Ucrânia: Trump critica Putin e ameaça punir quem comprar petróleo russo

Internacional
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O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste domingo, 30, estar "irritado" e "furioso" com Vladimir Putin por sua abordagem em relação a um cessar-fogo na Ucrânia e ameaçou impor tarifas secundárias a quem comprar petróleo de Moscou se o líder russo não concordar com uma trégua dentro de um mês.

Os comentários, transmitidos durante o programa Meet the Press, da apresentadora Kristen Welker, refletiram uma conversa que ela disse ter tido horas antes com Trump, na qual ele sinalizou crescente impaciência com as negociações. O republicano disse a ela que poderia impor tarifas de 25% a 50% sobre as exportações de petróleo russo a "qualquer momento" e acrescentou que planejava falar com Putin esta semana.

"Se a Rússia e eu não conseguirmos fazer um acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia, e se eu achar que foi culpa da Rússia - o que pode não ser - mas se eu achar que foi, vou impor tarifas secundárias sobre o petróleo, sobre todo o petróleo saindo da Rússia", disse Trump.

Segundo ele, quem comprar petróleo de Moscou não poderá fazer negócios com os EUA. O presidente americano já se referiu anteriormente a sanções secundárias como impostos sobre importações de países que compram produtos de uma nação que ele tem visado em sua política externa. A Casa Branca não emitiu comentários.

Trump pressiona pelo fim da guerra de mais de três anos entre Rússia e Ucrânia, mas não conseguiu chegar a um cessar-fogo, apesar das negociações com ambos os lados.

ESTAGNADO

Os comentários deste domingo contrastam com seu alinhamento com Putin, apesar do apoio oferecido pelos EUA à Ucrânia. Desde que assumiu o cargo, Trump recusou-se a reconhecer que foi a Rússia quem começou a guerra, chamou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, de ditador e o acusou de não querer a paz.

Putin rejeitou um plano dos EUA e da Ucrânia para um cessar-fogo de 30 dias e, na sexta-feira, sugeriu que Zelenski deveria renunciar como parte de um processo de paz.

A Ucrânia acusa a Rússia de atrasar as negociações, enquanto continua sua ofensiva militar. No fim de semana, houve novos ataques na cidade fronteiriça de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Falando para um público de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista neste domingo, 3, o pastor Silas Malafaia deu um recado direto aos governadores que se colocam na lista de herdeiros do capital político do inelegível ex-presidente da República nas eleições do próximo ano.

Afirmando que não iria deixar "passar nada", Malafaia questionou: "Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Onde eles estão? Era para estarem aqui!"

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não participaram de nenhuma das manifestações que ocorreram em diversas cidades do País neste domingo.

Nenhum deles publicou nas redes sociais nada relacionado aos protestos em favor do ex-presidente, réu por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), e pivô de uma guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O norte-americano também puniu o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, com Lei Magnitsky, sanção usada contra ditadores e violadores de direitos humanos.

"Isso prova que Bolsonaro é insubstituível! Vão enganar trouxa! E eu não sou trouxa. Estão com medo do STF, né? Por isso não vieram. Arrumaram desculpa, né? Por isso, minha gente, 2026 é Bolsonaro", gritou o pastor.

Bolsonaro segue inelegível por condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, portanto, mesmo que não seja preso e se candidate, não conseguirá continuar com a candidatura.

Tarcísio, o melhor colocado da direita nas pesquisas de intenção de voto, afirmou na quinta-feira, 31, que passaria por procedimento médico e por isso faltaria ao evento. Após o fim da manifestação, a assessoria do governador afirmou que a intervenção ocorreu sem intercorrências, que Tarcísio tem alta prevista para esta mesma noite e que na segunda-feira terá agenda interna no Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), esteve presente e acenou ao público, mas não discursou. Já o vice, Coronel Mello Araújo (PL), indicação de Bolsonaro na chapa com o emedebista, criticou senadores "por não fazerem a lição de casa", justificando as sanções norte-americanas contra o País anunciadas na última quarta-feira como resultado da falta de ação dos parlamentares em pautarem a anistia a Bolsonaro.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou neste domingo, 3, em Brasília, com Fidel Antonio Castro Smirnov, o "Fidelito" - neto do líder cubano Fidel Castro, que morreu em 2016.

Um registro que mostra Lula e Fidelito foi publicado pelo prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (PT), que afirmou ser um dos responsáveis pelo "encontro simbólico", durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT. "O Congresso também foi marcado por um encontro simbólico que ajudei a construir: o abraço entre Lula e Fidelito, neto de Fidel. Um gesto de afeto e história, que agora se transforma em futuro. Fidelito vai desenvolver pesquisas em medicina nuclear em Maricá. Seguimos firmes, com ousadia, projeto e pé no povo!", escreveu.

O evento reuniu lideranças petistas, como a ex-presidente do PT e atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o novo presidente do partido, Edinho Silva.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi submetido na tarde deste domingo, 3, a um procedimento de radioablação na tireoide por ultrassonografia. A intervenção aconteceu sem intercorrências, afirma nota oficial do governo de São Paulo divulgada neste domingo. Segundo especialistas, este tipo de procedimento é feito para destruir nódulos na tireoide.

Tarcísio cumprirá na segunda-feira, 4, agenda interna no gabinete no Palácio dos Bandeirantes.

Ele não foi à manifestação bolsonarista realizada neste domingo na Avenida Paulista por causa do procedimento.