JD Vance diz crer que está 'à beira da paz' na Europa, como nunca se esteve há anos

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou que o presidente norte-americano, Donald Trump, quer levar uma "paz duradoura" para a Europa e que esse objetivo é um interesse para a Rússia, para a Ucrânia, além dos europeus e norte-americanos. Ao participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), nesta quinta-feira, ele disse que acredita estar "à beira da paz" na região, como nunca se esteve há anos.

Na ocasião, ele disse que é preciso retomar o crescimento econômico americano, mas que ainda há trabalho a ser feito com a inflação, o que, na avaliação dele, foi prejudicada pela administração do antecessor democrata, Joe Biden.

"Não podemos reconstruir os EUA deixando imigrantes ilegais entrarem no nosso país", afirmou o vice-presidente norte-americano.

JD Vance ressaltou a intenção de aumentar a perfuração em poços de petróleo e que as negociações sobre o projeto de lei do orçamento "estão indo bem".

Em outra categoria

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) elogiou a postura do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), por votar contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seu perfil no Instagram, na terça-feira, 22, Michelle fez um trocadilho com o nome do único ministro a votar contra as determinações: "Fux está sendo um facho de 'lux' no STF?!". A maioria da Primeiro Turma confirmou as restrições.

Fux divergiu da maioria da Primeira Turma do Supremo sobre a decisão de impor restrições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente. Em cinco páginas, o ministro avaliou que "a decisão pode se revestir de julgamento antecipado" e mencionou restrição à "liberdade de expressão".

Fux afirmou que "a amplitude das medidas impostas" é desproporcional aos direitos do réu, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão. Para o ministro, os requisitos que embasariam a imposição de medidas do tipo não foram demonstrados na conduta de Jair Bolsonaro.

O ministro não concordou com a avaliação dos demais magistrados de que o ex-presidente apresentava risco de fuga. Fux também não viu indícios de que Bolsonaro articulou sanções ao País com autoridades estrangeiras, tentando coagir o curso do processo que responde na Corte por tentativa de golpe de Estado. Além disso, o ministro não concordou com a restrição de acesso às redes entendendo que restringe de forma desproporcional a liberdade de expressão de Bolsonaro.

Fux apresentou seu voto nesta segunda-feira, 21. A Primeira Turma já havia formado maioria para manter as cautelares desde sexta. O placar foi de 4 a 1. Moraes foi seguido por Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A sessão ocorreu no plenário virtual, modalidade de votação em que os ministros emitem seus votos de forma eletrônica.

O magistrado decidiu esperar até os últimos minutos para se manifestar sobre o caso. O regimento interno da Corte prevê que, caso um ministro não apresente o voto no plenário virtual em tempo hábil, ele seja computado como ausente.

Esta não é a primeira vez que Michelle elogia Luiz Fux. No julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, que ficou conhecida por desenhar com batom a frase "Perdeu, mané" na estátua da Justiça, Moraes defendeu pena de 14 anos de prisão. Em paralelo, Fux sugeriu a pena de ano e seis meses. A posição de Moraes saiu vitoriosa, mas a postura de Fux rendeu elogio da ex-primeira-dama.

"Não podemos desistir da nossa nação, nós somos cristãos, acreditamos em Deus, acreditamos que o sol da justiça vai voltar no nosso Brasil. Porque a balança só pende para um lado?", disse Michelle em discurso durante um ato pró-anistia, em Brasília. "Aqui, um agradecimento ao ministro Luiz Fux, que foi sensato em seu voto em favor de Débora. Muito obrigada", concluiu.

As vésperas de partir para os Estados Unidos, a comitiva de senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) quer reabrir "canais de diálogo" após o tarifaço do presidente Donald Trump e elencou seis objetivos principais para a missão. Os senadores terão reuniões com parlamentares democratas e republicanos, empresários e especialistas em comércio.

