Governo da Alemanha entra em acordo e evita crise sobre orçamento para 2025

Internacional
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O governo da Alemanha anunciou nesta sexta-feira, 5, que chegou a um acordo sobre o orçamento para 2025, junto a um pacote de estímulos para a maior economia da Europa. O acordo ameniza uma disputa política que durou meses e ameaçava acabar com a coalizão de centro-esquerda do chanceler Olaf Scholz.

Scholz, um social-democrata, e os líderes dos Democratas Livres e dos Verdes chegaram a um acordo sobre os planos, incluindo maiores gastos com defesa e moradias acessíveis, após uma maratona de negociações que se arrastou até a madrugada de sexta-feira. Scholz disse que os ministros aprovariam formalmente o plano em uma reunião do Gabinete no final deste mês.

Ao equilibrar a segurança, a coesão social e o crescimento econômico, Scholz afirmou que o orçamento foi projetado para tranquilizar os cidadãos inquietos com a guerra na Ucrânia, os impactos das mudanças climáticas e a migração irregular, além de oferecer uma alternativa às políticas "separatistas" dos partidos de extrema direita que estão ganhando espaço em toda a Europa.

Para apoiar o crescimento econômico, o governo planeja criar incentivos para investimentos, inclusive permitindo que as empresas reduzam o valor dos ativos mais rapidamente, apoiem a pesquisa e o desenvolvimento, reduzam a burocracia e promovam o desenvolvimento de energia renovável.

Os líderes da oposição rebateram que estavam céticos em relação à aritmética orçamentária do governo, especialmente em relação à sua capacidade de financiar um orçamento de defesa ampliado, e previram que os parceiros da coalizão se desentenderiam novamente em relação aos detalhes.

Nos últimos meses, a coalizão de Scholz enfrentou uma série de disputas internas, após a Corte Constitucional Federal da Alemanha considerar ilegais as manobras do governo para manter a expansão de gastos caracterizados como "emergenciais". Os partidos da coalizão tinham visões divergentes sobre a suspensão do chamado "freio da dívida" e os desentendimentos alimentaram especulação sobre colapso do governo, capaz de provocar eleições parlamentares antecipadas na Alemanha. Fonte: Associated Press.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que pode ir à manifestação pró-anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro marcada para o dia 7 de maio em Brasília. O ex-chefe do Executivo conversou com apoiadores por chamada de vídeo nesta quinta-feira, dia 1º. O vídeo da conversa foi publicado pelo portal Metrópoles.

Bolsonaro recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na quarta-feira, 30, mas segue internado no Hospital DF Star, na capital federal. Ele está na unidade desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal.

O ex-presidente não tem previsão de alta hospitalar, segundo informações do último boletim médico, mas disse na conversa esperar que a partir de sábado ou no máximo domingo "eu largue tudo que é equipamento e comece a viver se alimentando normalmente (sic)".

"Mais uma semana em casa e eu volto à normalidade. Acredito que pelo menos lá na torre (de televisão em Brasília, local da manifestação) eu me faço presente, se estiver bem", disse Bolsonaro.

Ele recomendou aos apoiadores que a manifestação seja pacífica e que o objetivo é fazer um ato "sem pegar pesado em cima de ninguém". Será a primeira manifestação bolsonarista na capital federal desde dia 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes golpistas invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto em uma tentativa de reverter o resultado da eleição de 2022.

"Não vou falar que vai ter muita gente porque é uma caminhada até a região da Esplanada (dos Ministérios), não é uma concentração. Vão ter lá umas 2 mil pessoas, é mais do que suficiente", disse o ex-presidente.

O objetivo do ato é pressionar a Câmara dos Deputados a votar o projeto de lei que concede anistia total aos envolvidos no 8 de Janeiro. Uma outra saída, porém, ganhou força nos últimos dias.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), prepara um projeto para reduzir as penas aplicadas no caso. O texto está sendo negociado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma das versões em negociação prevê aumento da punição para os acusados de organizar tentativas de golpe de Estado. O novo projeto busca um meio termo para aliviar as penas impostas pelo STF, que chegam a 17 anos de prisão, mas assegurar que eventuais acusados de orquestrar o rompimento da ordem democrática tenham punições mais severas.

Como mostrou a Coluna do Estadão no início do mês, o presidente da Câmara procurou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do Supremo com o objetivo de construir um acordo para revisão das penas dos condenados pelo 8 de Janeiro, com o intuito de pacificar o País.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, minimizou a movimentação política da oposição para as eleições de 2026. Nesta sexta-feira, 2, durante visita à Agrishow, também defendeu as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o agronegócio, alvo de críticas de opositores no evento em Ribeirão Preto (SP). "A oposição está dividida, com dificuldade de construir uma candidatura única. Enquanto isso, o governo do presidente Lula vem recuperando sua aprovação e, certamente, terá um desempenho importante na eleição do ano que vem", afirmou.

O ministro também ironizou a presença de pré-candidatos da oposição na Agrishow. A feira recebeu cinco governadores desde a sua abertura, sendo que quatro são considerados potenciais candidatos da oposição à presidência: Ronaldo Caiado (União), Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Junior (PSD).

"A oposição vai ter que se reunir num estádio de futebol. E aí o Corinthians pode emprestar o seu estádio para eles tentarem discutir uma candidatura. Porque, hoje, a quantidade de candidatos da oposição é tão grande que só um estádio pode comportar todos eles", disse.

Teixeira ressaltou que, embora a presença de governadores da oposição reforce o prestígio da feira, o governo federal também esteve representado, ainda que só dois ministros tenham comparecido: ele mesmo, no último dia da Agrishow, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também ocupa a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). "O vice-presidente Alckmin também veio, representando o presidente Lula, que esteve fora, participando do funeral do Papa Francisco, inclusive eu o acompanhei nessa viagem", explicou.

Questionado sobre críticas feitas pelo secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, que acusou o governo federal de não ter feito anúncios relevantes durante o evento, Teixeira rebateu, enumerando esforços recentes da gestão. "Lançamos o maior Plano Safra da história do Brasil em 2023. Em 2024, aumentamos os recursos. Por isso, nós vamos ter a maior safra da história do Brasil - uma safra recorde de 327 milhões de toneladas", disse.

Ele citou ainda a criação de uma linha da Finep voltada à inovação em máquinas agrícolas e a abertura de mercados internacionais como exemplos do apoio ao setor. "A fala dele (Piai) é uma tentativa de politizar o tema, mas sem nenhuma base real", comentou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue se alimentando via oral e teve "progressão" na dieta, informa o boletim médico divulgado nesta sexta-feira, 2. Bolsonaro recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na quarta-feira, 30, e segue internado em acompanhamento pós-operatório no Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

No total, o ex-presidente passou 18 dias na UTI, e só voltou a se alimentar pela via oral na terça-feira, 29. No mesmo dia, à tarde, ele retirou a sonda nasogástrica e postou um vídeo do instrumento sendo puxado de seu nariz pelo médico.

Segundo o novo boletim médico, o ex-presidente está estável clinicamente, sem dor ou febre e com pressão arterial controlada. "Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa", informam os médicos que acompanham a recuperação dele.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Bolsonaro postou uma foto em pé, de braços cruzados e sorridente, ao lado da equipe do hospital. "Tenho respondido bem à dieta líquida e, graças a Deus, os movimentos intestinais estão voltando aos poucos. A alimentação está sendo ainda sendo feita tanto por via oral quanto pela veia, com todo o suporte calórico e nutricional necessário", escreveu, baseando-se nas informações do boletim.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.