Manifestantes pedem boicote à Tesla por atitudes controversas de Musk no governo Trump

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Uma série de protestos à concessionárias da Tesla aconteceu neste sábado, 15, em diversos pontos da baía de São Francisco, na região do Vale do Silício. Pessoas que protestam na frente das lojas pedem por um boicote da empresa de Elon Musk, afirmando que o bilionário tem tomado medidas retrógradas na Casa Branca, onde passa a maior parte do tempo como um dos conselheiros mais próximos de Donald Trump.

Com placas que acusam Musk de nazista, manifestantes tomaram calçadas das lojas da Tesla em cidades como São Francisco, San Jose, Los Gatos e Sunnyvale. A Califórnia é o estado com maior número de carros elétricos dos EUA e um mercado importante para a empresa de Musk. Uma das fábricas da empresa também está localizada no estado, na cidade de Freemont.

Os pedidos de boicote tinham como justificativa os cortes liderados por Musk no governo, principalmente em departamentos que incentivavam ações de diversidade e inclusão. Manifestantes também afirmam que a empreitada de Musk no governo americano tem desvirtuado a missão da Tesla em relação aos objetivos dos carros elétricos na Califórnia.

Os protestos têm acontecido ao longo de toda a última semana na região de São Francisco e em, em menor escala, outras cidades dos EUA, com dezenas de pessoas com placas pedindo mudanças de Musk.

Mesmo sem os boicotes, a Tesla tem visto a consequência de seu posicionamento nas vendas de seus carros na Califórnia. O estado, majoritariamente democrata, viu a venda de carros da Tesla cair em cerca de 12% no ano passado, quando Musk se aliou publicamente à campanha para a presidência de Trump.

"Nunca, em um milhão de anos, pensei que nosso país fosse chegar a esse ponto", afirmou uma das manifestantes que estava ao lado de fora de uma das concessionárias, em São Francisco, de acordo com o jornal local The Mercury News.

Em outra categoria

Para ex-presidente, contato entre chefes de governo do Brasil e dos EUA é difícil, mas precisa ser tentado.

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), se manifestou nesta quarta-feira, 23, sobre a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. Temer disse que a medida tomada pelo presidente americano, Donald Trump, é "despropositada" e classificou como "lamentável, injustificável e inadmissível" a revogação de vistos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um vídeo de pouco mais de dois minutos, o emedebista defendeu o diálogo como a principal saída para a crise, afirmou que momentos sombrios exigem sobriedade e que é necessário buscar consensos primeiro "dentro de casa" para depois "atravessar fronteiras".

Sem citar nominalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Trump, Temer opinou que é preciso ao menos tentar estabelecer um contato entre os dois presidentes.

"São inadequações que não se resolvem, contudo, com bravatas, com ameaças, com retruques, com agressões. Resolve-se pelo diálogo que se faz entre nações, especialmente nações parceiras. E o diálogo se faz pelos mais variados meios; pela diplomacia tradicional, pelo contato dos legislativos e, naturalmente, pela interlocução entre os chefes dos respectivos governos. É difícil? No caso, pode ser, mas não pode deixar de ser tentado", afirmou o ex-presidente.

Segundo ele, o Brasil precisa se portar com bom senso e cálculo estratégico para evitar que a crise se transforme em um confronto entre brasileiros ou entre países.

"Devemos agir e reagir como uma nação livre e soberana que somos, sem excessos de ambas as partes e sempre rigorosamente guiados pelos tratados internacionais e pela nossa Constituição", continuou Temer.

A tarifa entra em vigor no dia 1º de agosto. Uma comitiva de oito senadores brasileiros viajará aos Estados Unidos na sexta-feira, 25, para debater o assunto com empresários e parlamentares americanos. Em uma publicação no X, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que a missão está "fadada ao fracasso" e que a solução para reverter o tarifaço é uma anistia "ampla, geral e irrestrita".

O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) foi condenado nesta terça-feira, 22, a oito anos de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral. É a terceira vez que ele é condenado por crimes praticados nas eleições de 2024, quando disputou a Prefeitura de São Paulo. Procurado, Marçal diz estar confiante de que a decisão será revista nas instâncias superiores.

