Exército do Líbano revida ataque de Israel pela primeira vez desde invasão

Internacional
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O Exército do Líbano afirmou nesta quinta, 3, que revidou fogo contra as forças israelenses após um de seus soldados ser morto em um ataque de Israel. É a primeira vez que a tropa oficial participou dos combates. Até agora, o Hezbollah, patrocinado pelo Irã, vinha combatendo Israel - e o Exército libanês deixou claro que não é parte do conflito. Em Beirute, caças israelenses conduziram vários bombardeios consecutivos, provocando uma série de explosões em áreas próximas do aeroporto.

O Hezbollah controla o sul do Líbano, onde mantém a maioria de seus combatentes, armas e mísseis, mas suas forças atuam separadas das Forças Armadas libanesas. O Exército negou alegações de que teria recuado da fronteira antes da invasão terrestre de Israel, na noite de segunda-feira, 30.

Desta vez, os militares libaneses disseram que o Exército "revidou fogo contra fontes de ataque" após Israel mirar em uma instalação militar na vila libanesa de Bint Jbeil. Não estava claro se a troca de tiros levará a mais combates entre as forças regulares dos dois países. O Líbano pediu o fim dos combates entre Hezbollah e Israel.

O conflito atual tem como base duas posições claramente definidas, estabelecidas há mais de quatro décadas. Israel diz que está determinado a eliminar a ameaça que o Hezbollah representa no Líbano, enquanto a milícia xiita continua em seu objetivo de destruir o país vizinho.

O Exército israelense ordenou ontem a retirada de moradores de mais de 20 vilarejos e cidades no sul do Líbano, ao norte da fronteira de Israel, em uma região que servia de zona-tampão declarada pela ONU, estabelecida após a guerra de 2006.

Bombardeios

Os avisos sinalizaram uma possível ampliação da incursão de Israel, que até agora havia sido limitada às áreas próximas da fronteira. Os bombardeios aéreos, porém, parecem longe do fim.

Ontem, Israel anunciou que sua aviação bombardeou o quartel-general de inteligência do Hezbollah em Beirute. Nos bombardeios perto do aeroporto da capital libanesa, o alvo seria Hashem Safieddine, primo e provável sucessor do líder do Hezbollah morto na semana passada, Hasan Nasrallah.

Outras grandes explosões foram ouvidas nas proximidades da cidade na madrugada de ontem, atingindo Dahiya, área sob domínio do Hezbollah. As autoridades libanesas anunciaram que os ataques israelenses mataram 37 pessoas em 24 horas. Ao mesmo tempo, elas elevaram de cinco para nove o número de mortos em um ataque a uma clínica ligada ao Hezbollah, no coração de Beirute, na quarta-feira, 2.

Fuga

As explosões acontecem enquanto países retiram ou se preparam para retirar seus cidadãos do Líbano. O Brasil aguardava ontem autorização para pousar uma aeronave em Beirute hoje e resgatar brasileiros. Não estava claro se houve mudança nos planos.

Quase um ano após o início da guerra em Gaza, em outubro passado, Israel anunciou, em setembro, que o "centro de gravidade" do conflito havia se deslocado para o norte, na fronteira libanesa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.