Vice-líder do governo propõe que comissões da Câmara investiguem Enel por apagão em SP

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O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) protocolou nesta segunda-feira, 14, um requerimento para criar uma comissão externa da Câmara com o objetivo de investigar a Enel pelo apagão em São Paulo. O parlamentar, que é um dos vice-líderes do governo na Casa, também apresentou um pedido para instalar uma subcomissão no colegiado de Fiscalização Financeira e Controle com o intuito de debater a atuação da concessionária de energia.

O movimento do petista ocorre em meio a uma disputa política entre o governo Lula e o prefeito da capital paulista e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), sobre as responsabilidades na interrupção do fornecimento de energia elétrica em São Paulo.

A comissão externa, de acordo com o documento apresentado pelo petista, acompanharia "in loco" as investigações e providências que podem eventualmente ser tomadas para apurar as responsabilidades da Enel no apagão em São Paulo.

Nos documentos protocolados na Câmara, o petista critica a privatização da Enel. "A expectativa era que a empresa privatizada fornecesse um serviço mais barato e eficiente, mas ocorreu o contrário", diz um trecho.

"É, portanto, inadmissível que a população sofra continuamente as consequências da péssima atuação da distribuidora de energia elétrica, que atribui simplesmente o caos aos 'eventos climáticos extremos' e esconde a precarização de sua atuação e a incapacidade de restabelecimento dos seus serviços nos prazos regulamentares", emenda Santana Braga, nos requerimentos.

O deputado afirma que as autoridades locais estão "timidamente tomando providências" e relembra o apagão que ocorreu em novembro de 2023 para dizer que a interrupção de energia elétrica se tornou recorrente em São Paulo.

"É evidente a incapacidade da empresa concessionária de energia em restabelecer o fornecimento de energia dentro do menor prazo regulamentar, além de garantir o suprimento à população da sua área de concessão, conforme determinado no seu contrato de concessão", diz outro trecho dos documentos.

Na rede social X, o deputado também fez críticas à concessionária de energia. "Essa nova crise da Enel em São Paulo demonstra que as concessionárias de serviços essenciais para a população não podem ficar sem fiscalização direta do poder público. E a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara tem um papel fundamental nisso", escreveu.

Nesta segunda-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a abertura de um processo disciplinar contra a Enel pode eventualmente levar à caducidade da concessão. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por sua vez, informou que está conduzindo uma "apuração rigorosa e técnica" sobre a atuação da empresa.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse que avalia uma ação de dano moral coletivo contra a empresa. O secretário Nacional do Consumidor (Senacon), Wadih Damous, informou que o governo federal notificou a concessionária e a Prefeitura de São Paulo com um prazo de três dias para o restabelecimento da energia.

Em entrevista à Coluna do Estadão, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, defendeu uma apuração rigorosa sobre o apagão. De acordo com o ministro, os eventos climáticos extremos precisam ser considerados na operação de concessionárias como a Enel, especialmente as que prestam serviços públicos essenciais.

No domingo, 13, Silveira e Nunes trocaram farpas nas redes sociais. O emedebista criticou o governo federal e por manter o contrato de concessão da Enel e citou nominalmente o ministro. Já o titular de Minas e Energia disse que o prefeito era "excelente aprendiz de malfeitos" e o acusou de divulgar fake news.

Na tarde desta segunda-feira, 14, 400 mil imóveis na Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica. O apagão começou na sexta-feira, 11, após um temporal no Estado.

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O festival Turá anunciou nesta segunda-feira, 5, as atrações de sua quarta edição, que acontece nos dias 28 e 29 de junho, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Seu Jorge, Raça Negra e Só Pra Contrariar são alguns nomes da programação, exclusiva de artistas nacionais, cuja proposta é a diversidade de gêneros e ritmos musicais.

No sábado, 28, line-up conta com Só Pra Contrariar, Seu Jorge, Lenine e Spok Frevo Orquestra, Pretinho da Serrinha convida Criolo e Leci Brandão, Bonde do Tigrão, Forró das Minas, e os DJs Luísa Viscardi e Trepanado.

