Justiça da França acusa Carla Bruni em caso que envolve seu marido, o ex-presidente Sarkozy

Internacional
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A ex-supermodelo e ex-primeira-dama francesa Carla Bruni-Sarkozy foi formalmente acusada nesta terça-feira, 9, de envolvimento em supostas tentativas de pressionar uma testemunha que acusou o ex-presidente, e marido de Carla, Nicolas Sarkozy de receber financiamento ilegal de campanha da Líbia.

Bruni-Sarkozy foi colocada sob supervisão judicial na terça-feira, incluindo uma proibição de contato com todos os envolvidos no processo, com exceção de seu marido, segundo um oficial judicial que não foi autorizado a ser identificado publicamente.

As acusações preliminares contra Bruni-Sarkozy incluem manipulação de testemunhas e participação em uma associação criminosa com tentativa de cometer fraude, visando enganar os magistrados que investigam seu marido sob suspeita de receber fundos ilegais durante sua campanha presidencial de 2007, disse o oficial.

O advogado da ex-primeira-dama não respondeu aos pedidos de comentário da AFP. Após Carla ser questionada pela polícia em maio, seus advogados disseram que ela forneceu "esclarecimentos e explicações úteis", mas não comentaram mais. A testemunha envolvida, Ziad Takieddine, é importante nas acusações de que Sarkozy recebeu milhões em pagamentos ilegais do regime do então presidente líbio Muammar Kadafi.

Nicolas Sarkozy, presidente da França de 2007 a 2012, já foi condenado em dois outros casos. Ele negou qualquer irregularidade em todos os casos. Em fevereiro, um tribunal de apelações em Paris manteve um veredicto de culpado contra o ex-presidente por financiamento ilegal de campanha em sua tentativa fracassada de reeleição em 2012.

Sarkozy foi condenado a um ano de prisão, dos quais seis meses foram suspensos. Os advogados de Sarkozy apelaram para a Corte de Cassação, a mais alta corte da França. Com a apelação pendente, Sarkozy não pode ser preso, conforme a lei francesa. Ele foi acusado de ter gasto quase o dobro do valor máximo legal de 22,5 milhões de euros na tentativa de reeleição que perdeu para o socialista François Hollande.

Em um caso separado em 2021, Sarkozy, de 69 anos, foi considerado culpado de corrupção e tráfico de influência. Ele é o primeiro ex-presidente francês na história moderna condenado e sentenciado à prisão por ações durante seu mandato. Sarkozy se aposentou da política ativa em 2017. Fonte: Associated Press.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.