Portugal: partido de extrema-direita Chega se torna a principal oposição no parlamento

Internacional
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O partido anti-imigração Chega, de Portugal, obteve mais um ganho político para a extrema-direita europeia nesta quarta-feira, 28, depois de ter conquistado o segundo maior número de assentos no parlamento, o que significa que se tornará o líder da oposição ao novo governo.

Isso quebra o padrão dos principais partidos de centro-direita e centro-esquerda de Portugal, que se alternam entre liderar o governo ou liderar a oposição.

Os avanços do Chega desde a eleição de 18 de maio coincidem com os ganhos das forças de extrema-direita em outros lugares. Na Europa, essas forças incluem o Rally Nacional da França, os Irmãos da Itália e a Alternativa para a Alemanha (AfD), que agora fazem parte da corrente política dominante.

O Chega disputou sua primeira eleição há seis anos, quando conquistou uma cadeira.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou neste sábado, 1, em Paris das eleições de 2026 e disse que a extrema direita não ganhará nas urnas no ano que vem. "A extrema direita não voltará a governar esse País, sobretudo com discurso negacionista, mentiroso e muitas vezes até canalha", disse em coletiva à imprensa.

"Não vai ser a inteligência artificial, a fake news que vai fazer alguém ganhar aquela eleição", afirmou Lula.

Lula foi perguntado sobre como vê o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas eleições do ano que vem, se sairia como candidato a governador de São Paulo, senador ou para presidente. "Você acha que eu seria louco de responder isso agora, aqui em Paris?", questionou Lula.

"Para a construção de candidaturas é muito cedo, pelo menos do meu lado", disse Lula. "Quando chegar o ano que vem eu vou começar a discutir candidaturas. Não sei quem é melhor em que lugar, temos que fazer o mapeamento do Brasil, ver a realidade."

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou, nesta sexta-feira, 6, todos os atos da Operação Lava Jato contra Paulo Bernardo, que foi ministro do Planejamento no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e das Comunicações no governo de Dilma Rousseff.

Paulo Bernado era réu em processos que o acusavam de corrupção, lavagem de dinheiro e por supostamente ter recebido dinheiro de uma empresa contratada pelo ministério do Planejamento enquanto encabeçava a pasta.

A defesa de Paulo Bernardo pediu para que a decisão de anular as condenações do advogado Guilherme Salles, tomada por Dias Toffoli, fosse estendida para o ex-ministro.

Ao encerrar os atos, Toffoli defendeu que "tendo sido reconhecida a existe^ncia de conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes do Ministe´rio Pu´blico a partir de circunsta^ncia objetiva envolvendo o pre´vio acerto entre acusac¸a~o e magistrado para deflagrac¸a~o de operac¸o~es policiais que tinham como alvos o ora requerente, bem como Guilherme de Salles Gonc¸alves".

No ano de 2023, Toffoli anulou provas do acordo de leniência da Odebrecht contra Paulo Bernardo, inviabilizando uma ação contra o ex-ministro em Porto Alegre (RS).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que compreende o calor e a veemência de um dirigente europeu em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. "Até hoje faço a crítica sobre a ocupação da Ucrânia pela Rússia. Acreditamos em um cessar-fogo. Quem não acredita ainda é Rússia e Ucrânia", disse Lula em coletiva de imprensa após sua visita de Estado a Paris.

O presidente segue agora para Mônaco e Nice. "Acho que está mais próximo de um acordo do que parece. Por enquanto, parece que os dois líderes estão com dificuldade de dizer à população o que querem. Eles já sabem o que é possível", acrescentou.

Lula afirmou que todos os dirigentes globais sabem que as condições do acordo estão colocadas. "O que está faltando é coragem de dizer o que querem. É muito difícil parar", observou, comparando com uma greve sindical.

Lula disse que propôs ao presidente da França, Emmanuel Macron, uma conversa com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e com países emergentes. "Ouvir o que o Zelensky tem a dizer, o que o Putin tem a dizer e construir uma proposta de acordo e colocar na mesa. Se eles não estão em condição de dizer o que querem, alguém de fora pode dizer", defendeu, mencionando ser necessário o consentimento dos dois países sobre essa negociação.

Sobre a possível visita de Vladimir Putin ao Brasil para os Brics em julho, Lula disse que a decisão de ir ou não ao fórum é de Putin. "Putin é membro nato do Brics e está convidado porque é membro nato. Ele está condenado por um tribunal e a decisão é dele", afirmou.