Galeão, no Rio e deveria partir nesta sexta-feira da capital libanesa. A expectativa inicial era de que chegasse ao Brasil no sábado, 5, às 08h, no aeroporto de Guarulhos.

Segundo o Itamaraty, quase 3 mil pessoas pediram o retorno para o Brasil. A prioridade, neste primeiro momento, será para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica.

O comandante da FAB, tentente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno afirmou que o Brasil pretende de resgatar 500 pessoas por semana.

"Temos um número de, em torno de 500 pessoas por semana. É um número que conseguimos manter. Lá nós fomos o segundo país a chegar em Tel-Aviv. Agora, tivemos a informação de que pousaram no Líbano somente quatro países, com previsão de hoje pousarem mais dois. Nós seríamos o sétimo país a desembarcar, quiçá com a aeronave que trará mais pessoas em cada voo", comentou o militar.

A expectativa é que o segundo voo parta na quarta-feira, 9 e que os brasileiros embarquem no vetor da FAB no dia seguinte de Beirute.

As discussões sobre a resgate de brasileiros no Líbano ocorrem desde semana passada. No sábado, 28, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu em Nova York com o chanceler libanês, Abdallah Rashid Bou Habib, para discutir os ataques aéreos israelenses e o impacto para a população civil libanesa, além da situação da comunidade brasileira no país.

Com a intensificação do combate e a incursão terrestre pelo Exército Israelense em território libanês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, na segunda-feira, 30, a promoção da missão de repatriação.

A expectativa é que a missão, batizada "Raízes do Cedro", ocorra pelo aeroporto de Beirute enquanto ele ainda está aberto. Outras possibilidades, como o uso de bases aéreas russas dentro do território da Síria são mapeadas pela FAB e o governo brasileiro.

Na semana passada, os bombardeios israelenses no Líbano causaram a morte de dois adolescentes brasileiros. Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, morreram em bombardeios contra o no Vale do Bekaa, um subúrbio de Beirute, no dia 23 de setembro.

Há cerca de três semanas, o Líbano tem sofrido de maneira mais intensa com os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute e no Vale do Bekaa. Na madrugada desta terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil), Israel iniciou uma incursão terrestre no Líbano, a primeira desde 2006.

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Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.

Ainda internado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para publicar uma foto do abdômen aberto, com um grande corte que deixou seu intestino à mostra, quando foi submetido a cirurgia dias atrás.

"Como estavam as alças intestinais após o acesso à cavidade abdominal e liberação parcial das aderências", descreveu Bolsonaro, no X (antigo Twitter).

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11 do mesmo mês, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Perto das 21h20 de sábado, 3, a imagem visceral tinha 207,7 mil visualizações e cerca de 4 mil curtidas. A foto, bastante forte, despertou reações negativas de uma boa parte dos seguidores de Bolsonaro no X.

"Pô, Sr. Ex-Presidente, que indelicadeza essa publicação aparecer no meu feed. Precisava? Acho que não", criticou o internauta @LZerØ. "Pow Bolsonaro, essa foto é muito forte. Votei e voto em você mas apaga isso pow kkkk", escreveu @Iagosalva55. "Eu nunca pensei em ver as tripas do Bolsonaro em um sábado a noite", afirmou @Levi_A17.

Houve também apoiadores do foto. "Mostra sim! Temos assistido coisas muito mas muito mais chocantes que essas imagens, que é a perseguição dentro do leito de hospital! Pessoas que querem usar um momento delicado desses, contra o Senhor!", disse @TruthScopeBr.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter alta hospitalar neste domingo, 4, segundo a expectativa de auxiliares. Ainda assim, o entorno do ex-presidente quer esperar até amanhã para ter certeza do andamento da recuperação.

O boletim divulgado neste sábado, 3, pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, informou que Bolsonaro está em acompanhamento pós-operatório e que segue estável clinicamente, sem dor ou febre, e com pressão arterial controlada. O ex-presidente passou da nutrição parenteral (endovenosa) para a dieta pastosa.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter alta hospitalar neste domingo, 4, segundo a expectativa de auxiliares. Ainda assim, o entorno do ex-presidente quer esperar para ter certeza do andamento da recuperação.

Em entrevista à CNN Brasil mais cedo neste sábado, 3, Bolsonaro também falou sobre a possibilidade de deixar o Hospital DF Star logo. "Tenho enormes chances de ter alta amanhã (domingo)", disse Bolsonaro.

O boletim médico divulgado pela manhã deste sábado pelo hospital em que o ex-presidente está internado já dizia que ele poderia ter alta "nos próximos dias".

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. "(O ex-presidente) segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Permanece a orientação de restrição de visitas, com previsão de alta hospitalar nos próximos dias", afirmou a equipe médica.

Nas redes sociais, Bolsonaro também comentou que suspendeu a alimentação pela veia (nutrição parenteral). "Fase delicada para intensificação do funcionamento do sistema digestório que vai respondendo como esperado, assim como os soluços sendo controlados", disse em postagem no X (antigo Twitter).

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.