Ataques aéreos de Israel atingem a capital do Iêmen

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Israel lançou um ataque aéreo na quinta-feira, 28, contra a capital iemenita, Sanaa, causando danos na sede do governo do grupo rebelde houthi no Iêmen, informaram os houthis e o exército israelense.

Os ataques atingiram áreas densamente povoadas do sul e oeste de Sanaa. Até o momento, não há relatos de vítimas.

"Pareceu um terremoto", disse Hussein Salem, um residente de Sanaa que viu colunas de fumaça na vizinhança da área oeste de Sanaa.

Os ataques ocorreram enquanto o canal de notícias por satélite dos houthis, apoiado pelo Irã, transmitia um discurso pré-gravado do líder principal dos rebeldes, Abdul-Malik al-Houthi.

O exército israelense afirmou que atingiu um "alvo militar" houthi em Sanaa, sem dar mais detalhes.

Os ataques de quinta-feira ocorreram depois que o exército israelense informou, no início do dia, que interceptou um drone lançado em direção a Israel pelos rebeldes, no terceiro ataque do Iêmen a Israel na última semana.

Os ataques foram uma resposta aos bombardeios israelenses em Sanaa no domingo, que mataram pelo menos 10 pessoas. A ofensiva israelense atingiu uma instalação de petróleo de propriedade da principal empresa petrolífera do Iêmen, controlada pelos houthis, uma usina de energia e um local militar em uma área onde se encontra o palácio presidencial, segundo os houthis e o exército israelense.

As tensões na região estavam elevadas na quinta-feira, já que França, Alemanha e Reino Unido iniciaram um processo para reimpor sanções da ONU ao Irã por seu programa nuclear.

O mecanismo poderia congelar ativos iranianos no exterior, interromper acordos de armas e renovar sanções sobre seu programa de mísseis balísticos.

O Irã condenou a medida das nações europeias como "injustificada, ilegal e sem qualquer base legal".

Os houthis lançaram mísseis e drones em direção ao território israelense e atacaram navios no Mar Vermelho durante a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza. Os rebeldes argumentam que seus ataques são em solidariedade aos palestinos.

Em resposta aos ataques dos houthis, Israel e uma coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam as áreas controladas pelos rebeldes no Iêmen, incluindo Sanaa e a estratégica cidade costeira de Hodeida, com ataques pesados durante meses. Os ataques israelenses colocaram o aeroporto de Sanaa fora de serviço em maio. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

Em outra categoria

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar nesta quarta-feira, 3, que suspende decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e restabelece os direitos do deputado estadual Renato de Almeida Freitas Junior (PT-PR).

O parlamentar é alvo de um processo ético-disciplinar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que o acusa de ter quebrado o decoro ao facilitar a entrada de manifestantes no prédio da Casa durante protestos realizados em junho de 2024 contra o programa Parceiro da Escola. A ação resultou na suspensão de seus benefícios regimentais por 30 dias.

A nova decisão do STJ, tomada pelo ministro presidente Herman Benjamin, garante que Freitas Junior possa exercer suas funções parlamentares até o julgamento de um recurso. A liminar suspende a decisão da presidente do TJ-PR e confirma a deliberação do desembargador Jorge de Oliveira Vargas.

O STJ requisitou informações à autoridade reclamada (TJ-PR) e citou a Assembleia Legislativa do Paraná. Após as manifestações, o caso será encaminhado ao Ministério Público Federal.

No domingo, 17 de agosto, a liminar favorável a Renato Freitas foi suspensa e a punição mantida. A sanção passou a valer na tarde de segunda-feira, 18, após a leitura da decisão em plenário da Assembleia.

O deputado contestou no STJ a legalidade da suspensão imposta pela Alep. Ele havia obtido uma liminar no TJ-PR, concedida pelo desembargador Jorge de Oliveira Vargas, mas a medida foi derrubada em seguida pela presidente da Corte, desembargadora Lidia Maejima, durante um plantão noturno, a pedido da própria Assembleia.

Na Reclamação apresentada ao STJ, Freitas alega que a presidente do TJ-PR usurpou a competência de tribunal superior, já que apenas a presidência do STJ pode suspender decisões liminares ou sentenças em casos desse tipo. Segundo a defesa, o segundo mandado de segurança impetrado pela Alep serviu, na prática, como substituto de um pedido de suspensão de segurança.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rebateu as acusações feitas por seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro. O perito está foragido na Itália e apresentou denúncia em audiência por videoconferência no Senado afirmando que o magistrado adulterou documentos para justificar operações da Polícia Federal.

Documentos apresentados por Eduardo Tagliaferro à Comissão de Segurança Pública do Senado Federal na terça-feira, 2, indicam que uma petição assinada teve a data adulterada. Segundo relato do perito que atuou no Tribunal Superior Eleitoral, ele teve que produzir um documento posterior a uma ação policial, mas houve adulteração na data para indicar que o material técnico teria sido produzido antes.

Tagliaferro sustenta que a data foi alterada porque Moraes não queria que parecesse que a PF fez busca e apreensão em alvos apenas por conta de uma notícia de imprensa veiculada na época.

Metadados apresentados por Tagliaferro mostram que o documento teria sido criado no dia 28 de agosto de 2022, às 10h33. O documento foi incluído no processo de investigação com outra data: 22 de agosto.

Em nota divulgada por sua assessoria, o ministro Alexandre de Moraes disse que todos os procedimentos de investigação foram realizados de forma regular. Sustenta ainda que a assessoria do TSE foi acionada para recolher dados e que estes foram repassados as autoridades competentes.

Veja a íntegra da resposta do ministro:

"O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações dos Inq 4781 (Fake News) e Inq 4878(milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições.

Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas as investigações de milícias digitais.

Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.

Na PET 10.543, o procedimento foi absolutamente idêntico. Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi solicitado relatório para o TSE, que foi juntado aos autos no dia 29 de agosto, tendo sido dada vista imediata às partes. O recurso da PGR não foi conhecido pelo STF, em 9 de setembro. Tudo regular e oficialmente nos autos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), "rasgou a fantasia" de uma pessoa de centro. Ele comentou declarações recentes do governador sobre não confiar na Justiça e ter a intenção de conceder um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso seja eleito presidente da República.

"Rasgou-se a fantasia. Estava todo mundo tentando apresentá-lo como uma pessoa de centro, não era um bolsonarista. E eu estava só contando os dias para isso ser desmentido", disse Haddad ao apresentador Datena na Rede TV!. Ele recordou que Tarcísio foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e eleito governador pela mão dele, dependendo da liderança do ex-presidente.

"Quando o presidente Lula falou: O Tarcísio não existe sem o Bolsonaro, não foi para ofendê-lo, foi para constar um fato", completou o ministro.

Haddad disse ainda que o "velho Centrão" é hoje o bolsonarismo. "Tudo que aconteceu no Brasil de 2013 para frente O PSDB acabou e essa turma ocupou o espaço do PSDB com grandes desvantagens do ponto de vista moral, institucional e democrático".