Kamala Harris tenta se distanciar de comentário de Biden sobre os apoiadores de Trump

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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, tentou se distanciar dos comentários que o presidente americano, Joe Biden, Biden fez nesta terça, 29. Harris disse aos repórteres: "Discordo veementemente de qualquer crítica às pessoas com base em quem elas votam".

Ela observou que Biden "esclareceu seus comentários" nas redes sociais, garantindo que se referia à "retórica odiosa" do comediante Tony Hinchcliffe, que se referiu a Porto Rico como uma "ilha flutuante de lixo", em um comício de Donald Trump, no Madison Square Garden, em Nova York.

"O único lixo que vejo flutuando por aí são seus apoiadores.... sua demonização dos latinos é inconcebível", manifestou Biden em uma teleconferência de campanha organizada pelo grupo de defesa hispânico Voto Latino.

A Casa Branca explica que o presidente referia-se especificamente às falas do comediante e não aos apoiadores de Trump. Harris disse que ela "será uma presidente para todos os americanos, quer vocês votem em mim ou não".

Harris: temos a oportunidade de virar a página da polarização política

Kamala também disse que os americanos têm a oportunidade de "virar a página" da polarização política no país nas próximas eleições, que acontecem no próximo dia 5 de novembro. Em discurso realizado em evento de campanha em Raleigh, na Carolina do Norte, a candidata democrata à Casa Branca disse que busca fazer progresso e que luta pelo futuro e liberdade.

"Lutamos pela democracia, serei presidente para todos os americanos", disse ao pedir para que os eleitores votem antecipadamente.

Na ocasião, Harris chamou o adversário republicano, o ex-presidente Donald Trump, de "instável" e afirmou que ele chegará com uma "lista de inimigos" na Casa Branca, se eleito.

Se for eleita como presidente do país, Harris disse que terá como maior prioridade a redução dos custos de vida dos americanos e garantir que eles consigam pagar moradia. Ela prometeu cortar os impostos de pequenos negócios e também defendeu o direito de mulheres fazerem escolhas sobre seus próprios corpos. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)

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Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 2, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora vantagem de seis pontos porcentuais sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está atualmente inelegível, no cenário eleitoral para a disputa presidencial de 2026.

Lula lidera com 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 33% no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula marca 39% e o deputado, 20%. Com o filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, o petista registra 40%, enquanto o senador tem 18%.

No cenário de disputa com Michelle Bolsonaro, por sua vez, a ex-primeira-dama tem 24% de intenções de voto na primeira etapa do pleito. Já Lula tem 39%.

Em eventual disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente lidera com 38% a 21%. O cenário muda um pouco quando o petista é desconsiderado na corrida pela reeleição.

Contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tarcísio empata - ambos marcam 23% de intenção de voto. Já com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio fica na igualdade técnica, com 24% do ex-governador paulista contra 22%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 eleitores em 130 municípios.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália a ação penal em que a parlamentar é ré por perseguição armada nas eleições de 2022.

Condenada a dez anos de prisão por participação no ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022, Zambelli deve ser condenada em mais um processo. O caso estava suspenso desde março por pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas o Supremo já formou maioria pela condenação. Na sexta-feira, 1, Nunes Marques liberou a retomada do julgamento.

A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi desmentido pelos investigadores.

Após a condenação no caso CNJ, Zambelli decidiu fugir do País. Seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol e autoridades brasileiras passaram a trabalhar por sua prisão. Após quase dois meses foragida, ela foi presa na Itália na última terça-feira, 29.

A deputada terá seu caso analisado pela justiça italiana. A parlamentar passou por audiência de custódia na sexta-feira, 1º, e continuará presa enquanto aguarda a decisão sobre o pedido de extradição. Durante a audiência, ela disse ser inocente, alegou ser alvo de perseguição política e afirmou que não pretende retornar ao Brasil.

A defesa de Zambelli manifestou o desejo de ter o caso do CNJ julgado novamente na Itália, país do qual ela tem cidadania, pedindo a rejeição da extradição. A previsão é de que o processo seja finalizado dentro de pelo menos um ano.

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada há pouco. O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.

Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de "ruim/péssimo", enquanto a de "ótimo/bom" oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como "regular" teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.

A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).

De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.

A pesquisa divulgada hoje também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam, em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.