Câmara dos EUA aprova US$ 14 bi em ajuda militar a Israel e Biden promete veto

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A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje um pacote de ajuda militar de US$ 14,3 bilhões para Israel, proposto pelos republicanos. O episódio dá início a um embate legislativo com os democratas, complicado por crescentes divergências em torno de assistência à Ucrânia e de debates sobre como melhorar a segurança da fronteira do país.

A medida foi aprovada por 226 a 196 votos, numa votação em grande parte orientada pelos partidos, que mascarou um amplo apoio subjacente dos EUA ao envio de armas e financiamento a Israel.

O projeto de lei da Câmara é controverso porque também retira dinheiro da Receita americana e ignora o de financiamento à Ucrânia feito pelo governo Biden. Senadores democratas alertam que o texto não será aprovado na Casa, e o presidente Biden alertou que vetará a medida se ela chegar à mesa dele.

A votação marcou um primeiro teste da habilidade do novo presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, de manter unida a sua bancada e atrair algum apoio dos democratas da Casa. Doze democratas votaram a favor da medida, enquanto dois republicanos se alinharam ao partido e se opuseram ao texto.

Os republicanos esperavam que o projeto aumentasse a pressão sobre o Senado, controlado pelos democratas, que está trabalhando para aprovar um projeto de lei de gastos emergenciais muito maior - de US$ 106 bilhões, incluindo os US$ 14,3 bilhões para Israel - que inclui financiamento a Ucrânia, Taiwan, bem como à segurança fronteiriça americana e prioridades domésticas, como auxílio financeiro no caso de desastres, cuidados para crianças e serviços de banda larga para famílias de baixa renda.

O impasse pode levar a uma batalha maior em torno das despesas federais, com o Congresso americano enfrentando o prazo do dia 18 de novembro para evitar um shutdown do governo. Alguns parlamentares disseram que o pacote de ajuda externa poderá acabar sendo resolvido quando o Congresso também tiver de aprovar o financiamento do governo.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.