Polônia, Hungria e Eslováquia desafiam UE e afirmam que vão manter restrição a grãos da Ucrânia

Internacional
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Polônia, Hungria e Eslováquia desafiaram a decisão da União Europeia (UE) de não renovar a proibição de compras de grãos ucranianos em cinco Estados-membros, incluindo ainda Bulgária e Romênia, e informaram que vão manter as restrições. A discordância reacendeu as tensões dentro do bloco e criou uma divisão entre a Ucrânia e a Polônia, um dos principais aliados de Kiev ao longo da guerra com a Rússia. Na sexta-feira, 15, a Comissão Europeia revogou a medida restritiva que vigorava desde maio.

Após a decisão do bloco, autoridades das três nações informaram que vão manter a restrição aos produtos da Ucrânia, sob o argumento de que o volume de grãos ucranianos baratos prejudica produtores locais.

A Hungria informou que vai permitir que os produtos continuem a atravessar o país, mas vai manter e ampliar a proibição de importação de vendas, disse o secretário de Estado Zoltan Kovacs.

A Eslováquia também deve impor uma proibição de grãos e de outros três produtos agrícolas, segundo o porta-voz do primeiro-ministro, Peter Majer.

Já na Polônia, as eleições de outubro complicaram as negociações. O Partido Lei e Justiça, que busca se manter no poder, fez campanha intensamente ao campo, com promessas de proteger os agricultores poloneses já prejudicados pelo fluxo de grãos ucranianos causado pela recente retirada da Rússia do acordo do Mar Negro.

"Iremos estender essa proibição, apesar de sua discordância", disse o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki em um comício. "Faremos isso porque é do interesse do agricultor polonês", completou.

Desde maio, os grãos da Ucrânia tinham autorização para passar pelos cinco países com destino a outras nações, mas não podiam ser comercializados internamente, sob argumento de que concorriam a preços mais baixos com produtos de agricultores locais.

Nos novos acordos da UE, a Ucrânia concordou em tomar medidas rápidas para evitar um aumento nas exportações de grãos para o bloco. A União Europeia concordou em não impor restrições desde que as medidas ucranianas fossem eficazes.

A decisão da UE veio após semanas de negociações com o objetivo de encontrar um compromisso. A Ucrânia ameaçava levar o bloco à Organização Mundial do Comércio para buscar compensação.

Após a decisão favorável, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky escreveu nas redes sociais que "é crítico que a solidariedade europeia agora funcione em um nível bilateral". "Se suas decisões violarem a legislação da UE, a Ucrânia responderá de maneira civilizada", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.