Rússia e Ucrânia atrasam troca de prisioneiros

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Rússia e Ucrânia se acusaram mutuamente no sábado, 7, de atrasar a troca de prisioneiros prevista para este fim de semana, único resultado concreto das negociações entre para encerrar mais de três anos de guerra. O impasse ocorre quase uma semana depois de Kiev envergonhar o Kremlin com um surpreendente ataque de drones a campos de aviação militares no interior da Rússia.

Em resposta, Moscou atacou fortemente Kiev na sexta-feira e seguiu com mais retaliações no sábado, matando ao menos quatro pessoas em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana.

As autoridades locais afirmaram que, em 90 minutos, a Rússia atacou a cidade com quase 50 drones, dois mísseis e quatro bombas planadoras, poderosas armas guiadas que carregam centenas de quilos de explosivos. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Ministério Público (MP) pediu a cassação do mandato do prefeito reeleito de Campinas (SP), Dário Saadi (Republicanos), por abuso de poder político durante as eleições municipais de 2024. Em parecer, o promotor Guilherme Athayde Ribeiro Franco também pediu que Saadi fique inelegível por oito anos, sob a acusação de ter usado um equipamento público da Prefeitura para promover sua candidatura durante a campanha.

O parecer foi emitido após uma ação movida por Rafael Zimbaldi (Cidadania) e pela coligação "Campinas: uma cidade para todos", que acusa Dário, seu vice, Wanderley de Almeida (PSB), e outros aliados de terem cometido abuso de poder político e econômico nas eleições. A defesa de Dário Saadi afirma que não houve irregularidade e que a divulgação de sua atuação como prefeito nas redes sociais respeitou as regras eleitorais. O caso será julgado pela Justiça Eleitoral. Se a decisão for pela cassação e inelegibilidade, ainda caberá recurso.

Saadi gravou um vídeo durante uma visita ao Centro Dia do Idoso, equipamento público da Prefeitura, no qual aparece interagindo com funcionários e idosos durante a campanha eleitoral.

"O nosso Centro Dia do Idoso, lá no Jd. do Lago Continuação, é um sucesso. E a gente vai levar essa mesma estrutura para outras regiões de Campinas. Para isso eu preciso do seu apoio. Vem de 10", escreveu Saadi na época em seu perfil no Instagram. A acusação aponta que o vídeo configura uso da estrutura pública para promoção pessoal durante a campanha.

Para o promotor, a conduta foi irregular e teve impacto na disputa eleitoral. "Em se valendo das facilidades decorrentes do cargo de prefeito, no interior da repartição pública, o representado infringiu a legislação eleitoral, causando, por consequência, desequilíbrio na disputa", escreveu. Ele afirma que a divulgação de propaganda em redes sociais ampliou o alcance da mensagem e pode ter influenciado um número significativo de eleitores.

Além da perda do mandato e da suspensão dos direitos políticos de Saadi por oito anos, o promotor também pediu que o vídeo seja removido da internet e que seja aplicada uma multa.

O vice-prefeito Wanderley de Almeida (PSB) também pode perder o cargo, mas o promotor reconheceu que não há provas de que ele tenha participado da gravação ou da publicação do vídeo. Ainda assim, defende que ele seja afastado do cargo por integrar a mesma chapa do prefeito.

A ação ainda citava outros dois episódios: o envio de comunicados à imprensa sobre a possível mudança da Câmara Municipal para um prédio do Tribunal de Justiça, e uma visita de campanha à empresa Benassi, onde Dário e o candidato a vereador Felipe Batista Marchesi (PSB) teriam feito discursos a funcionários durante o expediente. Esses episódios foram considerados regulares pelo Ministério Público, que entendeu que não houve ilegalidade comprovada.

No fim do último ano, em outra ação, o prefeito Dário Saadi teve a cassação de sua candidatura revertida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Na ocasião, a Corte entendeu que, embora tenha havido irregularidades durante a campanha, como o uso de prédios públicos para gravação de vídeos, as condutas não foram graves o suficiente para justificar a cassação ou a inelegibilidade. A decisão manteve apenas a aplicação de multa ao prefeito e ao vice.

A prefeita de Marituba, no Pará, Patrícia Alencar (MDB), ultrapassou a marca de 1 milhão de seguidores no Instagram após viralizar com um vídeo em que aparece dançando forró de biquíni.

Inicialmente publicada em um perfil privado, a gravação teria sido vazada sem autorização. As imagens começaram a repercutir e Patrícia decidiu publicar o vídeo em sua conta oficial.

Em apenas três dias, o número de seguidores disparou: foram cerca de 300 mil novos usuários. No sábado, 7, a prefeita alcançou 1 milhão de seguidores. Neste domingo, 8, já soma 1,2 milhão - número 20 vezes maior que o da conta institucional da Prefeitura de Marituba, que tem 60 mil seguidores.

A reação ao vídeo dividiu opiniões nas redes sociais. Em entrevista ao g1, Patrícia rebateu as críticas. "Infelizmente, o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção ou a ineficiência", afirmou.

Aos 37 anos, mãe de três filhos, Patrícia tem trajetória marcada pelo empreendedorismo. Nascida em Bodocó, no sertão de Pernambuco, ela chegou há 16 anos a Marituba, onde começou vendendo utensílios de plástico em feiras livres.

Eleita prefeita pela primeira vez em 2020, ela foi reeleita em 2024 com 71,36% dos votos válidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu maior financiamento internacional para a proteção dos mares e criticou a queda nos recursos destinados ao desenvolvimento sustentável. O chefe do executivo discursou hoje, Dia Mundial do Oceano, no Fórum sobre Oceanos, realizado em Mônaco.

Lula disse que os oceanos movimentam US$ 2,6 trilhões por ano, o que corresponderia à quinta maior economia do planeta, além de regularem o clima e concentrarem 80% das rotas comerciais e 97% do tráfego mundial de dados. Apesar dessa relevância, afirmou, o objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 - voltado à conservação marinha - é um dos menos financiados da Agenda 2030, com um déficit anual estimado em 150 bilhões de dólares.

Segundo o discurso de Lula, a assistência oficial ao desenvolvimento encolheu 7% em 2024, enquanto os gastos militares das nações ricas cresceram 9,4%. "Isso mostra que não falta dinheiro; o que falta é disposição e compromisso político para financiar", afirmou o presidente. Lula anunciou que fará do tema uma das prioridades da sua presidência no G20 e na COP30, em Belém (PA), e destacou o "mapa do caminho Baku-Belém", elaborado com o Azerbaijão, para destravar negociações climáticas.

O presidente citou ainda iniciativas internas, como o Bolsa Verde, que remunera 12 mil famílias em unidades de conservação marinhas, e uma carteira de 70 milhões de dólares do BNDES para a economia azul, que inclui planejamento espacial marinho, recuperação de manguezais e descarbonização da frota naval. O Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, acrescentou, já liberou 2,6 bilhões de dólares para projetos de água e saneamento.

Lula encerrou o discurso convocando um "mutirão" global para cumprir compromissos: "Ou nós agimos, ou o planeta corre risco", afirmou.