Na Coreia do Sul, após impeachment, batalha judicial sobre futuro de Yoon avança

Internacional
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O líder interino da Coreia do Sul prometeu nesta terça-feira, 17, transmitir ao mundo que as coisas voltaram ao normal após o impeachment do presidente conservador Yoon Suk Yeol pelo parlamento, enquanto partidos rivais discutem as nomeações dos juízes que determinarão se destituirão ou reintegrarão Yoon. O parlamento do país, controlado pela oposição liberal, votou pelo impeachment no sábado devido à sua imposição da lei marcial em 3 de dezembro, suspendendo os poderes presidenciais de Yoon até que o Tribunal Constitucional determine se ele pode permanecer no cargo. Se Yoon for demitido, uma eleição nacional para escolher seu sucessor deverá ser realizada dentro de dois meses.

O primeiro-ministro Han Duck-soo, que se tornou líder interino, tomou medidas para tranquilizar os EUA e outros países e estabilizar os mercados. Presidindo uma reunião do Conselho de Gabinete na terça-feira, Han disse que "fará continuamente o meu melhor para informar a sociedade internacional que a República da Coreia está recuperando rapidamente a estabilidade e a manter a confiança com os parceiros".

Para encerrar formalmente a presidência de Yoon, o painel de nove membros do tribunal precisa do apoio de pelo menos seis juízes. Mas como três assentos permanecem vagos após aposentadorias, é necessária uma decisão unânime a favor do impeachment de Yoon para expulsá-lo do cargo.

Três dos nove juízes do tribunal são nomeados diretamente pelo presidente. Três outros são nomeados pelo chefe do Supremo Tribunal e outros três pela Assembleia Nacional, antes de serem formalmente nomeados pelo presidente, no que é amplamente considerado uma questão processual. Os três assentos atualmente abertos serão nomeados pela Assembleia Nacional - dois pelo Partido Democrata e outro pelo Partido do Poder Popular, no poder, de Yoon.

O tribunal pode decidir sobre o caso de Yoon apenas com os atuais seis juízes. Mas o principal partido da oposição liberal, o Partido Democrata, que liderou os esforços de impeachment contra Yoon, disse que irá acelerar o processo de restauração da plena capacidade do tribunal para promover a justiça e a confiança pública na sua decisão. O líder do PPP, Kweon Seong-dong, leal a Yoon, criou um rebuliço na terça-feira ao expressar sua objeção à pressão para preencher as três vagas. Ele disse que seria inapropriado para Han, o líder interino, nomear juízes nomeados pelo parlamento, dizendo que tal autoridade cabe exclusivamente ao presidente.

Muitos observadores dizem que a atual configuração de seis membros do tribunal é vantajosa para as hipóteses de Yoon regressar ao cargo, uma vez que exigiria apenas que um único juiz rejeitasse o impeachment do parlamento. Eles observam que Cheong Hyungsik, um dos seis juízes, é um conservador claro que foi nomeado diretamente por Yoon. Fonte: Associated Press

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.