Opositor venezuelano Edmundo González diz que seu genro foi sequestrado em Caracas

Internacional
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O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia denunciou nesta terça-feira, 7, o sequestro de seu genro em Caracas. Dos Estados Unidos, González, disse que Rafael Tudares foi sequestrado quando ia deixar os filhos na escola. O regime de Nicolás Maduro, que assume nesta semana seu terceiro mandato após uma eleição que González alega ter sido fraudulenta, não se pronunciou imediatamente sobre o assunto.

"Nesta manhã, meu genro Rafael Tudares foi sequestrado", escreveu González na rede X. "Rafael ia para a escola dos meus netos deixá-los para o início das aulas, quando homens encapuzados e vestidos de preto o interceptaram, colocaram-no em uma caminhonete [...], e o levaram embora. Até agora está desaparecido", acrescentou o diplomata de 75 anos. Ele não disse o que aconteceu com seus netos de 6 e 7 anos.

González, um diplomata aposentado, representou a coalizão de oposição da Plataforma Unitária da Venezuela na eleição presidencial, que ele e Maduro alegam ter vencido. A plataforma, em uma declaração, caracterizou o sequestro de Tudares como um "desaparecimento forçado por razões políticas". As autoridades do regime de Maduro ainda não fizeram declarações sobre o ocorrido.

Maduro tem previsto tomar posse na próxima sexta-feira, 10, perante o Parlamento, controlado pelo chavismo. A oposição convocou para a quinta-feira, 9, protestos em todo o país, que a líder opositora María Corina Machado, na clandestinidade, prometeu liderar.

O opositor está em Washington desde o último domingo, 5, aonde chegou vindo da Argentina e do Uruguai, as duas primeiras escalas de um giro internacional, realizado uma semana antes da posse presidencial na Venezuela. Ele se reuniu na segunda-feira, 6, com o presidente Joe Biden, cujo governo o reconhece como "presidente eleito".

A viagem internacional do opositor inclui escalas em Panamá e República Dominicana. De lá, nove ex-presidentes de direita, membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA), buscam coordenar um voo que os leve à Venezuela.

Horas depois de anunciar o sequestro do genro, González anunciou que continuaria sua turnê por vários países com uma visita ao Panamá. "A caminho do Panamá! Continuamos", ele postou no X.

O presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, alertou, por sua vez, que serão tratados como "invasores" se entrarem sem permissão na Venezuela.

María Corin disse que não está prevista uma posse paralela de González Urrutia fora do país. "Edmundo González será empossado no dia correspondente na Venezuela", disse ela em entrevista à AFP na segunda-feira.

O governo Maduro "está com os dias contados porque essa tirania vai sair e a Venezuela vai ser livre", reiterou, nesta terça, por videoconferência. "Eu não posso garantir o dia ou a hora, pode ser antes, durante ou depois do 10 de janeiro, mas vai acontecer". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.