Já no domingo, 29, o evento terá Gloria Groove, Raça Negra, Saulo convida Luiz Caldas, Samuel Rosa, Gabriel O Pensador, Samba de Dandara, e os DJs Millos Kaiser e Linda Green.

Os ingressos para o Turá já estão a venda no site da Tickets For Fun ou na bilheteria física oficial (sem taxa), no Teatro Renault. A entrada para apenas um dos dias do festival custa entre R$ 228 (meia) e R$ 456. O passaporte (combo de entradas para os dois dias), R$ 330 (meia) e R$ 660. Clientes Banco do Brasil Ourocard Visa têm desconto de 15% na compra e possibilidade de parcelamento em até 10 vezes sem juros.

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A A24 e a Apple lançaram, nesta segunda-feira, 5, o primeiro trailer de Highest 2 Lowest, novo filme de Spike Lee estrelado por Denzel Washington. No longa, o vencedor do Oscar vive um magnata da indústria musical, conhecido por ter "os melhores ouvidos do negócio", que é envolvido em uma trama com reféns e se vê dividido em um dilema de vida ou morte.

Inspirado em Céu e Inferno, filme de 1963 dirigido por Akira Kurosawa, Highest 2 Lowest é o quinto trabalho de Lee estrelado por Washington. Os dois trabalharam juntos em Mais e Melhores Blues (1990), Malcolm X (1992), Jogada Decisiva (1998) e O Plano Perfeito (2006).

O elenco de Highest 2 Lowest conta ainda com Jeffrey Wright (Ficção Americana), Ilfenesh Hadera (Godfather of Harlem), Aubrey Joseph (Manto e Adaga) e o cantor A$AP Rocky.

O longa será lançado nos cinemas norte-americanos em 22 de agosto e estreia no Apple TV+ em 5 de setembro.

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Desde o lançamento da primeira prévia de Superman, fãs do personagem têm se mostrado extremamente ansiosos para ver mais de Krypto, o Supercão, mascote histórico do Homem de Aço. Diretor do longa, James Gunn revelou em postagem nas redes sociais que o agitado cãozinho foi criado usando seu próprio cachorro, um vira-lata chamado Ozu, como modelo.

Em um vídeo que mostra Ozu latindo para uma televisão que exibia o teaser mais recente do filme, Gunn disse que "Krypto foi modelado tridimensionalmente a partir do corpo de Ozu". "Fizemos a captura em 3D de Ozu e o transformamos em Krypto, deixamos ele branco, [e agora] toda vez que ele se vê na tela, ele tenta se assassinar", contou o cineasta.

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Em uma postagem de outubro de 2024, Gunn já havia contado um pouco sobre a relação entre Krypto e Ozu, que ele adotou no começo do processo de escrita do roteiro de Superman. Segundo ele, o cachorro, que foi encontrado em meio a dezenas de outros cachorros abandonados, nunca havia interagido com humanos e teve adaptação difícil à nova casa. "Ele imediatamente entrou e destruiu nossa casa, nossos sapatos, nossos móveis - ele até comeu meu laptop. Demorou muito para ele nos deixar tocá-lo. Lembro de pensar 'Deus, quão difícil seria a vida se Ozu tivesse superpoderes?' - e assim, Krypto entrou no roteiro e mudou o curso da história como Ozu estava mudando minha vida", escreveu ele.

Escrito e dirigido por Gunn, Superman estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho. O elenco conta com David Corenswet (Twisters) como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan (Marvelous Mrs. Maisel) como Lois Lane, Nicholas Hoult (Jurado Nº 2) como Lex Luthor, Skyler Gisondo (The Righteous Gemstones) como Jimmy Olsen e Milly Alcock (A Casa do Dragão) como a Supergirl. Nathan Fillion (Recruta), Anthony Carrigan (Barry), Isabela Merced (The Last of Us) e Edi Gathegi (For All Mankind) completam o elenco como Lanterna Verde, Metamorfo, Mulher-Gavião e Sr. Incrível, respectivamente.