Embaixador do Irã em Genebra diz que Trump foi 'hostil' ao pedir rendição de Teerã

Internacional
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O embaixador do Irã em Genebra, Ali Bahreini, classificou comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo a "rendição incondicional" de Teerã como "hostis" e "indevidos".

Bahreini, que falou a repórteres nesta quarta-feira, 18, disse que os ataques israelenses "não conseguiram causar grandes danos às instalações nucleares" do Irã, uma vez que medidas para protegê-las haviam sido tomadas.

Bahreini ressaltou que o Irã não tem intenção de produzir armas nucleares, temor que motivou a ofensiva israelense. "Continuaremos produzindo urânio enriquecido na medida que for necessário para fins pacíficos," afirmou.

O embaixador também refutou rumores sobre um possível "retrocesso" nas atividades de pesquisa e tecnologia nuclear do Irã, como resultado da ação militar de Israel, dizendo que os cientistas do país continuarão trabalhando. Fonte: Associated Press*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O dia começou ainda com a ocupação da Mesa do plenário do Senado pela oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda na manhã desta quinta-feira, 7, porém, senadores do grupo anunciaram o fim da ocupação. Os bolsonaristas tomaram a decisão após terem 41 senadores favoráveis ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O número corresponde à maioria simples na Casa, quantidade necessária para aprovação da instauração formal do processo. Essa votação em plenário só ocorre após o presidente do Senado aceitar o pedido de impeachment e uma comissão especial dar o parecer favorável para o processo seguir adiante.

O líder do PSB no Senado, Cid Gomes (CE), afirmou nesta quarta-feira, 6, que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), descartou qualquer possibilidade de dar andamento, neste momento, a pedidos de impeachment contra ministros do STF, incluindo o de Moraes.

O presidente do Senado marcou sessão remota para as 11h para votar o projeto da MP 1294/2025, que amplia a isenção do imposto de renda para até dois salários mínimos, além de acordos internacionais.

Os senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam a Mesa Diretora da Casa desde terça-feira, 5. Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas(PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF) se acorrentaram à Mesa utilizada para comandar as reuniões.

Assim como os deputados, eles se revezaram durante a madrugada de quarta-feira para ocupar os plenários das duas Casas e oraram com o auxílio de um pastor por chamada de vídeo. Um auditório do Senado também foi ocupado pelos bolsonaristas após rumores de que o local poderia ser utilizado para realizar a sessão plenária.

Na terça, oposicionistas anunciaram um "pacote da paz" para "abrandar" a relação entre os Três Poderes, após a determinação da prisão domiciliar do ex-presidente. Compõem o pacote uma anistia "ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado.

Os Estados Unidos voltaram a acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de ser o "principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores", em postagem feita pela Embaixada dos EUA no Brasil no X. O texto ainda estende a mensagem aos "aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas", que "estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta" do ministro.

"Estamos monitorando a situação de perto", acrescenta a postagem. A publicação no X é uma tradução do post de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado americano, e foi também republicada pelo Escritório de Assuntos Ocidentais dos EUA. A nota ainda lembra que as "flagrantes violações de direitos humanos de Moraes resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump".

Enquanto Jair Bolsonaro responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar ainda neste semestre ações de cassação contra dois aliados do ex-presidente.

Integrantes da corte eleitoral esperam que a presidente, Cármen Lúcia, paute para este semestre o julgamento de ações contra o senador Jorge Seif (PL-SC) e o governador Roraima, Antonio Denarium (PP). A situação de ambos precisa ser resolvida ainda neste ano, já que ambos nutrem expectativa de se candidatar em 2026.

Os processos chegaram a entrar na pauta de julgamentos no ano passado, mas foram retirados. Em 2024, a prioridade do tribunal era analisar casos relativos à campanha eleitoral municipal.

Os casos chegaram ao TSE na forma de recursos contra decisões tomadas pelos tribunais regionais eleitorais de origem. Seif foi absolvido da acusação de abuso de poder econômico na campanha de 2022. O TSE vai decidir se mantém ou se cassa o mandato do senador.

Segundo integrantes do tribunal, há chance de absolvição, por falta de provas contra o parlamentar. Seif foi acusado de ter recebido como doação a cessão de uso de um helicóptero para uso em eventos da campanha de forma irregular. O senador também teria recebido financiamento de uma entidade sindical, o que é proibido por lei.

Denarium teve o mandato cassado TRE de Roraima por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Uma das irregularidades apontadas no processo foi o uso eleitoral programas sociais do governo do Estado.

Outros dois bolsonaristas também devem ser julgados pelo TSE, mas em data ainda não prevista: a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Os processos de ambos chegaram recentemente ao TSE e não estariam prontos para julgamento.

Castro foi acusado de ter gasto cerca de R$ 10 milhões do Fundo Eleitoral na campanha de 2022 sem especificar a finalidade do dinheiro. Ele foi absolvido pelo TRE do Rio de Janeiro por falta de provas.

Zambelli foi acusada de abuso dos meios de comunicação, também em 2022, por ter divulgado informações falsas sobre o processo eleitoral. A deputada foi condenada pelo TRE de São Paulo.