Um mês após escândalo de corrupção, Ucrânia demite 6 vice-ministros da Defesa

Internacional
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Seis vice-ministros da Defesa ucranianos foram demitidos nesta segunda-feira, 18, duas semanas após a demissão do ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, em um escândalo de corrupção. O governo da Ucrânia não divulgou motivos para a mudança nem informou sobre quem substituiria os vice-ministros.

Os vice-ministros da Defesa demitidos incluíram Hanna Maliar, Vitalii Deyneha e Denys Sharapov, bem como o secretário de estado do Ministério da Defesa, Kostiantyn Vashchenko, de acordo com o relato do Telegram de Taras Melnychuk, representante permanente do Gabinete de Ministros.

Hanna Maliar, que emergiu nos últimos meses como uma das comunicadoras governamentais mais proeminentes do movimento diário da contraofensiva da Ucrânia, continuou a postar atualizações no aplicativo de mensagens Telegram sobre a contraofensiva na segunda-feira, horas antes de sua demissão.

Melnychuk não forneceu nenhuma explicação sobre as demissões, mas o governo tem investigado acusações de corrupção nas forças armadas relacionadas à compra de equipamentos. Rustem Umerov, um legislador da Crimeia que assumiu o cargo de ministro da Defesa, não se manifestou imediatamente após as demissões.

Reznikov foi destituído no início deste mês após um escândalo envolvendo a aquisição de jaquetas militares pelo Ministério da Defesa por um custo três vezes maior. Ele negou as acusações, mas renunciou. Quando Reznikov foi substituído, as autoridades disseram que o governo reconheceu a necessidade de uma nova liderança, mais de 500 dias depois de a Rússia ter lançado a sua invasão em grande escala.

Retomada de Klishchiivka

A remodelação do departamento ocorreu um dia depois de os militares ucranianos terem afirmado que capturaram a aldeia de Klishchiivka das tropas russas, após meses de batalhas ferozes. Os combates continuaram na segunda-feira, enquanto as tropas tentavam controlar a vila ao sul da cidade de Bakhmut, controlada pela Rússia, na região oriental de Donetsk. A recaptura da cidade seguiu-se à retomada da aldeia vizinha de Andriivka.

"O inimigo está tentando com todas as suas forças recuperar as posições perdidas", disse Maliar em um comunicado na segunda-feira, antes de ser demitida. "Portanto, nossos combatentes retêm os ataques do inimigo e estão entrincheirados nas fronteiras alcançadas."

A retomada de Klishchiivka é considerada taticamente importante, permitindo que as forças ucranianas ampliem ainda mais seus ganhos em torno de Bakhmut.

Na madrugada desta segunda-feira, os russos atacaram áreas residenciais em oito cidades e vilarejos da região de Donetsk, incluindo Avdiivka e Kurdiumivka, matando um e ferindo quatro, disse. Cinco ataques de artilharia em Kherson mataram uma pessoa e feriram outra. Na cidade vizinha de Beryslav, os russos lançaram explosivos de um drone perto da estação rodoviária local, ferindo quatro pessoas.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.