A sentença contra o influenciador foi proferida pelo juiz eleitoral Antônio Maria Patiño Zord, da 1.ª Zona Eleitoral. O magistrado analisou duas ações de modo simultâneo, concluindo que Marçal praticou abuso de poder econômico, captação e gastos ilícitos e uso indevido dos meios de comunicação social.

As ações foram protocoladas pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), da então candidata à Prefeitura Tabata Amaral, e pela vereadora Silvia Ferraro (PSOL). As denúncias apontam que o ex-coach promoveu sorteios nas redes sociais, atacou adversários e questionou a lisura do processo eleitoral.

Na sentença, Zord julgou parcialmente procedente as acusações contra Marçal. O magistrado, no entanto, absolveu Antônia de Jesus (PRTB), candidata a vice na chapa encabeçada pelo ex-coach. A condenação é de primeira instância, e cabe recurso.

Por meio de sua assessoria, Marçal afirmou que recebeu com serenidade a decisão. "Embora respeite o posicionamento da Justiça Eleitoral, reafirmo minha total convicção de que sou inocente e reforço que os recursos cabíveis serão apresentados no tempo certo. Sigo confiante na revisão dessa decisão pelas instâncias superiores".

Em abril deste ano, Marçal já havia sido condenado pela 1.ª Zona Eleitoral. Na ocasião, o ex-coach foi sentenciado a multa de R$ 420 mil, além de oito anos de inelegibilidade. A decisão também apontou a pratica de abuso de poder econômico, captação ilícita de recurso e uso indevido de meio de comunicação social.

"Pablo Marçal buscou garantir uma alavancamento da sua presença nas redes sociais por meio de mecanismos ilícitos correspondentes ao concurso de 'cortes' de seus vídeos para fins de estimular impulsionamento de propaganda eleitoral de terceiros com a promessa de pagamento de prêmio aos vencedores ficando, desta forma, caracterizado o abuso de poder econômico", escreveu Zord, na segunda sentença contra Marçal.

Já primeira condenação de Marçal ocorreu em fevereiro deste ano em ação movida pelo PSB e pelo PSOL após Marçal divulgar um vídeo em que diz que venderia seu apoio a candidatos a vereador de "perfil de direita" em troca de doação de R$ 5.000 para sua campanha. A decisão também o declarou inelegível por oito anos. As condenações, porém, não são acumulativas.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveram ações nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 22 Estados nesta quarta-feira, 23. A autarquia é responsável pela política agrária no Brasil, e os atos são mais um movimento com o objetivo de pressionar o governo pela reforma agrária. O MST também se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mesmo dia.

"Entre as pautas levadas ao governo estão a criação e estruturação de novos assentamentos, acesso ao crédito e políticas públicas para a produção de alimentos saudáveis, além de moradia, educação e infraestrutura para as famílias do campo", afirma a organização em post no Instagram.

Em São Paulo, 300 militantes do MST invadiram o Incra enquanto perguntavam "Lula, cadê a reforma agrária?". De acordo com o movimento, as ocupações também foram registradas em Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Maranhão, Pará e Roraima.

MST enviou carta em que pedia rapidez reforma agrária, ministério rebateu

O MST intensificou os atos na "Semana Camponesa", mobilização nacional da entidade que deve se estender até o dia 25. Na segunda, 21, o movimento divulgou uma carta aberta na qual cobrava avanços na reforma agrária e dizia que "soberania nacional só é possível com soberania alimentar", fazendo alusão à campanha que Lula encampa em prol da soberania do País após o tarifaço de Donald Trump.

No mesmo dia, o Ministério do Desenvolvimento Agrário respondeu o movimento e negou demora para regularizar terras. "Ao contrário do que diz a carta do MST, a reforma agrária no Brasil retomou o ritmo dos dois primeiros governos do presidente Lula", escreveu a pasta.

"Em 2025 foram obtidos e disponibilizados 13.944 novos lotes para assentamentos, número comparável aos dos governos Lula 1 e 2", acrescentou.

O MST tem adotado a soberania nacional como mote e relacionado o tema com a reforma agrária. "Representantes de diversos acampamentos e assentamentos do Tocantins reforçam a importância da Reforma Agrária Popular como política estratégica para a soberania alimentar e justiça social", escreveu a entidade em uma das publicações que anunciou as ocupações.

A entidade também divulgou uma carta em defesa da soberania nacional no Instagram.