Na Coreia do Sul, oposição apresenta novo pedido de impeachment do presidente

Internacional
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O parlamento da Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira, 12, que seis partidos de oposição do país apresentaram uma nova moção conjunta para impeachment do presidente Yoon Suk Yeol devido à sua declaração de lei marcial na semana passada. Os partidos pretendem levar a proposta a votação no plenário no sábado.

A breve declaração de lei marcial de Yoon, em 3 de dezembro, gerou caos político e grandes protestos exigindo sua destituição. O Partido Democrático, principal sigla da oposição, argumentou que o decreto de Yoon equivalia a uma rebelião. Mais cedo, na quinta-feira, Yoon defendeu o decreto como um ato de governança e negou as acusações de rebelião.

Contexto

A lei marcial decretada pelo presidente Yoon envolveu o envio de centenas de soldados armados para cercar o parlamento e invadir a comissão eleitoral. No entanto, não houve violência ou ferimentos significativos. A declaração de lei marcial durou apenas seis horas, sendo suspensa depois que a Assembleia Nacional a rejeitou por unanimidade.

Yoon, um presidente conservador, justificou o ato como um alerta ao Partido Democrático, que ele acusou de enfraquecer o governo e ameaçar a ordem constitucional do país. Ele afirmou: "Lutarei até o fim para evitar que forças e grupos criminosos que paralisaram o governo ameacem o futuro da República da Coreia".

Os partidos de oposição alegam que a declaração foi inconstitucional, já que a lei sul-coreana só permite a imposição de lei marcial em situações de guerra ou emergências semelhantes, o que não era o caso.

Se o impeachment for aprovado, os poderes presidenciais de Yoon serão suspensos até que o Tribunal Constitucional decida se ele será destituído ou reintegrado ao cargo. Caso ele seja removido, uma nova eleição presidencial deverá ser realizada em até 60 dias.

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Falando para um público de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista neste domingo, 3, o pastor Silas Malafaia deu um recado direto aos governadores que se colocam na lista de herdeiros do capital político do inelegível ex-presidente da República nas eleições do próximo ano.

Afirmando que não iria deixar "passar nada", Malafaia questionou: "Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Onde eles estão? Era para estarem aqui!"

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não participaram de nenhuma das manifestações que ocorreram em diversas cidades do País neste domingo.

Nenhum deles publicou nas redes sociais nada relacionado aos protestos em favor do ex-presidente, réu por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), e pivô de uma guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O norte-americano também puniu o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, com Lei Magnitsky, sanção usada contra ditadores e violadores de direitos humanos.

"Isso prova que Bolsonaro é insubstituível! Vão enganar trouxa! E eu não sou trouxa. Estão com medo do STF, né? Por isso não vieram. Arrumaram desculpa, né? Por isso, minha gente, 2026 é Bolsonaro", gritou o pastor.

Bolsonaro segue inelegível por condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, portanto, mesmo que não seja preso e se candidate, não conseguirá continuar com a candidatura.

Tarcísio, o melhor colocado da direita nas pesquisas de intenção de voto, afirmou na quinta-feira, 31, que passaria por procedimento médico e por isso faltaria ao evento. Após o fim da manifestação, a assessoria do governador afirmou que a intervenção ocorreu sem intercorrências, que Tarcísio tem alta prevista para esta mesma noite e que na segunda-feira terá agenda interna no Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), esteve presente e acenou ao público, mas não discursou. Já o vice, Coronel Mello Araújo (PL), indicação de Bolsonaro na chapa com o emedebista, criticou senadores "por não fazerem a lição de casa", justificando as sanções norte-americanas contra o País anunciadas na última quarta-feira como resultado da falta de ação dos parlamentares em pautarem a anistia a Bolsonaro.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou neste domingo, 3, em Brasília, com Fidel Antonio Castro Smirnov, o "Fidelito" - neto do líder cubano Fidel Castro, que morreu em 2016.

Um registro que mostra Lula e Fidelito foi publicado pelo prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (PT), que afirmou ser um dos responsáveis pelo "encontro simbólico", durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT. "O Congresso também foi marcado por um encontro simbólico que ajudei a construir: o abraço entre Lula e Fidelito, neto de Fidel. Um gesto de afeto e história, que agora se transforma em futuro. Fidelito vai desenvolver pesquisas em medicina nuclear em Maricá. Seguimos firmes, com ousadia, projeto e pé no povo!", escreveu.

O evento reuniu lideranças petistas, como a ex-presidente do PT e atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o novo presidente do partido, Edinho Silva.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi submetido na tarde deste domingo, 3, a um procedimento de radioablação na tireoide por ultrassonografia. A intervenção aconteceu sem intercorrências, afirma nota oficial do governo de São Paulo divulgada neste domingo. Segundo especialistas, este tipo de procedimento é feito para destruir nódulos na tireoide.

Tarcísio cumprirá na segunda-feira, 4, agenda interna no gabinete no Palácio dos Bandeirantes.

Ele não foi à manifestação bolsonarista realizada neste domingo na Avenida Paulista por causa do procedimento.