Diplomatas da China e Índia pedem mais apoio mútuo, sem mencionar disputa de fronteira

Internacional
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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o alto funcionário das Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, pediram que seus países forneçam mais apoio um ao outro, em reunião nesta segunda-feira, 27, em Pequim. No entanto, a disputa de longa data na fronteira do Himalaia não foi mencionada.

O representante chinês disse que os lados devem "aproveitar a oportunidade, encontrar um ao outro no meio do caminho e se esforçar para entender, apoiar e alcançar um ao outro, em vez de suspeitar e 'consumir' um ao outro", informou a agência oficial de notícias chinesa Xinhua.

No ano passado, o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, se encontraram na Rússia e, dois dias antes da reunião entre os líderes, a Índia anunciou que os dois lados concordaram com um pacto sobre patrulhas militares ao longo de sua fronteira disputada no Himalaia após um aumento nas tensões que começou com um confronto mortal em 2020. Desde então, a relação entre os países é "estável". Fonte: Associated Press.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que vai comparecer à motociata em Brasília na tarde desta terça-feira, 29, mas que não fará o trajeto de moto, como costumava fazer em outras manifestações. A presença do ex-chefe do Executivo no evento foi confirmada pelo Partido Liberal (PL), que convida apoiadores a participarem do ato.

"Vou participar do evento. Sou motociclista, mas não devo participar da motociata, não", disse Bolsonaro na sede do Partido Liberal nesta segunda-feira, 28.

O ex-presidente não quis dar mais detalhes sobre sua presença no ato. "Quer que eu vá para a cadeia amanhã (hoje, terça)?", questionou aos jornalistas, em referência as medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Além de usar tornozeleira eletrônica, Bolsonaro não pode se comunicar via rede social própria ou de terceiros.

Na manhã desta terça-feira, 29, Bolsonaro falou novamente sobre a motociata, reafirmando que estará no local, mas que não seguirá o trajeto pilotando uma moto. Desta vez, justificou que, por questões de saúde, está sob "medida restritiva da dona Michelle", sua esposa.

A presença do ex-chefe do Executivo no evento Capital Moto Week foi confirmada no Instagram do PL e em feitas no X (antigo Twitter) de parlamentares apoiadores de Bolsonaro, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é líder da sigla na Câmara dos Deputados, e o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

As motociatas são eventos recorrentes dos apoiadores de Jair Bolsonaro. O ex-presidente realizava reuniões do tipo em diversas regiões do País em uma tentativa de demonstrar força política, inclusive durante a pandemia de covid-19, época em que as aglomerações eram proibidas.

Agora, no entanto, o ex-presidente participará do evento sob medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. De acordo com as restrições impostas pelo STF, Bolsonaro precisa praticar recolhimento domiciliar no período noturno, a partir das 19h às 6h, de segunda a sexta-feira, e de forma integral nos fins de semana.

A segurança será reforçada nos arredores da Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante a motociata marcada para a tarde desta terça-feira, 29, com presença confirmada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento, que terá concentração na Granja do Torto, às 15h, está sendo divulgado pelo Partido Liberal (PL), com convite a apoiadores do ex-chefe do Executivo.

Mesmo sem previsão de que os motociclistas passem pelos arredores do Supremo Tribunal Federal (STF), a segurança perto do prédio deve ser reforçada com o apoio de policiais judiciais e da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).

"A concentração da motociata será na parte externa do Brasília Capital Moto Week, na Granja do Torto, segue pelo Eixo Norte, vai até a Rodoviária, contorna pelo Eixão Norte até a Granja do torto novamente. Haverá o fechamento da N1 e S1, alça Leste (trecho a partir do Museu da República)", diz a Secretaria.

As equipes de segurança pretendem adotar uma "abordagem equilibrada" para que o evento ocorra sem representar riscos ao STF, localizado na Praça dos Três Poderes. De acordo com a pasta, os atos serão monitorados para que ocorram "respeitados os limites constitucionais".

A Praça dos Três Poderes está cercada por grades desde o último sábado, 26, quando deputados acamparam em protesto contra as medidas aplicadas a Jair Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.

Na determinação do cercamento do local, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que o isolamento da Praça dos Três Poderes tem o objetivo de evitar um novo ataque, como o de 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram os prédios públicos, pedindo intervenção militar.

Bolsonaro na motociata

A presença do ex-presidente no evento foi confirmada no Instagram do PL e por publicações feitas no X (antigo Twitter) de parlamentares que são apoiadores de Bolsonaro, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da sigla na Câmara dos Deputados, e o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

As motociatas são eventos recorrentes dos apoiadores de Jair Bolsonaro. O ex-presidente realizava reuniões do tipo em diversas regiões do País em uma tentativa de demonstrar força política, inclusive durante a pandemia de covid-19, época em que as aglomerações eram proibidas.

Agora, no entanto, o ex-presidente participará do evento sob medidas cautelares. De acordo com as restrições impostas pelo STF, Bolsonaro precisa praticar recolhimento domiciliar no período noturno, a partir das 19h às 6h, de segunda a sexta-feira, e de forma integral nos fins de semana.

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado, rejeitou dois pedidos de impeachment apresentados contra o governador Tarcísio de Freitas, movidos por deputados do PSOL. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 28.

O pedido mais recente foi feito na última semana por cinco deputados estaduais da bancada e acusava o governador de crime de responsabilidade por ter repostado mensagens autoritárias e ameaçadoras à soberania brasileira após a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, além de tentar intermediar a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro - investigado pelo STF por tentativa de golpe de Estado - aos Estados Unidos, entre outras acusações.

Na decisão, André do Prado afirmou que as mensagens repostadas por Tarcísio ocorreram antes do anúncio oficial da tarifa de 50% e não configuram afronta à soberania nacional. Sobre a acusação de que o governador teria intermediado a ida de Bolsonaro aos Estados Unidos, o despacho sustenta que não há provas de interferência no Supremo Tribunal Federal nem registro formal de pedido que justificasse a denúncia.

O primeiro pedido havia sido protocolado no início de julho pela deputada Ediane Maria (PSOL) e acusava o governador de crime de responsabilidade por participar de uma manifestação ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, no dia 29 de junho. A denúncia também citava publicações feitas por Tarcísio em suas redes sociais, nas quais ele afirmava que "Jair Messias Bolsonaro deve ser julgado somente pelo povo brasileiro, durante as eleições" e compartilhava uma mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em defesa de Bolsonaro.

Em resposta às acusações feitas pela deputada, o presidente da Alesp argumentou que a simples participação do governador em uma manifestação pública ou a publicação de opiniões políticas, mesmo críticas, não configuram, por si só, ameaça ao funcionamento do Poder Judiciário ou à soberania nacional. O despacho afirma que não há indícios de que Tarcísio tenha buscado prejudicar o Judiciário ou atentado contra a ordem constitucional, e que sua presença em um ato no qual terceiros criticaram tribunais superiores não pode ser usada para responsabilizá-lo, em respeito ao princípio da pessoalidade da pena.