Líderes mundiais se reúnem em Paris para discutir futuro da IA

Internacional
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Líderes mundiais se reúnem a partir desta segunda-feira, 10, em Paris para uma cúpula sobre inteligência artificial (IA). Além de chefes de Estado, autoridades governamentais, CEOs e cientistas de cerca de 100 países também participam do encontro internacional de dois dias.

Entre os participantes de destaque estão o vice-presidente dos EUA, JD Vance, em sua primeira viagem internacional desde que assumiu o cargo, e o vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Guoqing. Em entrevista à televisão nacional France 2, no domingo, 9, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que "estamos vivendo uma revolução tecnológica e científica como raramente vimos".

Segundo Macron, a França e a Europa devem aproveitar essa oportunidade pois a IA "nos permitirá viver melhor, aprender melhor, trabalhar melhor, cuidar melhor, e cabe a nós colocar essa inteligência artificial a serviço dos seres humanos".

A cúpula oferece a alguns líderes europeus a chance de se reunir com Vance pela primeira vez. O vice-presidente americano viajou acompanhado de sua esposa e três filhos. Na terça-feira, 11, ele terá um almoço de trabalho com Macron, onde as discussões sobre a Ucrânia e o Oriente Médio estarão na pauta. Vance, assim como o presidente Donald Trump, questionou os gastos dos EUA com a Ucrânia e a abordagem de isolar o presidente russo Vladimir Putin.

Além disso, Vance participará da Conferência de Segurança de Munique, no final da semana, onde pode se encontrar com o presidente ucraniano Volodymir Zelenski.

A cúpula, que reúne grandes empresas como Google, Microsoft e OpenAI, busca impulsionar os avanços da IA em áreas como saúde, educação, meio ambiente e cultura. Durante o evento, será lançada uma parceria global público-privada chamada "Current AI", com o objetivo de apoiar iniciativas em grande escala que atendam ao interesse coletivo. Fonte: Associated Press.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 47,8% das intenções de voto contra 44,2% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, em pesquisa AtlasIntel/Bloomberg sobre a disputa presidencial de 2026 divulgada nesta quinta-feira, 31.

O levantamento indica um crescimento 3,2 pontos porcentuais de Lula e uma queda de 2,2 pontos porcentuais de Bolsonaro, ante a última sondagem. Segundo a Atlas/Bloomberg, é a primeira vez, desde janeiro, que Lula aparece à frente de Bolsonaro neste cenário, que reproduz a disputa de 2022.

Em terceiro lugar, aparece o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 3,2%. Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), 1,4%. Votos em branco e nulos somam 1,7%.

Quando o nome de Bolsonaro é substituído por quatro presidenciáveis do campo da direita, Lula fica com 48,5%. Ante a última pesquisa, de junho, Lula subiu 3,9 pontos porcentuais.

Neste cenário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem 33%, ante 34% do último levantamento. Em seguida, mas distantes, aparecem os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 3,6%, de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 3,6%, e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 3%.

Depois, vem Ciro, com 2,9%. Pablo Marçal, que foi julgado inelegível, aparece com 2,2%. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), tem 0,4%, Não sabem, votos em branco ou nulos somam 2,8%.

A AtlasIntel/Bloomberg também pesquisou um cenário com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), mas sem Jair Bolsonaro e Tarcísio. Neste recorte, Lula tem 48,5%, enquanto Michelle aparece com 29,7%. Zema aparece com 6,6%, Caiado com 4,6%, Ratinho Júnior com 4,2%, Ciro com 2,8%, Marçal com 1,7% e Leite com 0,6%. Não sabem, votos em branco ou nulos são 1,6%.

Com Fernando Haddad (PT) no lugar de Lula, o ministro da Fazenda fica com 34,2%. Neste recorte, Tarcísio tem 33,8%, Ciro 8,5%, Zema 4%, Leite 3%, Ratinho 2,9%, Caiado 2,8% e Marçal 1,7%. Não sabem, votos em branco e nulos somam 9%.

Segundo turno

Em cenários de segundo turno, nos números apurados pela pesquisa, Lula venceria todos os adversários.

- Lula (50,4%) x Tarcísio (46,6%);

- Lula (50,6%) x Michele (45,9%);

- Lula (50,1%) x Jair Bolsonaro (46,3%);

- Lula (50,7%) x Zema (40,6%);

- Lula (50,3%) x Caiado (39,7%);

- Lula (50,5%) x Ratinho Júnior (39,7%);

- Lula (49,6%) x Leite (25,7%).

A pesquisa faz parte do relatório Latam Pulse, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica do País. O levantamento foi realizado com 7.334 respondentes em recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiança, de 95%. O período de coleta foi de 25 a 28 de julho.

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defendeu nesta quarta-feira, 30, uma "solução equilibrada" para o tarifaço a produtos brasileiros promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O parlamentar saiu em defesa do Poder Judiciário, "elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável".

"O Parlamento acompanha de perto cada desdobramento dessa questão, em conjunto com o Executivo e o Judiciário, para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas", diz o posicionamento assinado por Davi Alcolumbre. "O caminho da cooperação internacional deve prevalecer, com o objetivo de restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações."

Mais cedo na quarta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rechaçou a aplicação de sanções contra autoridades do País. Sem fazer referência ao tarifaço de Trump, Motta frisou que a democracia é sustentada pelo Executivo, pelo Legislativo e pelo Judiciário e que estes devem atuar com "independência e harmonia".

O governo Trump incluiu Alexandre de Moraes na lista de sancionados pela Lei Magnitsky nesta quarta-feira. É a primeira autoridade de um país democrático a ser punida com a medida, criada para restringir direitos de violadores graves de direitos humanos, como condenados por tortura, tráfico humano e assassinatos em série.

Horas depois de sancionar Moraes, o governo americano ratificou a imposição de tarifas de 50% às importações do Brasil. Quase 700 produtos foram incluídos como exceção e serão isentos da taxa. Entre as principais mercadores prejudicadas, estão o café e as carnes. Um cálculo preliminar da consultoria Leme Consultores aponta que as 694 exceções da gestão Trump atenuam os efeitos do tarifaço em 41%.

Uma comitiva de senadores desembarcou nos Estados Unidos no início da semana para tentar reverter a imposição das tarifas. Em nota, a comitiva diz que "todas as agendas da delegação foram voltadas à reconstrução do diálogo político" entre os parlamentares dos dois países. Se confirmadas, as taxas passam a valer a partir de 6 de agosto.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, participa nesta quinta-feira, 31, do programa da Ana Maria Braga, na TV Globo. A entrevista ocorre um dia após a oficialização da tarifa de 50% a produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Alckmin afirmou que o governo Lula continua com as negociações com os Estados Unidos e a intenção é aumentar o comércio com o país. "Negociações começam hoje", disse.

"Nós não criamos o problema, mas queremos resolver", afirmou o vice-presidente, destacando que um contato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente dos EUA precisa de uma preparação.

"Vamos trabalhar para preservar empregos, produções e para avançar em mercados", afirmou.