Premiê atrasa volta de civis ao norte de Gaza

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste sábado, 25, que não permitirá a volta de palestinos para o norte da Faixa de Gaza até que o Hamas liberte Arbel Yehud, uma civil que Israel acredita estar viva.

"Cumprindo o acordo, Israel não permitirá a passagem dos moradores para o norte da Faixa de Gaza até que a libertação de Arbel Yehud, que deveria ter acontecido hoje (ontem), possa ser providenciada", afirmou o gabinete de Netanyahu, em comunicado.

Uma fonte da Jihad Islâmica, que mantém Yehud em cativeiro, confirmou que ela está viva e disse que ela será libertada no próximo sábado. De acordo com o documento de cessar-fogo assinado por Israel e Hamas, as mulheres civis deveriam ser libertadas antes das militares, o que não aconteceu ontem, quando o Hamas soltou as quatro soldados.

O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, disse que o grupo terrorista violou o acordo de cessar-fogo. "O Hamas não cumpriu as obrigações de libertar as mulheres civis primeiro." Ele apontou ainda que Israel espera que Arbel Yehud seja libertada logo, assim como Shiri Bibas e seus dois filhos, Ariel e Kfir.

Segurança

O site de notícias Walla, citando uma autoridade israelense, informou que Netanyahu havia pedido ao governo americano que exigisse que Catar e Egito pressionassem o Hamas para libertar Yehud, Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, segundo o jornal Times of Israel, confirmou o esforço diplomático dos EUA. "Continuaremos a pressionar pela libertação de Yehud por meio dos canais de negociação", disse.

A decisão de atrasar o retorno de moradores para o norte de Gaza teria sido tomada durante consultas de segurança realizadas por Netanyahu na noite de sexta-feira, logo depois que o Hamas divulgou os nomes das soldados que seriam libertadas. A reclamação só foi formalizada ontem para não prejudicar a libertação das quatro jovens. O anúncio também significa que Israel não pretende se retirar de parte do Corredor de Netzarim, conforme estava programado.

Troca

Israel calcula que entre um terço e metade dos mais de 90 reféns que ainda se encontram em Gaza estejam mortos, e luta para recuperar também os corpos. Como parte do acordo de cessar-fogo de 42 dias, 33 reféns israelenses serão libertados, em troca de 1,5 mil prisioneiros palestinos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 2, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora vantagem de seis pontos porcentuais sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está atualmente inelegível, no cenário eleitoral para a disputa presidencial de 2026.

Lula lidera com 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 33% no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula marca 39% e o deputado, 20%. Com o filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, o petista registra 40%, enquanto o senador tem 18%.

No cenário de disputa com Michelle Bolsonaro, por sua vez, a ex-primeira-dama tem 24% de intenções de voto na primeira etapa do pleito. Já Lula tem 39%.

Em eventual disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente lidera com 38% a 21%. O cenário muda um pouco quando o petista é desconsiderado na corrida pela reeleição.

Contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tarcísio empata - ambos marcam 23% de intenção de voto. Já com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio fica na igualdade técnica, com 24% do ex-governador paulista contra 22%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 eleitores em 130 municípios.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália a ação penal em que a parlamentar é ré por perseguição armada nas eleições de 2022.

Condenada a dez anos de prisão por participação no ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022, Zambelli deve ser condenada em mais um processo. O caso estava suspenso desde março por pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas o Supremo já formou maioria pela condenação. Na sexta-feira, 1, Nunes Marques liberou a retomada do julgamento.

A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi desmentido pelos investigadores.

Após a condenação no caso CNJ, Zambelli decidiu fugir do País. Seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol e autoridades brasileiras passaram a trabalhar por sua prisão. Após quase dois meses foragida, ela foi presa na Itália na última terça-feira, 29.

A deputada terá seu caso analisado pela justiça italiana. A parlamentar passou por audiência de custódia na sexta-feira, 1º, e continuará presa enquanto aguarda a decisão sobre o pedido de extradição. Durante a audiência, ela disse ser inocente, alegou ser alvo de perseguição política e afirmou que não pretende retornar ao Brasil.

A defesa de Zambelli manifestou o desejo de ter o caso do CNJ julgado novamente na Itália, país do qual ela tem cidadania, pedindo a rejeição da extradição. A previsão é de que o processo seja finalizado dentro de pelo menos um ano.

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada há pouco. O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.

Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de "ruim/péssimo", enquanto a de "ótimo/bom" oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como "regular" teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.

A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).

De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.

A pesquisa divulgada hoje também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam, em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.