Malásia aprova nova busca por avião que desapareceu com 239 pessoas a bordo há mais 10 anos

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O governo da Malásia deu aprovação final para que uma empresa de robótica marinha do Texas (EUA) retome as buscas pelo voo Malaysia Airlines MH370, que desapareceu há mais de dez anos. Acredita-se que a aeronave caiu no sul do Oceano Índico.

Ministros do gabinete concordaram com os termos e condições de um contrato baseado na política "no-find, no-fee" (sem achado, sem pagamento) com a empresa Ocean Infinity, também do Texas. A nova operação de busca no fundo do mar será realizada em uma área de 15 mil quilômetros quadrados no oceano, informou o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, em um comunicado na quarta-feira, 19.

A Ocean Infinity receberá US$ 70 milhões apenas se os destroços forem encontrados.

O avião Boeing 777 desapareceu dos radares logo após decolar em 8 de março de 2014, transportando 239 pessoas, a maioria cidadãos chineses, em um voo de Kuala Lumpur, capital da Malásia, para Pequim, capital da China. Dados de satélite indicam que a aeronave desviou da rota e seguiu para o extremo sul do Oceano Índico, onde acredita-se que tenha caído.

Uma extensa e cara operação de busca multinacional falhou em localizar o avião, embora destroços tenham sido encontrados na costa leste da África e em ilhas do Oceano Índico. Uma busca privada realizada em 2018 pela Ocean Infinity também não obteve sucesso.

A aprovação final para a nova busca veio três meses após a Malásia ter dado um aval inicial para os planos de retomar as operações. O CEO da Ocean Infinity, Oliver Plunkett, afirmou anteriormente que a empresa aprimorou sua tecnologia desde 2018 e que especialistas analisaram novos dados, reduzindo a área mais provável para a localização dos destroços.

O ministro Anthony Loke disse que o contrato será formalizado em breve, mas não revelou detalhes sobre os termos. A empresa já teria enviado um navio para a área e indicou que o período entre janeiro e abril é o mais adequado para a busca.

"O governo está comprometido em continuar a operação de busca e em proporcionar um desfecho para as famílias dos passageiros do voo MH370", afirmou Loke no comunicado.

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Falando para um público de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista neste domingo, 3, o pastor Silas Malafaia deu um recado direto aos governadores que se colocam na lista de herdeiros do capital político do inelegível ex-presidente da República nas eleições do próximo ano.

Afirmando que não iria deixar "passar nada", Malafaia questionou: "Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Onde eles estão? Era para estarem aqui!"

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não participaram de nenhuma das manifestações que ocorreram em diversas cidades do País neste domingo.

Nenhum deles publicou nas redes sociais nada relacionado aos protestos em favor do ex-presidente, réu por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), e pivô de uma guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O norte-americano também puniu o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, com Lei Magnitsky, sanção usada contra ditadores e violadores de direitos humanos.

"Isso prova que Bolsonaro é insubstituível! Vão enganar trouxa! E eu não sou trouxa. Estão com medo do STF, né? Por isso não vieram. Arrumaram desculpa, né? Por isso, minha gente, 2026 é Bolsonaro", gritou o pastor.

Bolsonaro segue inelegível por condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, portanto, mesmo que não seja preso e se candidate, não conseguirá continuar com a candidatura.

Tarcísio, o melhor colocado da direita nas pesquisas de intenção de voto, afirmou na quinta-feira, 31, que passaria por procedimento médico e por isso faltaria ao evento. Após o fim da manifestação, a assessoria do governador afirmou que a intervenção ocorreu sem intercorrências, que Tarcísio tem alta prevista para esta mesma noite e que na segunda-feira terá agenda interna no Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), esteve presente e acenou ao público, mas não discursou. Já o vice, Coronel Mello Araújo (PL), indicação de Bolsonaro na chapa com o emedebista, criticou senadores "por não fazerem a lição de casa", justificando as sanções norte-americanas contra o País anunciadas na última quarta-feira como resultado da falta de ação dos parlamentares em pautarem a anistia a Bolsonaro.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou neste domingo, 3, em Brasília, com Fidel Antonio Castro Smirnov, o "Fidelito" - neto do líder cubano Fidel Castro, que morreu em 2016.

Um registro que mostra Lula e Fidelito foi publicado pelo prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (PT), que afirmou ser um dos responsáveis pelo "encontro simbólico", durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT. "O Congresso também foi marcado por um encontro simbólico que ajudei a construir: o abraço entre Lula e Fidelito, neto de Fidel. Um gesto de afeto e história, que agora se transforma em futuro. Fidelito vai desenvolver pesquisas em medicina nuclear em Maricá. Seguimos firmes, com ousadia, projeto e pé no povo!", escreveu.

O evento reuniu lideranças petistas, como a ex-presidente do PT e atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o novo presidente do partido, Edinho Silva.

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Tarcísio cumprirá na segunda-feira, 4, agenda interna no gabinete no Palácio dos Bandeirantes.

Ele não foi à manifestação bolsonarista realizada neste domingo na Avenida Paulista por causa do procedimento.