Membro do alto escalão da Rússia defende aproximação com China contra atuação do Ocidente

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Um membro do alto escalão do Kremlin pediu, nesta terça-feira, uma coordenação política mais estreita entre Moscou e Pequim para conter o que ele descreveu como esforços ocidentais para reprimi-los, em comentários feitos em meio a um encontro com o principal diplomata da China para negociações de segurança.

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, disse ao ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, que Moscou "busca o desenvolvimento progressivo e o fortalecimento da relação russo-chinesa" com o intuito de promover uma parceria abrangente e cooperação estratégica.

"Em meio à campanha desencadeada pelo Ocidente que visa a dupla contenção da Rússia e da China, é particularmente importante aprofundar ainda mais a coordenação e interação russo-chinesa na arena internacional", disse Patrushev.

O integrante do governo russo observou que Putin deverá ter conversas "relevantes" com o líder chinês Xi Jinping durante a viagem para Pequim no próximo mês para participar de uma cúpula da iniciativa Cinturão e Rota, uma estratégia do governo chinês de desenvolvimento de projetos de infraestrutura.

Patrushev, um aliado antigo de Putin, reafirmou o apoio da Rússia à política de Pequim em questões relacionadas a Taiwan, à região ocidental de Xinjiang e a Hong Kong, que, segundo ele, "estão sendo usadas pelo Ocidente para desacreditar a China".

Pequim reivindica Taiwan como parte do seu território e tem conduzido exercícios militares cada vez maiores por ar ou mar ao redor da ilha. As autoridades chinesas também procuraram erradicar qualquer possibilidade de revolta em regiões que abrigam grupos étnicos e religiosos importantes, incluindo os tibetanos e a comunidade uigur em Xinjiang, ao norte do Tibete. As políticas duras têm desencadeado fortes críticas do Ocidente.

O Kremlin tem expressado constantemente apoio a Pequim, à medida que a Rússia e a China se tornam cada vez mais próximas, enquanto as suas relações com o Ocidente se deterioram.

No mês passado, a China ajudou a fomentar uma expansão da parceria BRICS, que convidou mais seis países a aderirem ao bloco, que inclui China, Rússia, Brasil, Índia e África do Sul.

O governo chinês tem buscado se manter neutra no conflito da Ucrânia, apesar da recusa em condenar as ações de Moscou, enquanto declarou, no ano passado, que tinha uma amizade "sem limites" com a Rússia. A China denunciou as sanções ocidentais contra Moscou e acusou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os Estados Unidos de provocarem a ação militar de Putin.

Pequim também propôs um plano de paz amplamente rejeitado pelos aliados da Ucrânia, os quais insistem que Moscou deve retirar as suas forças do país vizinho.

Wang chegou à Rússia na segunda-feira para uma visita de quatro dias após rodada de negociações no fim de semana com o conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, Joe Biden, em Malta. Ele começou sua viagem com um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

"Quanto mais violentas se tornam as ações unilaterais de hegemonia e confronto de bloco, fica mais importante para nós acompanhar os desdobramentos, mostrar um senso de dever como grandes potências e cumprir ainda mais nossas obrigações internacionais", disse Wang no início da conversa com Lavrov.

Fonte: Associated Press.

Em outra categoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.