Cessar-fogo em Gaza foi resultado de nossa vitória em novembro, afirma Trump em comício nos EUA

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo, 19, que sua vitória começou a produzir efeitos desde que o resultado da eleição foi anunciado, em novembro passado. Ele disse que chamam isso de "efeito Trump." "Mas este efeito vem de vocês", declarou, falando a uma plateia de apoiadores no ginásio Capital One, em Washington.

Entre estes supostos efeitos, Trump reivindicou para si o mérito do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas que entrou em vigor neste domingo. "Isso só aconteceu por causa da nossa vitória em novembro", disse o presidente eleito, que fez longos elogios ao seu enviado ao Oriente Médio, Steve Witcoff.

Trump afirmou que o conflito não teria ocorrido em seu mandato. "Não teria acontecido se a eleição de 2020, vencida pelo democrata Joe Biden não tivesse sido fraudada", disse, reiterando informações falsas que divulga há quatro anos. "Não vamos deixar acontecer de novo."

Investimentos

O presidente eleito acrescentou que é por causa também do "efeito Trump" que grandes empresas, como a incorporadora Damac, dos Emirados Árabes Unidos, o japonês Softbank e a Apple, na pessoa de seu presidente, Tim Cook, anunciaram vultosos investimentos nos EUA. "Nós conseguimos mais nos últimos três meses, sem ainda ser presidente, que eles Biden fizeram em quatro anos", afirmou.

Ele celebrou ainda a volta do TikTok. O aplicativo chinês saiu do ar nos EUA na manhã deste domingo, banido pelo governo federal, mas foi reativado após Trump postar em sua rede Truth Social que baixaria uma ordem executiva na segunda-feira para restabelecer a rede social. O republicano quer que o aplicativo chinês passe a ter 50% de propriedade americana.

Trump contou que um jovem assessor abriu uma conta no TikTok para ele durante a campanha. "Entrei no TikTok", disse. "Vocês acreditam no que a gente faz para ganhar uma eleição?", acrescentou. Ele disse ainda que ganhou entre os eleitores jovens, e arrematou: "Eu gosto do TikTok."

Em outra categoria

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 2, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora vantagem de seis pontos porcentuais sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está atualmente inelegível, no cenário eleitoral para a disputa presidencial de 2026.

Lula lidera com 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 33% no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula marca 39% e o deputado, 20%. Com o filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, o petista registra 40%, enquanto o senador tem 18%.

No cenário de disputa com Michelle Bolsonaro, por sua vez, a ex-primeira-dama tem 24% de intenções de voto na primeira etapa do pleito. Já Lula tem 39%.

Em eventual disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente lidera com 38% a 21%. O cenário muda um pouco quando o petista é desconsiderado na corrida pela reeleição.

Contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tarcísio empata - ambos marcam 23% de intenção de voto. Já com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio fica na igualdade técnica, com 24% do ex-governador paulista contra 22%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 eleitores em 130 municípios.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália a ação penal em que a parlamentar é ré por perseguição armada nas eleições de 2022.

Condenada a dez anos de prisão por participação no ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022, Zambelli deve ser condenada em mais um processo. O caso estava suspenso desde março por pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas o Supremo já formou maioria pela condenação. Na sexta-feira, 1, Nunes Marques liberou a retomada do julgamento.

A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi desmentido pelos investigadores.

Após a condenação no caso CNJ, Zambelli decidiu fugir do País. Seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol e autoridades brasileiras passaram a trabalhar por sua prisão. Após quase dois meses foragida, ela foi presa na Itália na última terça-feira, 29.

A deputada terá seu caso analisado pela justiça italiana. A parlamentar passou por audiência de custódia na sexta-feira, 1º, e continuará presa enquanto aguarda a decisão sobre o pedido de extradição. Durante a audiência, ela disse ser inocente, alegou ser alvo de perseguição política e afirmou que não pretende retornar ao Brasil.

A defesa de Zambelli manifestou o desejo de ter o caso do CNJ julgado novamente na Itália, país do qual ela tem cidadania, pedindo a rejeição da extradição. A previsão é de que o processo seja finalizado dentro de pelo menos um ano.

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada há pouco. O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.

Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de "ruim/péssimo", enquanto a de "ótimo/bom" oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como "regular" teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.

A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).

De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.

A pesquisa divulgada hoje também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam, em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.