Hezbollah critica plano do governo libanês de desarmar o grupo este ano

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O Hezbollah criticou duramente nesta quarta-feira, 6, a decisão do governo libanês de iniciar um processo com o objetivo de desarmar o grupo este ano, afirmando que a ação "cumpre plenamente" com os interesses do vizinho Israel.

O grupo, que é apoiado pelo Irã, acrescentou em um comunicado que está pronto para um diálogo sobre suas armas, acrescentando que o governo libanês deveria trabalhar para "libertar" as áreas no sul do país que ainda estão ocupadas por Israel após uma guerra de 14 meses.

O Hezbollah ainda comentou que o governo libanês "cometeu um grave pecado que despoja o Líbano de armas para resistir a Israel"; afirmou que a decisão do governo libanês "ocorreu como resultado da imposição do enviado americano (Tom) Barrack"; e disse que a decisão de desarmar o Hezbollah enfraquece o Líbano enquanto "a agressão israelense-americana continua".

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em nossa Política de IA.

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Os Estados Unidos voltaram a acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de ser o "principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores", em postagem feita pela Embaixada dos EUA no Brasil no X. O texto ainda estende a mensagem aos "aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas", que "estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta" do ministro.

"Estamos monitorando a situação de perto", acrescenta a postagem. A publicação no X é uma tradução do post de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado americano, e foi também republicada pelo Escritório de Assuntos Ocidentais dos EUA. A nota ainda lembra que as "flagrantes violações de direitos humanos de Moraes resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump".

Enquanto Jair Bolsonaro responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar ainda neste semestre ações de cassação contra dois aliados do ex-presidente.

Integrantes da corte eleitoral esperam que a presidente, Cármen Lúcia, paute para este semestre o julgamento de ações contra o senador Jorge Seif (PL-SC) e o governador Roraima, Antonio Denarium (PP). A situação de ambos precisa ser resolvida ainda neste ano, já que ambos nutrem expectativa de se candidatar em 2026.

Os processos chegaram a entrar na pauta de julgamentos no ano passado, mas foram retirados. Em 2024, a prioridade do tribunal era analisar casos relativos à campanha eleitoral municipal.

Os casos chegaram ao TSE na forma de recursos contra decisões tomadas pelos tribunais regionais eleitorais de origem. Seif foi absolvido da acusação de abuso de poder econômico na campanha de 2022. O TSE vai decidir se mantém ou se cassa o mandato do senador.

Segundo integrantes do tribunal, há chance de absolvição, por falta de provas contra o parlamentar. Seif foi acusado de ter recebido como doação a cessão de uso de um helicóptero para uso em eventos da campanha de forma irregular. O senador também teria recebido financiamento de uma entidade sindical, o que é proibido por lei.

Denarium teve o mandato cassado TRE de Roraima por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Uma das irregularidades apontadas no processo foi o uso eleitoral programas sociais do governo do Estado.

Outros dois bolsonaristas também devem ser julgados pelo TSE, mas em data ainda não prevista: a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Os processos de ambos chegaram recentemente ao TSE e não estariam prontos para julgamento.

Castro foi acusado de ter gasto cerca de R$ 10 milhões do Fundo Eleitoral na campanha de 2022 sem especificar a finalidade do dinheiro. Ele foi absolvido pelo TRE do Rio de Janeiro por falta de provas.

Zambelli foi acusada de abuso dos meios de comunicação, também em 2022, por ter divulgado informações falsas sobre o processo eleitoral. A deputada foi condenada pelo TRE de São Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), marcou para esta quinta-feira, 7, uma sessão a partir das 12h. O agendamento ocorre na manhã seguinte à retomada, pelo deputado, da sua cadeira na Mesa do plenário da Casa, que estava ocupada por bolsonaristas desde a terça-feira, 5.

Motta voltou a se sentar na cadeira de presidente da Câmara após as 22h20 desta quarta-feira, 6, com quase duas horas de atraso em relação ao horário marcado para a sessão, 20h30. O presidente da Casa teve que atravessar uma multidão de deputados da oposição, que se aglomeravam em torno da Mesa.

A travessia foi feita com dificuldade e com Motta cercado por aliados de primeira hora, como os líderes Dr. Luizinho (PP) e Isnaldo Bulhões (MDB). Após certa resistência, o deputado Marcos Pollon (PL-RS) se levantou da cadeira da presidência e deputados do Centrão chegaram a segurá-la até que Motta se sentasse.

Em discurso, o presidente da Câmara disse que a ação da oposição "não foi boa" para a Casa e disse ser necessário priorizar pautas para o País e não "pautas pessoais ou eleitoreiras". O deputado também indicou que chamaria uma sessão plenária "oportunamente".

Na terça, oposicionistas anunciaram um "pacote da paz" para "abrandar" a relação entre os Três Poderes, após a determinação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Compõem o pacote uma anistia "ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado.

A pauta da sessão desta tarde ainda será divulgada pela Secretaria-Geral da Mesa. Quando Motta convocou a sessão desta quarta à noite, após reunião de líderes, a pauta publicada foi a de processos remanescentes, incluindo uma Medida Provisória que cria um programa visando diminuir a fila do INSS.