Trump ameaça tarifas de até 100% contra Rússia em 50 dias se não houver acordo sobre Ucrânia

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O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na Casa Branca que "tarifas secundárias sobre Rússia podem chegar a 100%" caso não haja um acordo sobre um cessar-fogo na guerra da Ucrânia nos próximos 50 dias.

Em encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, Trump reafirmou a disposição de aplicar "tarifas severas sobre Rússia" e reforçou o compromisso dos EUA com o apoio militar à Ucrânia e à aliança atlântica.

Trump afirmou estar "muito infeliz com a Rússia" e lembrou que "já gastamos US$ 315 bilhões com essa guerra na Ucrânia, que é de Joe Biden, não minha". O presidente também expressou desapontamento com o presidente russo, Vladimir Putin. "Estou desapontado com Putin pois pensei que teríamos um acordo sobre Ucrânia há 2 meses", acrescentou, e pontuou que assuntos de comércio são "ótimos para resolver guerras".

No encontro, Trump confirmou que "vamos enviar mais armas para a Ucrânia, mas eles vão nos pagar. Fizemos um acordo hoje sobre isso" e que "vamos enviar também os melhores equipamentos militares para a Otan".

Rutte, por sua vez, ressaltou que "as nações vão mover equipamentos rapidamente para a Ucrânia" e destacou a importância da pressão diplomática, afirmando que "se eu fosse Putin, estaria levando negociações sobre Ucrânia mais a sério".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o tratamento do Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro. "O que o Brasil está fazendo com Bolsonaro é uma vergonha", afirmou. Apesar disso, declarou que "conhece Bolsonaro e acredita que ele é um homem honesto".

O prefeito de Igarapé Grande, no interior do Maranhão, é suspeito de matar um policial militar de folga durante uma vaquejada em 6 de julho. Segundo a Polícia Civil maranhense, João Vitor Xavier (PDT) confessou ser o autor dos disparos e foi preso nesta terça-feira, 15, em São Luís. Ele se entregou aos policiais após a Justiça decretar sua prisão preventiva.

Segundo a Polícia Civil do Maranhão, João Vitor confessou ser o autor dos disparos contra Geidson Thiago da Silva Santos, de 39 anos, que morreu durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no interior do Maranhão. O prefeito se apresentou aos policiais no dia seguinte e alegou que agiu em legítima defesa.

Na ocasião, mesmo com a confissão, o prefeito não foi detido, pois não havia mandado de prisão em aberto, nem flagrante do delito. A Polícia Civil do Maranhão ainda não finalizou as investigações sobre o caso. Xavier, por ora, não foi indiciado pela morte do PM. Caso vire réu, o prefeito será julgado pela segunda instância do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), pois possui foro por prerrogativa de função. O Estadão busca contato com a defesa de João Vitor Xavier.

João Vitor Xavier, de 27 anos, é natural de Ouricuri, em Pernambuco, e provém de uma família de políticos. Seu pai, Júnior Xavier, é prefeito de Bernardo do Mearim (MA), vizinha de Igarapé Grande, enquanto Erlânio Xavier, seu tio, era o prefeito de Igarapé Grande antes do início de seu mandato.

João Vitor elegeu-se ao cargo com 4.987 votos, o equivalente a 70,3% dos votos válidos. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou ser estudante e possuir um patrimônio de R$ 550 mil. Antes de ser prefeito, havia sido vereador em Bodocó, em Pernambuco. Elegeu-se para o cargo em 2016, aos 18 anos.

Desde a última quarta-feira, 9, Xavier está licenciado do cargo, ocupado de forma interina por sua vice-prefeita, Maria Etelvina (PDT).

O novo presidente do PT, Edinho Silva, eleito neste mês de julho, disse que o "Brasil não é um puxadinho dos Estados Unidos". Edinho defende que, nesta guerra comercial com o presidente americano Donald Trump, o País fortaleça a formação de novas relações comerciais com outros países.

"Evidente que também essa crise diplomática demonstra que temos que fortalecer a nossa concepção de formação de blocos comerciais e que também a gente consiga colocar na mesa os países que defendem a democracia, para que a essa prática do governo Trump não seja normalizada", afirmou.

Como antecipou ao Estadão, Edinho voltou a dizer que as ações de Trump como uma tentativa de construir uma "Terceira Guerra Mundial" por meio de medidas econômicas.

O ex-prefeito de Araraquara também apontou, nesta quarta-feira, 16, quais devem ser as prioridades do PT de agora em diante: a reforma política eleitoral, o fortalecimento dos partidos, financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), mudança climática, a escala de trabalho 6x1, a tarifa zero no transporte e a segurança pública. Ele deu ênfase para esse último tema.

"É urgente que possamos aprofundar o debate de segurança pública. A sociedade está dizendo isso", disse. Para o partido, Edinho deseja a formulação de um novo estatuto, que discuta a renovação da militância, limite de mandatos e organização de base.

O partido diz que a eleição interna deste ano, chamada de Processo de Eleição Direta (PED), foi a maior da história, com aproximadamente 550 mil votos de filiados em todo o Brasil.

Edinho Silva saiu como vencedor com 378 mil, ou 73,1% dos votos. A tendência predominante do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), saiu novamente triunfante com a tese "Derrotar a extrema direita e avançar na construção de um novo Brasil".

Edinho enfrentou concorrência de nomes mais à esquerda do PT, como o o secretário de relações internacionais Romênio Pereira (58,8 mil votos, 11,4%), o ex-presidente da sigla e deputado federal por São Paulo Rui Falcão (57,7 mil votos, ou 11,2% do total) e o diretor na Fundação Perseu Abramo Valter Pomar (22,5 mil votos, 4,4%).

No dia 27 deste mês, o PT fará o segundo turno de votações para definir a presidência de diretórios nos Estados do Paraná, Tocantins, Santa Catarina, Rondônia, e Rio Grande do Sul. Haverá também uma segunda rodada em municípios.

Houve controvérsia durante as votações. O Estadão revelou o caso de uma chapa derrotada na Bahia que denuncia que mortos votaram no PED em Camaçari, em um caso que deve parar na Justiça. Houve também, pelo Brasil, denúncias de filiações em massa, acusações de golpe e novas ameaças de judicialização.

"Acredito que não houve nenhuma anomalia em relação a outros momentos, sempre na disputa política, ocorrem tocas de acusações", afirmou o senador Humberto Costa (PE), presidente em exercício do PT durante a realização do PED. "É óbvio que num processo como esse, precisa ser aperfeiçoado. Garantir que todo mundo possa participar é a principal coisa."