Entre as prioridades do grupo está a promoção de uma "interlocução direta" entre os Poderes Legislativos de ambos os países, assim como a defesa dos setores produtivos que foram afetadas pelas novas tarifas anunciadas por Trump - especialmente os que tiveram maior impacto, como agropecuária, metalurgia, energia e indústria de transformação.

A comitiva também quer "reforçar a previsibilidade e a segurança jurídica nas relações econômicas bilaterais" e apresentar o "posicionamento institucional do Senado como alternativa propositiva e responsável frente ao atual cenário geopolítico". Há a intenção ainda de prospectar caminhos para a cooperação bilateral em áreas estratégicas como bioenergia, infraestrutura, inovação tecnológica e sustentabilidade.

Na lista de objetivos do grupo consta ainda a missão de "preparar o terreno" para um grupo interparlamentar permanente Brasil-Estados Unidos, que seria voltado à diplomacia econômica e à articulação de medidas legislativas frente a disputas comerciais internacionais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 24, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fugiu do País como um "rato" após planejar um golpe de Estado para impedir a posse do petista. Lula afirmou ainda que Bolsonaro pediu ao filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para ir aos Estados Unidos pedir uma intervenção do presidente americano, Donald Trump. Ele ainda chamou o deputado federal licenciado de "moleque irresponsável".

"O cara que tentou dar um golpe, para não dar posse para mim e não teve vontade de me esperar, fugiu como um rato foge, fez as bobagens que fez, e mandou o filho dele, sair de deputado federal e ir para Washington pedir para que o presidente Trump intervenha no Brasil", afirmou Lula.

O presidente disse ainda que a iniciativa da família Bolsonaro é "falta de caráter e coragem" e declarou que Bolsonaro deve ser punido pelos crimes pelos quais está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "É uma vergonha, isso é uma falta de caráter, é falta de coragem. Fez as 'm...' que fez? Pague pelas 'm..' que fez, e respeite o povo brasileiro", afirmou o presidente.

Lula também comparou a situação atual com o processo condenatório dele na Operação Lava Jato. O presidente disse que recebeu convites para sair do Brasil e pedir asilo a embaixadas, mas preferiu ficar no País. Quando preso, o petista disse que se negou a utilizar tornozeleira eletrônica e ir para a prisão domiciliar.

"Tinha gente que falava assim: 'Lula, vai para o exterior', 'Lula vai para uma embaixada', e eu dizia: 'um cara que não morreu de fome até os cinco anos de idade e sobreviveu, não vai correr, não. Eu vou provar a minha inocência", afirmou o presidente.

Lula ainda afirmou que, se a Justiça decidir, Bolsonaro "vai para o xilindró". "Nem sei como aquele cara chegou a ser tenente do Exército. Se borrou todo. Perdeu as eleições, ficou dentro de casa chorando, chorando: 'Ah, não podemos deixar o Lula tomar posse, não podemos deixar". Preparou um golpe, nós ficamos sabendo, a polícia investigou. Eles mesmo se delataram, agora ele foi indiciado, o procurador-geral pediu a condenação dele e ele vai, sim senhor, se a Justiça decidir, com base nos autos do processo, ele vai para o xilindró."

Lula também mirou no filho de Bolsonaro, Eduardo, ironizando a posição adotada nos Estados Unidos em prol de sanções ao Brasil. "Ele (Bolsonaro) manda o filho para os Estads Unidos. O filho é deputado federal. O filho abandona o mandato de deputado e vai para os Estados Unidos e fica, não sei se perto do filho do Trump, não sei se perto de não sei quem do Trump, fica: 'Solta meu pai, solta meu pai. Ajuda o meu pai, ajuda meu pai'. Coisa de moleque irresponsável, que na hora de falar m... na internet ele não tem responsabilidade", disparou.

Nesta quinta-feira, Lula anunciou medidas interministeriais nas áreas de educação, igualdade racial, direitos humanos e povos indígenas. A cerimônia ocorreu no município de Minas Novas (MG), no Vale do Jequitinhonha.