Rússia alerta EUA, Coreia do Sul e Japão sobre aliança de segurança contra Coreia do Norte

Internacional
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, alertou neste sábado os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão contra a formação de uma parceria de segurança que tenha como alvo a Coreia do Norte, durante visita ao aliado. "Advertimos contra a exploração desses laços para construir alianças direcionadas contra qualquer país, incluindo a Coreia do Norte e, claro, a Rússia", disse Lavrov a repórteres, segundo a agência estatal russa Tass.

Lavrov afirmou que a Rússia entende a decisão da Coreia do Norte de buscar armas nucleares. "As tecnologias usadas pela Coreia do Norte são resultado do trabalho de seus próprios cientistas. Respeitamos as aspirações da Coreia do Norte e entendemos os motivos pelos quais ela persegue o desenvolvimento nuclear", afirmou.

As relações entre Rússia e Coreia do Norte vêm se fortalecendo nos últimos anos, com a Coreia do Norte fornecendo tropas e munições para apoiar os russos, em troca de ajuda militar e econômica. Isso tem gerado preocupações a outros países, que temem que a Rússia também possa transferir aos norte-coreanos tecnologias sensíveis para programas nucleares e de mísseis do país.

EUA, Coreia do Sul e Japão têm ampliado ou retomado seus exercícios militares em resposta ao avanço do programa nuclear norte-coreano. Na sexta-feira, os três países realizaram um exercício aéreo conjunto envolvendo bombardeiros norte-americanos com capacidade nuclear próximo à Península Coreana. Para a Coreia do Norte, os exercícios liderados pelos EUA são ensaios para uma invasão. Há muito tempo, o país argumenta que é forçado a desenvolver armas nucleares para se defender das ameaças militares americanas.

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O ex-policial Edson Batista dos Santos Filho foi preso por tráfico internacional de armas na segunda-feira, 14. Ele se apresentou voluntariamente na 43ª Delegacia de Polícia, em Guaratiba, bairro onde mora no Rio de Janeiro. Edson é pai do vereador William Coelho (Democracia Cristã), vice-presidente da Câmara Municipal.

Segundo a Polícia Civil, após o mandado de prisão ser cumprido, ele passou por audiência de custódia e foi levado para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica. De lá deve ser encaminhado à Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.

Em 2014, Edson foi alvo de uma denúncia por associação para o tráfico de drogas, tendo sua prisão preventiva decretada pela 25ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. No entanto, teve habeas corpus concedido e sua prisão foi revogada por falta de provas.

Edson é citado em pelo menos oito processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015, por associação para o tráfico e porte ilegal de armas.

Em um dos processos a que Edson respondeu na Justiça Federal citava que ele importou cinco fuzis do Paraguai para o Rio de Janeiro juntamente com um comparsa em 2013.

O vereador Willian Coelho afirmou ao portal g1 que o caso se trata de uma investigação antiga e que o pai se apresentou voluntariamente na delegacia assim que soube do mandado de prisão. O Estadão tenta contato com o vereador e com a defesa de Edson.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), discutiu com Carlos Jordy (PL-RJ) durante a votação da PEC dos precatórios, na sessão da terça-feira, 15.

O bate-boca iniciou quando Jordy pediu a palavra para questionar Motta sobre um destaque sugerido pelo Partido Liberal (PL), que, segundo o deputado, era "muito importante" para a sigla.

O presidente da Câmara responde que a proposta havia sido retirada pelo próprio líder do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante. Jordy rebateu e declarou que havia acabado de falar com Sóstenes, o que deu início à discussão

Em determinado momento, o presidente da Câmara elevou o tom de voz com o parlamentar: "Eu não funciono sob ameaça", declarou. Veja o vídeo acima.

PEC dos precatórios é aprovada em segundo turno

A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos nesta terça-feira, 15, uma proposta de emenda constitucional (PEC) que permite ao governo retirar os gastos com precatórios (dívidas judiciais da União) do limite de despesas do arcabouço fiscal a partir do ano que vem.

A medida prevê ainda que esses gastos voltem a ser computados na meta fiscal em 2027, a uma velocidade de 10% ao ano - o que pode retardar em dez anos a incorporação total dessas despesas bilionárias no resultado das contas públicas.

Foram 404 votos favoráveis, 67 contrários e três abstenções no primeiro turno; no segundo, 367 favoráveis e 97 contrários. Os destaques foram rejeitados e o texto retorna ao Senado Federal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes entrou em atrito mais uma vez com o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor da Presidência Filipe Martins.

Durante a audiência de oitiva das testemunhas de defesa nesta quarta-feira, 16, Moraes interrompeu os questionamentos de Chiquini ao ex-ministro Gonçalves Dias. O ministro avaliou que o advogado transformou a rodada de questionamentos em inquirição da testemunha em "tom acusatório".

Ao repreender o advogado, o ministro afirmou que se tratavam de acusações contra autoridade. Moraes disse que Chiquini teve a mesma postura nas oitivas realizadas na última terça-feira, 15, quando ele teria feito insinuações da conduta do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O ministro afirmou ter enviado ofício a Tarcísio para relatar o episódio. Neste momento, Chiquini questionou Moraes sobre o motivo de não querer que G.Dias esclarecesse as suas se recebeu informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas vésperas do 8 de Janeiro.

Moraes respondeu as informações já haviam sido prestadas e, diante da insistência, silenciou o microfone do advogado. As oitivas de testemunhas são realizadas por videoconferência.

"O senhor cassou a minha palavra?", perguntou Chiquini. "Cassei a palavra", respondeu o ministro ao passar a fala para o advogado Eduardo Kuntz, do réu Marcelo Câmara. Chiquini levou as mãos ao rosto e demonstrou contrariedade com a decisão do ministro.

O ministro e o advogado já tinham entrado em atrito na última segunda-feira, 14. O magistrado chegou a dizer para Chiquini se calar. "Doutor, enquanto eu falo o senhor fica quieto", afirmou Moraes.